sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

TERRA, ÉS O MAIS BONITO DOS PLANETAS

O SAL DA TERRA
Anda, quero te dizer nenhum segredo
Falo desse chão, da nossa casa, vem que tá na hora de arrumar
Tempo, quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante, nem por isso quero me ferir
Vamos precisar de todo mundo pra banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado e quem não é tolo pode ver

A paz na Terra, amor, o pé na terra
A paz na Terra, amor, o sal da...

Terra, és o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro, tu que és a nave nossa irmã
Canta, leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com teus frutos, tu que és do homem a maçã
Vamos precisar de todo mundo, um mais um é sempre mais que dois
Pra melhor juntar as nossas forças é só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora para merecer quem vem depois

Deixa nascer o amor
Deixa fluir o amor
Deixa crescer o amor
Deixa viver o amor

O sal da Terra
Terra...
 
by Beto Guedes 


 

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

QUERO VIVER




Fecha mais um ciclo do calendário Gregoriano, e até parece que foi ontem, mas graças a Deus, apesar dos tempos estou eu aqui são e salvo e quase feliz, o que já é um ganho e tanto. Nada pode ser pior do que está, então aproveita-se o tempo fechado, para fazer uma faxina por dentro do corpo, da alma e da casa. Deixar de lado e jogar no lixo toda a angústia provocada e aceita, a dor da negação, a frustração de ser rejeitado...tudo isso e todos os outros males jogar no lixo. Depois de rezar ou orar um tanto, depois de ter muita força de vontade, depois da dosagem maior do remédio, depois de chorar e dormir, só me restou ser feliz. Experimentar o antídoto da dor, da solidão e da falta de assunto (sim, eu preciso falar), então fui ali visitar uns blogs e aprender a ser feliz. Muitos bloguers vieram me alertar, me alimentar com palavras, com poesias, com carinho. Fecha um ciclo gregoriano e sinto-me uma Fenix renascido da rejeição, da carência, do medo, do fim, quando a cidade empurrou-me para um abismo, então me permiti voar e gritar para mim, para o mundo, estou vivo e quero viver.

QUERO

Quero sonhar num colorido sono,
Quero sorrir e acalmar o pranto,
Quero alar de liberdade o canto,
Não ser cativo e de ninguém ser dono.

Quero viver, me preocupar com a vida,
Sorrir à toa em hilariantes tons,
Quero fazer destes momentos bons
Fatos constantes e sem despedida.

Pouco me importa o corre lá fora
Faço do agora minha eternidade
E dos momentos meu princípio e fim.

Não quero ter futuro nem passado
Quero viver somente a intensidade
Deste presente eterno que há em mim.

Dilson Gimba

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

SOL


 
Acordei com o celular chamando, esqueci do almoço. Saio correndo após um banho rápido e estou caminhando sob um Sol gigante e forte, não é de estranhar, afinal é quase verão, mas pude sentir seu poder. Se ainda não é verão e está este calor, valha-me Deus. Caminhei por alguns minutos e minha pele já ardia, mesmo possuindo melanina em boa quantidade, senti o suor escorrer pelo rosto e quando fui maldizer pela primeira vez... lembro de Cortázar dentro de um ônibus a caminho do cemitério, com flores nos braços e um calor infernal...lembro uma antiga canção de carnaval que fala em atravessar o deserto do Saára...e quando a palavra feia sairia de minha boca, o calor que me queimava me fez olhar para cima, e vi nuvens lindas, claras e enormes, e um céu azul anil, percebi então que o Sol faz parte da vida, o calor também, assim como o frio, ou aqueles tempos amenos da primavera e até do outono. Então o calor escaldante que tomava conta de meu corpo e queimava, apenas permaneceu ali, pois percebi que suportava aquele calor, não estava morrendo, pelo contrário, me sentia vivo por sentir o clima. Não falei nenhuma palavra má, pois sou filho da Terra, e aqui tem frio, calor, variações de temperatura, e isso é maravilhoso, Deus é maravilhoso. Senti meus passos mais leves, o suor continuava, mas foi uma preocupação a menos, estava calor, realmente estava, a beira do insuportável, mas suportei, eu suporto, suportamos. Acho que devo deixar de reclamar tanto do clima, se está quente, quero frio, se está frio, quero calor. Chega. Sobrevivo a qualquer clima, sobrevivemos. E nos adaptamos, e nos adaptamos...continuei a caminhada até o almoço, a passos lentos, curtindo cada gota de suor, cada raio de Sol, cada sombra...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

SÓ POR HOJE...



PRESENTE

Decidi pelo voo itinerante
E ter um coração livre e alado
A viver as clausuras do passado
Esperando algo novo logo adiante.

Abandonei, de vez , a impermanência
E as frágeis construções do cotidiano
Abrindo asas para um novo oceano
E buscando a pura luz da consciência.

Não quero resgatar o que passou.
A chama por si já se extinguiu
E as cinzas restaram do que fiz.

Não busco, tampouco, um amanhã
A chama por si se acenderá
Me basta, hoje, ser feliz.
by Dilson Gimba

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

SOU O MEU PRÓPRIO FRANKENSTEIN - OLHAI !



 
XXVI [DEVE HAVER TANTA COISA DESABADA]
XXVI
Deve haver tanta coisa desabada
Lá dentro... Mas não sei... É bom ficar
Aqui, bebendo um chope no meu bar...
E tu, deixa-me em paz, Alma Penada!

Não quero ouvir essa interior balada...
Saudade... amor... cantigas de ninar...
Sei que lá dentro apenas sopra um ar
De morte... Não, não sei! não sei mais nada!...

Manchas de sangue inda por lá ficaram,
Em cada sala em que me assassinaram...
Pra que lembrar essa medonha história?

Eis-me aqui, recomposto, sem um ai.
Sou o meu próprio Frankenstein — olhai!
O belo monstro ingênuo e sem memória...
 
by Mário Quintana