Os dias são longos, as noites mais ainda com a ajuda de barbituricos, então tudo se confunde, não sei se sonho ou estou acordado.. Ninguém fala comigo, a não ser a senhora que atende aquele velho armazém, onde compro mantimentos para o longo fim-de-semana, só. Sinto a brisa primaveril, o canto dos pássaros para acasalamento, na primavera os corações se encontram, menos o meu. Assisto meu próorpio fim da arquibancada, só pode ser sonho, e não é suave, parece a forca ou uma guilhotina, não importa, morrerei... Existe um casminho que sigo todos os dias quando caminho para o trabalho, tem asfalto, mas também tem flores... "flores no asfalto", então tento não ser eu, só um trabalhador que segue feliz seu destino, mas não tenho destino, nem filhos, nem nada... Mas é belo o caminho, quase não encontro ninguém, o que me dá certa felicidade. Ninguém para presenciar meus passos soltários e tristes, até chegar ao trabalho, onde ocupo meu cérebro, pelo menos. Sei que sou egocentrico, e aí ? Este ser sou eu, aceite-me assim, ou deixe-me em paz, só, com meus livros, discos, ilusões... (Amy canta toda sua desilusão para mim, não, eu não sou um garoto bom...)
ps. post publicado em meu antigo blog do Jairsmiths em 17/11/2008
Mas não esqueça que já chegou o verão, a primavera já se foi. Quem sabe com ela também se vá essa extrema solidão que muitas vezes somos nós mesmos quem causamos. Apenas para termos porque nos sentirmos vítimas. Mas de quê?
ResponderExcluirun saludo navideño en comentario a este "introspectivo" post.
ResponderExcluirsiempre adelante!
Saludos y felicidad
Blas
"Tem asfalto, mas também tem flores...Flores no asfalto." Eu sabia que iria pegar algo bem diferente vindo nas primeiras postagens. Certas coisas que você escreve, me lembra Clarice Lispector. Obras fortes, a alma humana ora chorando e triste, ora com surtos de alegria. Gosto disso, gosto de ler o ser humano como ele é, com nossas fragilidades, dúvidas, alegrias, tristezas... enfim, como todos nós somos. Somos todos feitos do mesmo barro. E o interessante é que nos debatemos dentro de um relógio que sempre cumprirá o mesmo percurso, melhoramos e esperamos, com absoluta certeza, que um dia tudo se repita, embora gostaríamos que tudo fosse diferente.
ResponderExcluirNão estamos sozinhos nessa arca, todos somos bem parecidos, por isso suportamos bem essa gangorra que nunca pára, ora está em cima, ora embaixo! Não liga, não, toca a vida! Pensando bem, ela é bela demais.
Abraços, meu amigo!