segunda-feira, 20 de abril de 2015
INSTINTO
quinta-feira, 16 de abril de 2015
UMA CÁPSULA PROTETORA
quarta-feira, 15 de abril de 2015
PODERIA TE DIZER
sexta-feira, 10 de abril de 2015
POR QUE ESCREVO ?
quarta-feira, 8 de abril de 2015
SAÍDA DE EMERGÊNCIA
terça-feira, 7 de abril de 2015
CASULO (Emilie Dickinson e Ivo Bender)
INFINITAS ESCADAS
O que eu fiz de minha vida, que porcaria eu fiz, como pude fazer estas escolhas,porque ninguém me disse nada. Viver é arriscado demais. Morrer dói. Um caminho de flores do campo a beira da estrada e um vulto com mochila e olhar perdido segue em frente. Não existe mais civilização por anda anda, uma vegetação ora densa ora parecendo savana africana, campos; mas agora esta flores no caminho...pétalas de rosas na cama para nupcias, pétalas enfeitando o defunto no caixão, pétalas de margaridas enlatadas, valha-me Caio Fernando Abreu.
Eu sei o que fiz da minha vida e só eu posso fazer algo para salvá-la ou não...poderia amar as pessoas como se não houvesse amanhã, mas Renato Russo já morreu. Acender uma vela e assisti-lá extinguir-se por completo, até a última chama, até a última esperança de luz no final do túnel que é um trem bala a toda velocidade vindo encontrar-me, e o pior de tudo é cruzar durante as subidas e descidas das infinitas escadas, a pena eterna.
SINAL
Não estou com paciência com ninguém, nem comigo, só para minha mãe que começa a dar os primeiros passos rumo a senilidade e ao esquecimento. Meu porto seguro naufraga. Deixarei a luz do dia banhar-me pela última vez, a partir de então estarei no escuro, na noite fria e triste e solitária como a Lua. Caminharei a última vez nesta rua, que na verdade nunca andei. Longos passos passados e enterrados. Não gosto do bom gosto, diria Adriana Calcanhoto. Não choro, os remédios me paralisam, e as pessoas, as pessoas continuam suas vidas. Não é assim que se faz, logo após os enterros. Fiz isso quando enterrei meu pai, não suportarei fazer isso com minha mãe, ela me ama, a única pessoa que eu sei de verdade....................não estou mais conseguindo escrever, mas quero dizer que este blog tá estranho, não consigo formatar, colocar uma imagem que eu realmente queira, mas tudo bem, talvez seja um sinal.
EQUÍVOCO
Impressionante a imagem do helicóptero caindo ao chão, completamente desgovernado, cinco pessoas morreram. Assim me sinto, não morto, desgovernado, desorientado caindo ao chão. Não como as folhas secas de outono, mas como o helicóptero. Todos os sentimentos se misturam numa profusão de cores e odores e olhares e conceitos e preconceitos. “Viver é bom, nas curvas da estrada”. Equívoco, sempre achei minha vida um, mas agora transcendeu. Como pude fazer isso comigo, acho que não aprendi a gostar de mim ainda, como pensei. Onde vim parar, para onde vou. Existem dois rios que banham esta cidade. Gosto de rios, eles nos protegem contra tempestades. Cinco minutos é o tempo da morte por afogamento. “Existem cinco minutos dentro de um cigarro”.. Inferno astral diria um desavisado sabendo que logo faço aniversário, mais um passo para a morte, é natural. Impressionante o co-piloto assassino de 150 vidas jogadas do céu contra as montanhas. Eu não estaria dentro daquele avião nem na Universidade no Quênia onde 140 jovens cristãos foram mortos, em nome de um deus mau, de um profeta maldito, por homens loucos com e pelo poder. Equívoco. Não, isto aconteceu no continente africano. E morremos no trânsito...de bala perdida é o último grito da moda, de dor...enquanto isso o povo brasileiro é amaldiçoado por uma política destruidora, que a cada instante arranca o pouco de vida que nos resta. Cansei de enterrar tanta gente neste curto espaço de palavras, estou cansando de caminhar, subir escadas, de ter fé, estou cansando de esperar por uma morte natural, pois já destruí minha vida com os últimos passos que dei. Impressionante o céu tão próximo de minha cabeça, e o inferno tão abaixo dos meus pés.
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