TODOS OS DIAS QUANDO ACORDO, NÃO TENHO MAIS O TEMPO QUE PASSOU....
Renato Russo
Quanto tempo me resta, nesta eterna (eterna?) luta contra o tempo ? Eu não sei, só sei que o amor. o meu, restou inútil, restou uns caquinhos, poeiras, mágoas, desilusões, lá no fundo daquela gaveta, cuja chave não lembro onde guardei ... outro dia uma menina, bom eu calculo, se tem idade para ser minha filha, é menina; ela me perguntou se eu estava amando alguém. Ela chocou quando disse que não amava ninguém...meninas são tão românticas, não que eu não o seja, mas minha esperança acabou, e meu tempo ? é pouco.
Nos primeiros passos dessa jornada que é este ano que acabou de iniciar já contabilizo experiências amargas, nada que não se resolva, nada que me tire do prumo, nada que faça chorar (se bem que na hora sempre dá vontade, mas...), mas continuo a me surpreender quando acordo, não tem ninguém do lado, mas abrir os olhos e se descobrir vivo, não tem preço. Só preciso tomar consciência disso mais rápido, ou seja, acordar mais rápido. Um exemplo de sentimentos intensos neste inicio de ano, foram duas notícias da mesma pessoa, a triste, saiu de minha vida; a boa, retornou disposta a continuar me alimentando com seus contos.
Bloqueado, assim me sinto, uma espécie de dormência existencial, meu cérebro parece catatônico, minhas vontades já não possuem prioridade. Não olho mais para o relógio imenso na esquina do meu trabalho, ele nunca diz a hora que preciso, por ele minha vida é uma confusão de horários perdidos, amores perdidos, tempo perdido. Tempo perdido.
Meus Deus, ainda ontem escrevi neste blog sobre os girassóis na entrada desta lan que frequento, olho agora e estão todos morrendo, já sem a luz de Van Gogh, já sem vida. O tempo é implacável, é nosso verdadeiro dono, carrasco e é também nossa ama, nossa mãe e nos faz perceber que o agora é o mais importante, porque não importa masis o que passou e nem o que virá, pois não sei...mas o hoje, agora quando escrevo este post, isto é importante, diz o quanto estou vivo, o quanto eu existo.
ps. Tempo perdido foi a música que escolhi quando colei grau, sempre achei que cinco anos naquela faculdade foi um tempo que não voltará jamais, e eu perdi muito tempo até admitir, que foram os cinco anos mais loucos e intensos na minha vida, onde amei pela última vez (taí o trauma - já superado até que enfim).
aff jair... parece até que anda adivinhando meus pensamentos... e aproveito para incluir na analise de um nao que começa com imersão em mim mesma e reavalição de pessoas, relações e valores... tudo bem que o processo nao começou agora, j;a vem de alguns meses do ano anterior, mas é sempre foda demais descobrir o quanto sao ocas as pessoas à sua volta e o quanto a sua diferença no pensar e agir te isola do mundinho regido pelo comum, pelo interesse, pelos falsos sorrisos e promessas vazias... jurei a mim mesma que ia ser o mais filha da puta possivel com todos este ano novo, uma vez que a gentileza e a boa vontade nao rendem frutos em terra infertil... nada.. nao consigo... nao sou assim... entao a alternativa é me afatsar de pessoas e situacoes que roubam meu sono e tranquilidade... como se resolvesse nao é? mas ajuda bastante... enfim.. o tempo vai passando e minhas melhores conversas e amizades tem sido as virtuais, por mais incrivel que pareça isso... vai ver que a distancia e o anonimato faz com que sejam melhores por não permitir oportunidades de causar dores e ferimentos irrecuperaveis, muitas vezes... decepcoes com amizades sao piores que decepcoes com amores... pra mim isto é certo e fato. Ainda bem que encontro em amigos como você alguma similaridade com os pensamentos mais profundos e com o sentir desavergonhado, o amor pelas coisas de verdade e nao pelos esteriótipos que parecem comandar o mundo atual... rsrsrsrs isso é quase um dos meus pemas tortos, mas desta vez resolvi deixar o grito na sua porta... influencia do seu post... Beijos meu querido, e bola pra frente. sempre.
ResponderExcluir"Time waits for nobody", dice Freddy Mercury en su canción "Time" (http://www.youtube.com/watch?v=HliWJq6MONE&ob=av2e)...
ResponderExcluirMi querido Jair, Jair, en esta vida tenemos que aceptar con resignación una realidad cruel pero muy clara: el tiempo es un tirano y hace lo que quiere con nuestras vidas. Sólo nos da una oportunidad: los recuerdos.
