"És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo Tempo Tempo Tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo Tempo Tempo Tempo"
Quanto a cara do meu filho
Tempo Tempo Tempo Tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo Tempo Tempo Tempo"
by Caetano Veloso
“Acossadas
pelo medo e pela inquietação, nunca parando para
refletir e raramente para respirar, algumas pessoas parecem tombar
subitamente da juventude impensada para a velhice ressentida. Foram
apanhadas desprevenidas. Estavam desatentas ao milagre da existência
.
Toda a
realidade, que inclui nascimento e velhice, crianças doce e
caras murchas, corpos sensuais ou mentes confusas, escorre como um
rio que flutuamos, nadamos, resistimos ou deixamos levar – enquanto
ele, estranho e belo, permanece em seu fluir, e nos leva até
onde talvez apenas comece o novo roteiro de uma peça de
teatro.”
Trecho do
livro O Tempo é Um Rio Que Corre da Lya Luft.
O TEMPO
A vida é
o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
By Mario
Quintana
O tempo voa e ao mesmo tempo nos encanta e inspira! Adorei te ler, lembraste bem...adorei os textos... abraços,chica
ResponderExcluirChica do Céu, minha adorável amiga, obrigado por este tempo teu que te trazes aqui no meu blog, istoo sim é encantdador, na verdade são dois poetas, o eterno Mario Quintana e minha inspiração viva Lya Luft. Carinho respeito e abraço.
ExcluirTempo
ResponderExcluirÉ um ente simplesmente imaterial, transcendental até. E sempre foi essa sua característica constante, universal. Ao pensá-lo, perguntamos, muitas vezes, se essa carência de corporalidade, de materialidade, essa intangibilidade, não foi sempre seu traço fundamental que o distingue das coisas palpáveis; desde seu surgimento num suposto big bang, até a eternidade indefinível e inalcançável. Precisamente por essa fugidia característica, poder-se-ia atribuir-lhe quaisquer virtudes ou vícios que a outros entes parecessem aberrantes. A ele, quaisquer rótulos, por mais insólitos e depreciativos que pareçam, se lançam impunemente sem temor de cometer desatinos. O tempo absorve nossos caprichos, impassível e obtuso na sua marcha amoque rumo ao vir a ser. O tempo não existe em virtude de seres pensantes que o definem ou tentam enquadrá-lo em parâmetros humanos, ele simplesmente É. JAIR, Floripa, 16/06/11.
Meu caríssimo Jair, não erro quando digo que és os senhor das palavras, poderia ser o senhor dos tempos, do tempo e da alegria, pois é o que me trazes vindo aqui. Tão profundo, este texto, que tenho medo de tentar explicar, porque o entendimento me veio direto pra alma...o tempo, simplismente é meu caro, tens razão. Carinho respeito e abraço.
ExcluirSobre o tempo
ResponderExcluirComo uma imposição inexorável de sentido absolutamente singular o tempo flui translúcido e permeável, invade o íntimo das coisas, ocupa todos os desvãos, nichos, vazios e interstícios, seja uma dimensão tridimensional ilimitada acima da compreensão humana como os espaços intregaláticos ou o âmago do átomo. Se lhe falta solidez sobra obstinação, dele é impossível escapar, mesmo que se vá além da borda do universo. Ainda assim, para o compreendermos, é compulsório que se vá até lá. Pois há coisas só possíveis após a fímbria do universo. JAIR, Floripa, 01/08/09.
Explêndio, uma ciranda de palavras, sentidos, hipóteses, possibilidades, mas uma certeza "dele é impossível escapar" (dele, o tempo). Carinho respeito e abraço.
