quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

MAS E A VIDA ?




O QUE É O QUE É
Gozaguinha

Eu fico com a pureza das respostas das crianças:

É a vida! É bonita e é bonita!

Viver e não ter a vergonha de ser feliz,

Cantar,

A beleza de ser um eterno aprendiz

Eu sei

Que a vida devia ser bem melhor e será,

Mas isso não impede que eu repita:

É bonita, é bonita e é bonita!

E a vida? E a vida o que é, diga lá, meu irmão?

Ela é a batida de um coração?

Ela é uma doce ilusão?

Mas e a vida? Ela é maravilha ou é sofrimento?

Ela é alegria ou lamento?

O que é? O que é, meu irmão?

Há quem fale que a vida da gente é um nada no mundo,

É uma gota, é um tempo

Que nem dá um segundo,

Há quem fale que é um divino mistério profundo,

É o sopro do criador numa atitude repleta de amor.

Você diz que é luta e prazer,

Ele diz que a vida é viver,

Ela diz que melhor é morrer

Pois amada não é, e o verbo é sofrer.

Eu só sei que confio na moça

E na moça eu ponho a força da fé,

Somos nós que fazemos a vida

Como der, ou puder, ou quiser,

Sempre desejada por mais que esteja errada,

Ninguém quer a morte, só saúde e sorte,

E a pergunta roda, e a cabeça agita.

Fico com a pureza das respostas das crianças:

É a vida! É bonita e é bonita!

É a vida! É bonita e é bonita!



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

ESTRANHOS E ESTRANGEIROS


Vivo entre estranhos, numa terra que sou estrangeiro. Exercito ao máximo minha máxima, que é o máximo de solidão possível. Os contatos  e trocas de sorrisos, cumprimentos e estes sinais de comunicção que o ser humano usa, isso realmente me alegra. Mas necessito estar só, pois me procuro e quero me entender, e não será em companhia de alguém que serei eu, que encontrarei minha essência.
Gosto de almoçar olhando pela janela, enquanto degusto a comida, observo a rua, não na espera de ver alguém ou algo, mas pelo prazer que isso me dá, a possibilidade de não estar ali, não que não seja agradável, é, mas a possibilidade de não estar,  já me  é confortável.


Busco palavras que me façam escrever todas as dores e amores que infestam o mundo, que corrompem os homens, que escravisam as almas. Mas estas palavras me faltam, assim como me falta o amor e a paciência para esperar o cúpido (estúpido, a novela rs). Quero a poesia do mundo, a que liberta, a que coloca em palavras o que sinto e não sei dizer...


Não, não olharei nos teus olhos, não quero conhece-los, pois corro o risco de naõ esquecer mais e este sonho virar pesadelo. Também não quero tuas palavras, nem ouvir tua voz (pois sei como é o canto da sereia, e não quero me afogar...). Não, obrigado, não fomos apresentados e naõ temos o que falar.
Faltam as palavras, e aqui  nós só somos estranhos e estrangeiros.