Ouvi um
poema que falava de amor, que dizia palavras doces, sussurrava
desejos, contava como se aproximou do ser amado, como aprisionou
sua alma. Virei as costas, e o tempo trouxe de muito longe,
lembranças de um tempo perdido, de uma vida paralela, que
acontecia alheia ao meu conhecimento. Eu não sabia de nada, e
nem desconfiava, apenas vivia os dias que me eram dados. Todos os
deuses um dia resolveram esquecer de mim, por muito tempo vaguei cego
por estranhos caminhos, onde encontrei diferentes tipos de dores,
diferentes formas de amar, diferentes pessoas. Flutuei dentro de
livros, senti os aromas, os remorsos, os amores perdidos e os amores
com final
feliz............................................................................................................................................. oxigênio faltava, seu pulmão na garganta, seus braços
quase caiam de seu corpo, mas as pernas, valentes, seguiam, forçavam;
os joelhos, no fim de sua resistência, dobravam e subiam as
longas escadas sem fim. Um labirinto. Lembra de ter visto, uma tela
surreal, onde as escadas se interligavam, se ultrapassavam sem fim e
sem sono. Nesta infinita caminhada, paradas na janela percebiam o pé
de pera, seco, pelado de folhas, um esqueleto. Entre escadas,
subidas, descidas, labirinto sem fim, parava na janela. No pé
de pera renasciam em pequenas folhas verdes. Vida. Num labirinto de
escadas sem fim, Um quadro surreal. Os joelhos, bravos. Seguir.
Adelante, mesmo que nunca chegue a lugar nenhum. A pena eterna entre
as escadas sem fim. Da janela se viam, agora, fartas folhas
verdes, os galhos secos agora desapareciam num vibrante verde...o
oxigênio enchia os pulmões.....................................................ouvi
um poema que falava de amor enquanto navegava neste mar cibernético,
enquanto subia e descia escadas, enquanto fazia teus passos os
meus, tua voz: “que sede desse teu outro eu, que precisa de mim,
que posso oferecer colo, que poderia dormir de conchinha e
simplesmente não pensar em mais nada.”
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
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Acróstico
ResponderExcluirOuvindo um poema assim tão raro
Um poema que do solo árido cresce
Vejo o mister que não me é amaro
Ignoro tempo que não traz benesse.
Uma escada que leva a coisa alguma
Me confunde, desnorteia e me ilude
Pois que caminho envolto em bruma
Oclusa ver o universo em amplitude.
E ainda que esse labirinto eu assuma
Me faltam o elã e a gana da juventude
Assim como ser a desilusão costuma.
Meu muito, muito estimado amigo Jair, senhor de todas as palavras...perdoa minha ausência nos teus blogs...na verdade leio poemas que falam de amor, todas as formas, temos tantos poetas na blogosfera, adoraria poder deixar uma palavras em cada que leio, mas daí não faria outra coisa na vida, e mesmo que tou sem net, mas tenho sorte ou olho clinico rs, sempre chego nos poemas que preciso 'ouvir'. Meu amigo estes versos:
Excluir"Uma escada que leva a coisa alguma
Me confunde, desnorteia e me ilude
Pois que caminho envolto em bruma
Oclusa ver o universo em amplitude."
As escadas são quase o contraponto ao amor neste meu escrito. Escada é fato, uma realidade em minha vida profissional, mas já consigo lidar bem com este sobe e desce, não há mais ódio, apenas uma louca paranoia, um labirinto, como é a vida. Estou cansado, estou velho, não preciso mais desejar a morte, ela está ali, fico aliviado, não cometerei mais o suicídio com certeza (assim espero). E é isto meu poeta e amigo e xará Jair, minha admiração pelo teu trabalho com as letras, consegues ver e sentir e expressar em versos o que percebes nas entrelinhas, nas frestas da alma, de minha alma. Como não ser feliz com amigos assim, como não acreditar que há grande chance de nos salvarmos. Obrigado. Carinho respeito e abraço.
Obrigado Jair, você é sempre muito gentil com tuas palavras.
ExcluirTexto magnificamente belo. Adorável mesmo. A ilustração traduz de forma contundente a expressividade das letras.
ResponderExcluirMeu rei, meu adorado Bratz, meu amigo muito querido, muito obrigado, fico muito feliz com tuas palavras, que sei, são de coração. Tua perspicácia matou logo a suposta charada, a ilustração, as ilustrações e os textos, que se divide em dois, amor e escadas, fechando com o amor, ou suposto, pelo menos. Obrigado sempre querido Bratz. Carinho respeito e abraço.