ExcluirHá o grande, o maior, o extenso, o enorme, o gigante, o de extraordinária grandeza, o imensurável e o TEMPO;
ResponderExcluirHá o menor, o mínimo, o exíguo, o pequenino, o minúsculo, o microscópico, o infinitesimal e o TEMPO;
Há o discernível, o perceptível, o evidente, o óbvio, o visível, o claro, o explícito, o insofismável e o TEMPO;
Há o obscuro, o cinzento, o sombrio, o escuro, o atro, o pretume, o negror, a escuridão completa e o TEMPO;
Há o duvidoso, o plausível, o discutível, o quase certo, o muito provável, o infalível, o incontestável e o TEMPO;
Há o opaco, o claro, o translúcido, o diáfano, o transparente, o apenas distinguível, o invisível e o TEMPO;
Há o pirilampo, a lamparina, a vela, a lâmpada, a claridade, o relâmpago, a luz do sol a explosão nuclear e o TEMPO;
Há o limitado, o evidente, o imperioso, o subsistente por si só, o inquestionável, o absoluto e o TEMPO;
Há o atrasado, o devagar, o lento, o demorado, o quase parado, o imóvel, o absolutamente congelado e o TEMPO;
Há o ágil, o móvel, o ligeiro, o rápido, o célere, o velocíssimo, o raio, a velocidade da luz e o TEMPO;
Há o hoje, o amanhã, o depois de amanhã, o semana que vem, o próximo ano, o futuramente, o nunca e o TEMPO;
Há o simples, o elaborado, o emaranhado, o intrincado, o muito complicado, o diabolicamente complexo e o TEMPO;
Há o fugaz, o breve, o sazonal, o contínuo, o perene, o quase perpétuo, o eterno e o TEMPO;
Há o exeqüível, o realizável, o possível, o viável, o praticável, o quase compulsório, o obrigatório e o TEMPO;
Há o trabalhoso, o oneroso, o árduo, o penoso, o dificultoso, o quase irrealizável, o impossível e o TEMPO;
Há a unidade, a dezena, a centena, o milhar, a dezena de milhar, o bilhão, o trilhão, o infinito e o TEMPO;
Há o usado, o velho, o arcaico, o antigo, o medieval, o pré-histórico, o paleolítico, o jurássico e o TEMPO;
Há o próton, o nêutron, o elétron, o méson, o bárion, o fóton, o lépton, o tríton, o quark e o TEMPO;
Há o substantivo, o adjetivo, a conjunção, o pronome, a interjeição, o artigo, o advérbio, o verbo e o TEMPO;
Há o reino mineral, o vegetal, o animal, o fungi, o monera, o protista, o vírus, a ameba e o TEMPO;
Há o Sol, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno, Plutão, a Lua e o TEMPO;
Há o planeta, o satélite, o asteróide, o meteorito, o cometa, o sistema solar, o quasar, a galáxia e o TEMPO;
Há a guerra e a paz, o bem e o mal, a vida e a morte, o certo e o errado, superficial e o profundo, o real e o imaginário, o nada e o tudo e o TEMPO;
Há o TEMPO.
Somente o tempo É.
JAIR, Floripa, 03/07/09.
Quando vi estava lendo em voz alta, um recital dramático e com uma única certeza, o tempo...que prova o que sinto ao ler-te há muito tempo querido Jair, o único, o verdadeiro, o inspirado, o criativo, o inquieto, o senhor de todas as palavras, o homem que consegue dar nomes ao tempo, pois o tempo é tudo. "Há o tempo. Somente o tempo é." Fantástico o poema, belo, sonoro, inquietante, gigante nas palavras, não o tamanho, mas a versatilidade, a beleza do conjunto da obra, da poesia. Obrigado meu amigo, por me possibilitar ler e ter este poema perto de mim. Carinho respeito e abraço.
ExcluirSoneto-acróstico
ResponderExcluirTempo
Obtuso e arrogante segue em frente
Tem pelos seres apenas indiferença
Ele é supremo e nada sabe de gente
Mas desprezando-nos, sem ofensa.
Porque o homem se julga inteligente
Opina-se de uma relevância imensa
Tentando fazer do tempo seu cliente
E ri dele o tempo, pelo que ele pensa.
Mero ente bípede que pelo solo anda
Todo homo acha que tempo escraviza
E sequer percebe que o tempo manda.
Mesmo sabendo que tempo não avisa
Persiste achando que tempo demanda
O que o leva a no final, colher só brisa.
"Mero ente bípede que pelo solo anda
ExcluirTodo homo acha que tempo escraviza
E sequer percebe que o tempo manda."
Meu querido amigo Jair, senhor de todas as palavras, obrigado por mais este mimo, este presente que são teus acrósticos. Caro amigo fico admirado e espantado tamanha versatilidade e feliz, pois te conheço e te recebo com toda a honra neste meu bloguinho. Carinho respeito e abraço.
O tempo! Que é o tempo senão a vida, meu bom amigo Jair? A vida que levamos ora corrida, ora mansa; ora em paz, ora tumultuada que nos confunde as horas, que apaga o que temos de melhor por não darmos o devido valor. Esse é o tempo perdido que lamentamos porque deixamos nossas vidas nas mãos de outros.
ResponderExcluirEntão, quando tudo passou, já no fim da vida vamos dizer que se pudéssemos recomeçar... seria diferente.
