Da vez primeira que me assassinaram
Perdi um jeito de sorrir que tinha
Depois a cada vez que me mataram
Foram levando qualquer coisa minha
Hoje, dos meus cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de vela amarelada
Como único bem que me ficou.
Vinde! corvos, chacais, ladrões da estrada
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de aarrancar a luz sagrada
Aves da noite, asas do horror, voejais
Que a luz tremula e triste como um ai,
Aluz de um morto não se apaga nunca.
MARIO QUINTANA, nascido no Alegrete em 1906, morreu em Porto Alegre nos anos 90...
ps. "A morte é libertação total: A morte é quando a gente pode, afinal, estar deitado de sapatos". Mario Quintana.
creo que esta poesìa tenga una gran raìz humana, simple y concreta, no hay un despuès, no hay una trascendencia.
ResponderExcluir(mas talvez me equivoco)