Dormir, era só o que conseguia imaginar para
aqueles quinze dias, como era um sinal de fuga, nem precisei
de remédios para encontrar Orfeu. E assim foi, o primeiro, o
segundo dia, o terceiro...no quarto dia acordo com uma respiração
forte, bem próxima de mim, abro os olhos e vejo duas
patinhas na cama e uma cabeça orelhuda que tentava chegar o
mais próximo de mim. Ele deu um leve rosnado e lambeu
minha mão, que já caía da cama. O toquei, e foi
como se parássemos de respirar, como se o mundo parasse, como
se ele se comunicasse comigo por telepatia me pedindo para levantar
e passear com ele. Ele é o Teimoso, meu cão, amor da
minha vida...nos encontramos e foi amor a primeira vista. O nome quem
deu foi minha sobrinha, pois quando não estava em casa ele
aparecia e ela corria ele, e ele voltava, era um cão
muito teimoso.
Naqueles dias de nada, precisava sumir de mim,
apagar, deixar de existir, por quinze dias pelo menos, não
viver. Minha mão tocando Teimoso foi envolvida por uma paz
que logo tomou meu corpo, uma disposição e já
estava sentado na cama brincando e conversando com este cão
maravilhoso. Levantei e o segui, ele corria na minha frente, mas
parava, como se estivesse me esperando, ele queria passear na rua.
Quando chego na porta ele esta todo serelepe, me convidando para
sair...saímos. Caminhamos pelas ruas do bairro, ele
visivelmente feliz, eu me contagiando com esta felicidade. Olhei para
trás e vi o tempo passado, Teimoso latiu, me chamando, então
seguimos em frente. Vida que segue.
Acróstico
ResponderExcluirÀ vida
Vai Teimoso, liderando a volta à vida
Insiste que essa existência não é ruim
Diz: siga, corra, embale nesta avenida
Apenas liberte-se, e seja feliz assim.
Queixar-se do mun do não é a solução
Um dia de cada vez, prestando atenção
E libertar-se das amarras da peçonha
Sem pejo, sem medo e sem vergonha.
E seguir olhando o horizonte mui altivo
Guiando-se pelo olhar da estrela guia
Unicamente sabendo-se alegre e vivo
Enquanto este sol benfazejo te alumia.
Meu amigo, meu amigo Jair Lopes eu sou um cara de muita sorte e de muita luz, senão não te encontraria e não receberia estas visitas que me encantam e assustam um pouco rs, como hoje...consegues ver lindamente o que se passa em minha alma, nos meus escritos, e o mais belo de tudo é que não perdes a rima, nem o conteúdo, isso é genial... o Teimoso está me ensinando a amar e acreditar novamente...apesar das tristezas do mundo, este cão está me ensinando a olhar para frente, seguir, não desistir, não ficar deitado, dormindo ou se lamuriando...nada como uma caminhada para aquecer a vontade de viver. Sou muito grato a ti meu amigo Jair, por me fazer sentir importante, por me fazer sentir vivo e sentir alegria ao ler teus poemas-comentários. Sou um cara de muita sorte meu amigo. Carinho respeito e abraço.
ExcluirHá dois sentimentos lindos nessa vida, amigo Jair Machado: o sentimento de gratidão e o sentimento mais puro e desinteressado que existe, o amor aos animais, é o incondicional. Amigo... curte o que der teu Teimoso, depois, quando a gente perde, é uma tristeza que não se consegue explicar... Fico aqui. Mas feliz de saber do Teimoso.
ExcluirGrande abraço!
Minha querida amiga Tais este sentimento incondicional é uma benção de Deus, e nunca estive tão conectado com Ele, mas sou humano e tenho as recaídas, não somos alegres o tempo todo, existem as tristezas, e temos de aprender a viver, apesar delas. Tenho um problema de depressão, mas bem tratado que estou, vivo bem, mas a cereja deste bem viver é o Teimoso...minha amiga, é incrível, mas o bem que este amiguinho me faz, o olhar dele me deixa feliz...gostaria de estar mais com ele, ele fica na casa da mãe, como vou praticamente todos os finais de semana, a mãe diz que ele me espera, fica ansioso, muda o comportamento, e não tem coisa melhor que ser recebido com felicidade...sei do tempo, mas estou e vou continuar curtindo meu cusco caramelo, que me convida para sair pra rua...obrigado amiga, já estamos em 2016, e continuamos nossos destinos, continuamos vivendo e buscando a paz e harmonia sempre. Vamos para mais um ano...Carinho respeito e abraço.
ExcluirE a vida continua o seu curso. Dia a dia. Cabe a nós vivê-la.
ResponderExcluirUm feliz 2016 para vc e todos aí meu caro amigo.
Beijão
Meu rei, meu adorado amigo Bratz obrigado...veja só, preciso de um cão para mostrar que a vida continua seu curso, mas ainda bem...que este ano possamos continuar nossa amizade, este carinho afetuoso que trocamos, tua lucidez que me mantém na ativa...um 2016 cheio de saúde para nós e os nossos. Obrigado sempre meu amigo. Carinho respeito e abraço.
ExcluirÉ sempre bom ter um Teimoso! Abraço!
ResponderExcluirE como,é um nome bem apropriado rs, porque é muito fácil para mim esquecer o mundo lá fora, a rua, o pátio, ficar isolado (tou sempre em tratamento, mas tenho estas fugas ainda). Fiz teatro amador por alguns anos, e tái uma profissão que admiro. Muito feliz em recebe-la, seja sempre bem vida. Carinho respeito e abraço.
ExcluirOlá Jair, muito boa tarde!