Usaríamos nosso precioso tempo pra nós. Vejo isso tão claro e muitas vezes sentimos nossas mãos amarradas, algemadas na vida e no tempo que os outros traçam pra nós. Isso, e esse tempo perdido, jogado fora, é o que lamento.
Mas ainda há um tempo, não quero, num futuro, me transbordar de arrependimentos. Estava pensando o pouco que temos de vida nessa imensidão que nem imaginamos. É muito pouco tempo, isso é nada! Não chegamos a 100 anos!
Grande abraço, amigo!
Minha querida amiga Tais, não chegamos nos 100 anos, mas para piorar minha família tem o estranho hábito de morrer antes dos 60, eu e um primo que já passamos dos 40 ficamos a espreita, qual de nós irá mais cedo ou ficará para mais tarde, e rimos. Tempo é vida, é a vida. Tenho andado tranquilo, equilibrado, e diria, quase feliz, mas prometi ao meu médico e a mim que não faria mais paradas do remédio contra depressão, mas me tira certa espontaneidade, até minhas lágrimas, que são em abundância rs, ficam ralas. Caminho os dias em silêncio, trabalho, casa, trabalho e remédios para dormir no meio e remédio para não chorar, enfim...sinto-me assim, de mãos amarradas e sendo levado rio abaixo, num caminho certo, vou flutuando, não há perigo de afundar , mas é uma rotina, vida controlada. Mas não estou me queixando, passei por uma fase muito confusa quando aqui cheguei, és testemunha, muitas das tuas palavras ajudaram a acalmar meu coração, minhas decisões, minhas relações humanas...sobrevivi a mais um ataque depressivo violento, me agrido e agrido o próximo, com palavras, pensamentos de morte e solidão. Mas aprendi, acordar é uma dádiva, cada dia é um milagre, minha fé em Deus se fortalece todo dia, minha fé em mim, meu amor, que sei que existe em meu coração. O livro da Lya, aliás, tudo que vem daquela mulher me atinge, me fez mergulhar neste conflito que vivo, estar aqui, mas passando em branco, em preto no meu caso rs, tranquilo, mas um tanto vazio, sem guerras, mas sem brincadeiras, tranquilidade, mas sem movimento. Aceito estar velho, mas o fato de ser solteiro isso parece que retarda, apesar dos meus cabelos brancos, sou tratado muitas vezes como “garoto” (sic), faço questão de agradecer por ser um senhor de 48 anos, é meio engraçado. Mas sou feliz, de verdade, com os amigos que me ficaram, que estão, que me dizem, que sabem da minha dor, meu amor, minha existência verdadeira. Tenho muito a te agradecer querida Tais, por esta amizade ímpar que conheci/ganhei através deste veículo maluco chamado internet . Mário Quintana é meu anjo poeta, para sempre fará parte de minha vida, para sempre terei algo a ler e saber de sua obra. Obrigado querida amiga Tais. Carinho respeito e abraço.
ExcluirO tempo só passa... e nos leva a bordo...e nosso tempo é nada... nada se comparado ao todo, ao universo... à história... Jair meu querido... não pretendo fazer moda de poetizar no seu blog... como sempre disse não sou poeta, apenas despejo palavras na noite... resultado dos meus dias bons ou ruins.. e uma vez dentre tantas respostas, te deixo uns escritos aqui, similares aos que deixo lá em casa... nenhuma pretensão de poetizar ou pedir espaço... sabes bem que tenho minha casa de gritos. O que te escrevo é de coração, por nossa longa amizade insana e incógnita... me sinto feliz assim, mesmo que tenhas me dedicado espaço e protagonismo...te agradeço e respondo lá em casa. E como sempre seja, muito bem vindo ao meu mundo de inconsequências e incógnitas... perdidas na noite..... aliás.... voltei ao twitter, por causa do novo vício em podcasts... se tiver paciência, tenho falado rapidinho e pouco nesse canal também, quando não há inspiração suficiente para me alongar. e fazer minhas elocubrações virarem pretensas "poesias"... Beijos meu amigo.