ExcluirOuvir um poema de amor, meu caro Jair Machado, assim enquanto fazemos um inventário do viver, ou melhor, daquilo que poderia ter sido e não aconteceu, é um bom augúrio. Como também é um bom augúrio ler os comentários-réplicas poéticos do nosso bom amigo Jair Lopes.
ResponderExcluirum abração. Tenhas uma ótima semana
Meu bom amigo Dilmar, eu derreto toda vez que encontro nosso amigo Jair aqui, com este leque infinito de palavras e rimas e sem falar no poder dele de adentrar no sentido do que diz ou o que se gostaria de dizer...meu amigo Dilmar, gostei do 'inventário do viver', estou fazendo isso no que tou escrevendo, como se houvesse muito que eu preciso descobrir ou redescobrir, e isto está no meu passado, que não é longe, está colado ao meu presente, o futuro sim, este, tirando a morte, o resto é dúvida. Meu poeta Dilmar a vida não é fácil, mas também não é difícil, só precisamos ouvir poemas de amor, amor à vida, ao próximo, ao amor. Carinho respeito e abraço.
ExcluirAdorei! E ouvir poema,falando num amor assim legal, reviver lembranças e momentos, tridi!! Valeu! abraços,chica e linda semana!
ResponderExcluirChica do Céu, minha adorável amiga. sempre um imenso prazer em recebe-la nesta casa, para sempre bem vinda minha amiga...Acho que fico tentando passar minha vida a limpo e enfeitando um pouco, tou na busca do amor fraternal, limpo, puro, enquanto isso subo e desço escadas, é a vida, não é fácil nem difícil. Carinho respeito e abraço.
ExcluirMagnífico! Que inspiração =)
ResponderExcluirBeijocas
Obrigado Claudia, na verdade não entendo bem a minha suposta insiração, mas é minha necessidade louca de escrever, expor e depois me ver e rever e tentar e seguir...Valeu Adriana. Carinho respeito e abraço.
ExcluirDe onde tirei Adriana?, perdão rsrs.
Excluirla poesía es como un bálsamo para las heridas... nos lleva a lugares muy bellos.
ResponderExcluirUn abrazo.
True mi amigo Rafael, por lo general dicen que la poesía salvará el mundo, pero al menos que aceptemos la magia de este arte de la escritura. Respeto afecto y un abrazo.
ExcluirA poesia é a sabedoria da vida! Uma boa semana Jair! :)
ResponderExcluirAbraço
Uma sabedoria leve, bela como deve ser a vida. Obrigado Bia. Carinho respeito e abraço.
ExcluirCaro Jair, meu parente brasileiro
ResponderExcluirOuviu um poema - belo amoroso,qual promessa...
Mas depois a memória se compráz em magoá-lo com recordações - ou serão recriminações? pelo que podia ter sido e não foi... Os deuses deixaram-no no labirinto - um labirinto enorme, assustador. Porém, o sofrimento cria coragem, e os joelhos que vacilavam, se fortaleceram e estão prontos para todos os esforços. A pereira recobrou, as novas folhas verdes despontaram, e mesmo sem voz, elas lhe expunham o seu exemplo para que o seguisse. E à sua consciência chegou o apelo: "não temas o labirinto", encara-o de frente e sem mêdo. Vês ?! Já nem parece tão complicado e assustador. E agora, convicto, grita bem alto de modo a que o eco das tuas palavras se faça ouvir -
EU VOU VENCER-TE !!!!!!
As minhas desculpas, e um abraço grande.
Dilita
Minha querida Dilita como é bom te receber aqui, atravessas o mar rs. Tou começando a acreditar nisso de parente brasileiro rs, uma análise perfeita do meu escrito, é meio confuso, eu sou confuso, mas pegastes os passos porque passei no que escrevi, na história que tentei inventar baseado em fatos reais de minha vida rs. A pereira, ela é de verdade, ela existe, comecei a percebe-la faz algum tempo, nestas minhas subidas e descidas das escadas do meu trabalho, e por uma janela no caminho olho para o pátio baldio cheio de árvores, e presenciei a pereira pelada, depois com umas folhas e se esperasse mais um pouco para escrever, diria que ela já tem flores. Escada o que mais prejudica além de tudo anos rs o joelho, o meu dói, sou um jovem senhor de 48 anos rs. Eu vivo num labirinto, na vida real, quando estou só em casa me sinto num labirinto também, no trabalho, nas escadas, estas escadas que estão acabando comigo. Emocionalmente e psicologicamente tou ótimo, graças a Deus, ao meu médico e minha força de vontade. Continuo buscando minha paz interior, meu bom relacionamento com as pessoas, principalmente as que convivo mais diretamente, ou seja, no trabalho. Minha querida Dilita me deixas muito feliz com tua presença, obrigado. Carinho respeito e abraço.
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