ResponderExcluirTentei mandar um comentário há já alguns dias, mas o computador me traiu, não o quis enviar, apagou e pronto...
Desanimada, não tentei de novo - mas hoje aqui estou, e com desculpas.
Gostei muito do texto anterior cujo titulo é Quero Viver - li e reli, e gostei, gostei.
Do mesmo modo apreciei a poesia de Dilson Gimba, este Quero, achei lindo de verdade.
Hoje o texto com o Teimoso, que dizer? Um amigo incondicional, amigo para sempre, e com a certeza que dele nunca virá má palavra nem traição por menor que possa existir. Desejo boa saúde para o cor de caramelo, ele merece.
Muito obrigada pelas visitas no meu birras, e pelo comentário acerca das quedas- aquilo foi hilariante, mas só passadas algumas horas é que eu ri, e ri como nunca pensei que fosse rir - até ás lágrimas.
Abraço da parente portuguesa.
Dilita
Minha querida Dilita, minha amiga e parente portuguesa, que delícia de comentário, fizeste um apanhado dos meus últimos posts, adorei. Achei tão mal escrito este, depois que li com um olhar mais crítico, parece a redação de um menino de escola, falando de seu cãozinho - de qualquer forma escrevi com a alma (minha alma é meio burra rs) e é uma grande verdade, talvez minha maior verdade já escrita neste blog, amo este cachorro, ele me deu outro colorido para a vida, num momento que quase desistia de tudo, este cão salvou minha vida, e rezo todos os dias para que ele tenha uma vida longa, muito longa. Obrigado amiga, por mais eesta visita, fico sempre muito feliz. Todo meu carinho meu respeito e meu abraço.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá amigo de além mar, Jair
ResponderExcluirPrimeiro desculpas por ter removido o meu comentário. (acima) Estava em duplicado - porquê? Não sei...
Vim falar da sua resposta acerca deste texto em que falou do Teimoso - Diz que está mal escrito, parecendo uma redação dum menino em idade escolar... permita que diga - Feliz do homem (ou mulher) onde mesmo adulto guarda o seu coração de criança. Este é um texto muito simples, terno até, e o que é a ternura? Um sentimento que habita em nós, e se manifesta em pequeninas (grandes) coisas colocando-nos pequeninos também lado a lado num abraço, no tocar num ombro,num afago... e num animal numa festinha, numa palavra que ele não entende mas decifra... e falando de tudo isto com simplicidade, quiçá até amor - amor ao próximo.
O Jair escreve maravilhosamente, tem sapiência que baste, para escrever textos onde a irudição é bem patente, este foi apenas um texto influênciado pela sua enorme sensibilidade.
Eu guardo como recordação um caderno, era o caderno da escola, nele se fazia uma prova das várias disciplinas num só dia em cada semana.
- Lá estão as redações, e sistemáticamente a mesma afirmação em todas, no fim de cada uma, relativamente ao tema;"eu gosto muito de..."
(eu revejo isto agora com imensa ternura, a tal ternura que habita em cada um de nós,e que guardamos da infância.
Jair, desculpe, sou uma tagarela incorrigível...
Grata pelas felicitações pelos 7 anos do meu Birras. Eu também ainda me sinto muito bem por cá, mas o tempo passou... E nem demos por isso - neste sábado (dia 16) recordaremos 50 anos de casados. Meio século, é uma boa conta.
Jair, peço que me desculpe por tanta conversa.
Aceite um abraço desta maçadora.
Dilita
Minha adorada amiga de além mar, Dilita, obrigado por este comentário tão sincero e amável...é um defeito meu, me mal dizer rs...por isso gosto dos comentários, me ajudam a ver melhor o que tenho em mim, e coisas que escrevo (gosto de dizer que psicografo), pois algumas saem sem que eu precise corrigir e alterar o que me veio, mas tenho tentado corrigir, reler antes de postar, mas, acho que depende do dia, pois como lhe disse, me apercebi do que tinha escrito numa noite, daí fui ver no meu telefone móvel (assim que se diz em Portugal ?) e li, daí me veio isso, e quando do teu comentário acabei dizendo aquilo. Nunca me cansarei de tuas palavras, tua conversa me interessa, tua presença me deixa feliz. Mas o que dizes no comentário, eu realmente sinto assim, a minha história com este animal é de outro mundo, já não sei mais explicar, apenas sinto que ele me faz bem e eu faço bem a ele, o toque, o olhar lindo e meigo que ele tem, quando o chamo, a felicidade dele ao passear comigo, e acabo por me contagiar e nosso passeio se torna uma felicidade só. Juro querida Dilita, por isso fico muito lisonjeado com tuas palavras, que ao contrário do que pensava, realmente é algo simples, mas verdadeiro. Obrigado Dilita.
Excluir“(eu revejo isto agora com imensa ternura, a tal ternura que habita em cada um de nós,e que guardamos da infância.” Achei lindo demais estas palavras, e acho linda a palavra TERNURA.
Nossa, então este é um ano de festas e comemorações, 7 anos de blog e a mais importante, meio século de amor e cumplicidade, parece conto de fadas, felizes para sempre, nestes tempos de ficar 6 horas com uma pessoa e 'amá-la', abraça-la, odiá-la e abandona-la, isto tudo somente nestas 6 horas rs, tempos modernos e burros, enfim. Mas tu estas aí com teu companheiro (sou fã dele) vivendo esta história de amor, e eu fico muito, mas muito feliz de poder participar, de alguma forma, como testemunha desta história. Muito obrigado querida Dilita, muito obrigado por ser esta amiga tão presente, mesmo vivendo em lados opostos do mar. Todo meu carinho meu respeito e meu abraço.