ResponderExcluir@anaisnin4
Anais, minha querida Anais, eu amo tua casa de gritos, já gritei muito lá rs e simplesmente me deixou gritar, chorar, como a gente faz na casa e verdadeiros amigos, somos consolados e compreendidos, e se não der para entender, somos respeitados, assim sempre me senti em tua companhia. Eu gostei muti, mas muito mesmo do teu comentário, e pedias para eu te aceitar, de volta, como assim Bial ? rs. És uma amiga que amei conhecer, trocar ideias, conversar e faz para para sempre do meu universo, foi muito punk quando me iniciei nas leituras de teus textos, esta verborragia, esta ânsia transformada em palavra, o desespero em ser, em partir, em construir e se auto ajudar, o desejo escorrendo entre as palavras. Fascinante te ler, daí tive esta ideia, e não só eu acho teu texto diferenciado, é de tirar o fôlego, de palpitar o coração, de não piscar. Outro dia falava que estava velho mais para cinquenta que para 30, e uma pessoa que atendia perguntou se conhecia um poema do Quintana que falava nos 50 anos. Procurei e achei, já conhecia, mas não lembrava...aliás, eu gosto de dizer que vivemos de natal em natal, e o Quintana traduz poeticamente esta pressa louca que temos, que nos impõe, esta necessidade. Tou medicado rs, tou bem emocionalmente, mas não deixo de estar perdido na madrugada, na minha própria vida, nos meus sentimentos obscuros, proibidos, onde me resta a palavra para gritar, me libertar, tentar contado imediato com seres como eu, assim te encontrei querida amiga Anais. Carinho respeito e abraço.
ExcluirSim o tempo ... o senhor da vida ...
ResponderExcluirMeru querido, meu amado amigo, meu rei Bratz não posso mais usar a desculpa do tempo para não te visitar mais, tou sem net, mas não te esqueço, me honrando sempre com tua nobre presença, tua luz e sabedoria...embora ache que meu tempo se esvai com um punhado de areia nas mãos, que minha vida apesar de estar tranquila, estou morrendo só, quer dizer, a vida tá passando e se indo e eu não encontrei minha cara metade (se é que existe, mas tudo bem). Obrigado sempre meu rei por lembrar de mim. Carinho respeito e abraço.
ExcluirBoa tarde, linda partilha que transmite a obrigação de pensar, é excelente.
ResponderExcluirAG
Meu caríssimo Antonio Gomes, partilhar é algo que bem o fazes, é só chegar no teu blog, me parece que conheces bem a canção portuguesa, sempre me surpreendo com tuas postagens, e as fotos então...fico feliz pela visita, e pelas boas palavras cá deixadas. Pensar é sempre bom. Carinho respeito e abraço.
ExcluirComo o tempo não volta atrás, só nos resta o tempo de que não sabemos a extensão.
ResponderExcluirUm abraço atlântico.
Sábio João Menéres, e com sabedoria deveríamos levar estes tempos últimos e poucos que nos restam (pareço pessimista falando assim né?) mas como dizes, não sabemos a extensão, onde isso vai dar, acho que aí está a graça da vida, uma eterna surpresa, nem sempre boa, mas não é monótona. Muito feliz com sua nobre presença caro João. Carinho respeito e abraço.
Excluir"Agora é tarde para ser reprovado..."
ResponderExcluirAh amigo, nisso tenho que discordar completamente com o poeta. Conheço pessoas com mais de 50 anos que estão se preparando para ingressar em uma universidade porque os tempos de outrora, tão chamados pelos saudosistas de "no meu tempo não era assim, tudo era melhor", não lhes deram a chance de terem uma profissão. E para eles não é tarde demais se por acaso forem reprovados. Porque neles há algo muito importante e que muitas pessoas esquecem com o decorrer, justamente, do tempo: a VIDA!
Há esperança enquanto há VIDA!
E eu me orgulho demais por fazer parte da vida de pessoas assim, que não desistem dela. E lamento profundamente por amigos que supostamente "tinham todo o tempo do mundo" e o ceifaram deixando um rastro de uma tristeza inconsolável em suas mães, pais e amigos. :/
No demais, adoro Mario Quintana.
E adoro teu blog também.
Quero agradecer de coração por ter acompanhado meu BEDA fracassado, huahauahauah!
Beijos e um excelente fim de semana para ti! :)))))
Em breve responderei a todos os comentários no blog.