Que la intensidad de tus sentimientos sea siempre alegre y no triste! Me siento mal, un poco culpable, pero también feliz por tus palabras, por hacerme ver lo que no veía en un momento de decisiones incorrectas...
Un inmenso y agradecido abrazo atemporal!
el tiempo es una ilusión.
ResponderExcluiry recordá a marcel proust..."el tiempo recuperado".
mil besos, jair*
Anaís, minha querida amiga, a alegria toma conta de mim com as visitas dos amigos, e a tua é sempre surpriendente....uma coisa é certa, eu também, sinto que tenho uma relação mais verdadeira e clara no mundo virtual que no meu real, não consigo mais suportar a hipocrisia reinante das pessoas, quase todos (eu talvez, também?). O tempo há muito me incomoda, mas aprende-se a conviver com ele, ou pelo menos, a suportar a cara mais enrrugada dia após dia diante do espelho, e la´no fundo o tempo sorri debochadamente... parece meio triste este post, talvez até o seja, mas não foi minha intenção, fazia tempo que não 'psicografava ' um texto, como um beatnik, e quando não há rascunho corremos este risco, mas normalmente gosto após, e até revejo coisas que no meu consciente não estava muito claro, mas quando leio toma uma nova forma de encarar tal situação. Quando digo que não amo, tenho um pouco de pena de mim (isso é horrível), mas ao mesmo tempo sinto-me aliviado, pois sem amor, sem dor, sem desespero, sem esperanças de confiar cegamente em alguém que na primeira oportunidade dirá que tudo que foi vivido não passou de uma brincadeira, de uma ilusão, não quero mais isso pra mim, ou quero ? não temos controle sobre isso...se bem que não entendo o amar de hoje, parece tão rápido, como se fossemos peças trocáveis em um mercado. Meu tempo é pouco e minha confiança no próximo é dificil nos dias de hoje. Com certeza não conseguiria refletir desta maneira com alguém aqui do meu lado, como recolho-me a minha significancia, para muitos sou uma pessoa que não tem problemas 'sérios' com a vida, mas como disse Cazuza 'a pessoas não sentem a dor da vendedora de chicletes", porque todo mundo tá nem aí, somente pensando em seu bens, seu mundinho, e dane-se o resto. Mas como tu não consigo ser indiferente com o próximo, é da minha natureza, sinto-me melhor comigo mesmo sendo assim, tenho sentimentos, me preocupo com o ruma que as coisas estão tomando, enfim (meu lado humanitário)...mas tenho medo de nunca acordar com alguém do lado (tenho medo de abortar meus critéiros e cair na primeira armadilha de juras de amor). Querida Anaís, e assim seguimos, apesar, apesar eu não vou desistir, o tempo é pouca, mas tenho muito que viver. Um sempre imenso abraço.
ResponderExcluirMercedes, Mercedes, sei, o tempo não espera por ninguém, ele segue adelante nos arrastando junto dele...não sinta-se culpada querida amiga, hoje consigo ver e sentir com mais clareza esta angústia que me persegue desde muito pequeno, hoje consigo rir disso...e eu sempre me dei melhor expressando minhas carências, dores, mas sou alegre, meus sentimentos são bons. Hoje sou muito mais controlado, muito mais tolerante com as pessoas, que às vezes dá vontade de jogá-las escada abaixo, mas somos seres bons de Deus e educados. Aprendo vivendo, sem ensaios e esta parcela virtual(real para mim) tem muita importância neste ser que se molda, que busca uma harmonia, que reflete muito mais que antes, que sou eu. Acho maravilhosa tua presença, tuas palavras, teu carinho...eu só preciso continuar te lendo, apreciando o que é genuinamente teu. Eu estou feliz, só não consigo pular e gritar na rua, mas meu coração (que não ama) está feliz, uma felicidade calma e azul. Obrigado Mercedes, Mercedes por não me abandonares, tenho muito de ler ainda. Um sempre imenso abraço.
ResponderExcluirQuerida Rayuela, sim o tempo é uma ilusão, e me encanta a obra de proust...mas vivemos de ilusão nesta ilusão...do alimentamos o coração então ? acho que as memórias são o que conta, ter um passado vivido, como so contos de Lila. Acho que tou vivendo mais ou menos assim, procuro nãosei o que e ncontro algo há muito esquecido ou guardado, e de repente se faz presente de novo...minha amiga Rayuela, o tempo não é tão cruél quanto quero que seja em meus escritos, ainda ontem me deu provas disso, reencontrei uma amizade perdida para o tempo, o que me deixa muito, muito feliz...Proust tinhga razão "el tiempo recuperado...". Um sempre imenso abraço, querida amiga.
ResponderExcluir