Querida Mi, este é o grande barato deste meu blog, esta troca..."Agora é tarde para ser reprovado..."Confesso ter a síndrome dos 50, não os tons de cinza rs...mas sempre achei, equivocadamente claro, que 30 era a metade da vida, portanto 60 o fim, mas já não penso assim...as mulheres falam muito hoje que num passado não muito distante uma mulher de 40 anos era uma tia-velha, e hoje temos top models nesta idade (tá, exagerei, mas é mais ou menos isso). Claro que temos muito mais chances hoje depois que a chamada idade produtiva foi aumentando, assim como a média de longevidade dos seres humanos aumenta. Neste sentido tou dentro da tua ótica, e, sinceramente, pode ser pessimismo de minha parte, mas não vejo futuro, não tenho mais o que conquistar, até tenho, mas me falta desejo, vontade, estou cansado, idade pesa, mas viver é melhor que tudo, mesmo cansado, dizia meu avô que quando morresse descansaria (sic)...Eu também, como tu, admiro demais as pessoas que recomeçam ou começam em outros tempos mais adulto, tudo é conquista, tudo é vontade de viver, seguir, ser...talvez esta frase de Quintana no poema – agora é tarde para ser reprovado – pode ser uma dica de dedicação a mais, pois com a idade avançada seria perda de tempo, não se dedicar de verdade, por exemplo, num curso superior, tem de estudar pra valer, pois devido ao tempo, não há chance de ser reprovado, ou pelo menos o sonho fica muito mais distante quando reprovado. Pois é querida Mi, e cá estamos nós a viver, a escrever um blog, a compartilhar ideias, a concordar e discordar, mas na busca do melhor, na busca de um auto conhecimento, que por vezes negligenciamos e deixamos que o tempo leve, então ele passa, e se não fizermos algo, ele não só passará como acabará. Bom demais conversar contigo minha querida blogueira Mi. Carinho respeito e abraço.
ExcluirAdorei o que li. Tão verdadeiro. descreve a vida da maioria das pessoas, eu incluída. Fica para depois ou começo depois e nunca se chega a começar é nada.
ResponderExcluirBeijocas
Olá querida Claudia de além mar, que bom que gostastes...me parece também, bem humano, todos temos estes tipos de situações, nas escolhas, na nossa caminhada, e nem sempre é como esperávamos, aliás, nunca é...e neste ínterim ficamos a imaginar coisas, ideias que jamais se concretizarão. Somos reféns do tempo, e dentro dele somos livres, somos nenéns e também velhos, ou seja, somos donos de nosso destino e de nosso tempo também, só precisamos que tudo se dê numa grande coincidência – eu não acredito em coincidências - e neste bailado estranho e belo que é a vida, vamos descobrindo, vivendo, amando, sendo, porque o tempo é pouco. Carinho respeito e abraço.
ExcluirMeu caro amigo Jair, eis três grandes inteligências postadas aqui, um mix de inteligência, ironia e sabedoria, portanto estás bem acompanhado.
ResponderExcluirUm abração. Tenhas um ótimo fim de semana.
Meu querido amigo Dilmar, meu poeta, fico feliz por comentares sobre os 3 que iluminam este post... inteligência, ironia e sabedoria bem pode ser deistribuida aleat´roriamente a estas personas, e os 3 tem estes predicados, um mais outro menos...aqui se tem uma leve ideia do poder da palavra destes genios deste nosso Brasil. Sempre fico bem satisfeito quando de tua presença querido amigo, tua atenção é ímpar e o prazer de visitá-lo é sempre imenso, agradeço nossa amizade construida nas palavras, porque elas tem poder. Carinho respeito e abraço
ExcluirLa vida nos sucede,
ResponderExcluirporque nosotros somos la vida
y aveces lo olvidamos
Paz hermano
Isaac
Mi hermano Isaac, que felicidade te-lo aqui...concordo contigo, a vida está aí, acontecendo, e vamos seguindo, às vezes como um tronco velho boiando no rio e sendo levados, à deriva, nestes momentos esquecemos que esta é nossa vida, que temos obrigação com ela, que é de nos fazer feliz e termos paz. Só o amor é real, mas desde que apaguei um amor na minha vida, sigo só com o tempo, com o tempo, com o tempo...gracias Isaac. Carinho respeito e abraço.
ExcluirLa vida nos sucede,
ResponderExcluirporque nosotros somos la vida
y aveces lo olvidamos
Paz hermano
Isaac
Jair: o tempo não pode ser aprisionado..deve seguir livre ..como o fluir das águas doces dos rios..que chegam aos mares..sem jamais transbordá-los...abraços carinhosos meus a ti querido amigo.
ResponderExcluirMinha querida Lia Noronha, minha poeta das palavras que acertam sempre meu coração, minha vida, meus sentidos todos...lindo comentário, lindo. Gosto dessa metáfora da vida seguir como um rio, no livro da Lya Luft, que ajudou a inspirar este post eu me senti assim, ao ler o livro, descia por um rio, o rio da vida, que segue até o mar, ou até... sempre muito bom estar junto de ti, mesmo em palavras. Carinho respeito e abraço.
ExcluirCaro Jair:
ResponderExcluirO tema sobre a velhice haverá de inspirar sempre poetas e a todos os escritores que se dedicam à prosa (romance, conto, crônica), filósofos, psicanalistas etc. Simone de Beauvoir, companheira de Sartre, filosofa oriunda da famosa Sorbonne, escreveu “La Vieilesse” (A Velhice), livro publicado pela Editions Gallimard, Paris, em 1970, cuja tradução foi publicada no Brasil em 1986, pela Editora Nova Fronteira.
No Capitulo “Descoberta e Assunção da velhice – Vivência do corpo”, diz Simone de Beauvoir:
“Morrer prematuramente, ou envelhecer: não há outra alternativa. E, entretanto, como escreveu Goethe: ‘A idade apodera-se de nós de surpresa.’ – prossegue De Beauvoir – Cada um é, para si mesmo, o sujeito único, e muitas vezes nos espantamos quando o destino comum se torna o nosso: doença, ruptura, luto”.
Um grande abraço.
Meu caríssimo dr Pedro, honrado, lisonjeado e muito feliz com sua nobre presença...é bem verdade, pois isso nos intriga tanto quanto em saber de onde viemos, para onde estamos indo ? não importa, viver hoje, isso sim, mas o hoje é feito de ontens, e temos sempre a perspectiva do amanhã, enquanto isso, mutamos, vamos envelhecendo, nem sempre nos dando conta, ou às vezes tarde demais. Nos últimos tempos tenho tomado boa parte de meus pensamentos no que estou me tornando, sentido a areia do meu tempo se esgotando, e sempre encontro palavras em Mario Quintana, as palavras que às vezes preciso ouvir, serei eternamente grato a este poeta. Quando conheci o existencialismo de Sarte me apaixonei, mas minha alma cristã não permitiu maiores aprofundamentos, além da literatura dele e de sua companheira, a Simone que citas. Fico encantado com os prodígios do cérebro, como este teu raciocínio usando Simone e Goethe, um comentário digno de um estudioso, de um sábio, que consegue converter palavras alheias em uma conversa agradável e elucidativa, face o tema que falamos. Este teu comentário dr Pedro consegue fechar ou concluir um elo que me preocupou muito, mas diante de tantos argumentos (nada como ter amigos né dr ?), sinto um alívio e aos mesmo tempo começo a perceber com naturalidade e calma o que o tempo me faz, o que o tempo me dá de presente. Perfeita a conclusão do comentário, e isso deveríamos ter em nós, pois apesar de únicos, estamos sujeitos aos acontecimentos da vida. Muito obrigado dr Pedro, meu querido amigo, pensador e poeta. Carinho respeito e abraço.
ExcluirGosto mais do patu fu: "tempo tempo tempo mano velho..."
ResponderExcluir"Tempo amigo seja legal
ExcluirConto contigo pela madrugada
Só me derrube no final..."
Adoro o Pato Fu, amo a Fernanda Takai desde sempre, e principalmente a carreira solo dela, o primeiro disco era todo Nara Leão, que eu também adoro. No meio de tantas palavras profundas e sérias e tristes até, chegas tu Cristiano trazendo esta leveza tua. Muito obrigado. Carinho respeito e abraço.
Muitos boas essas considerações, Jair, desses grandes escritores. Mario Quintana sou fanzaço! Já conhecia esse poema. O primeiro chamou-me atenção em especial esse trecho: “Acossadas pelo medo e pela inquietação, nunca parando para refletir e raramente para respirar, algumas pessoas parecem tombar subitamente da juventude impensada para a velhice ressentida. Foram apanhadas desprevenidas. Estavam desatentas ao milagre da existência." Seríssimo isso, cara! Quando nos damos conta " ...já passaram 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado..." Pois é. Até tentamos heroicamente vencer essa sina, mas nem tudo depende de nós: "Nada está exposto nas prateleiras De um luxuoso supermercado
ResponderExcluirNada é nos dado nas mãos, A vida é um jogo de dados.", Pois é. Muito bom o nível do seu blog, bem reflexivo, do jeito que eu gosto. Abraços!
Caríssimo Murilo, meu poeta sério, muito feliz e agradecido por tua poética presença, por palavras tão gentis, aliás palavra é o que conheces bem, sabe como tratá-las, deixando-as carinhosamente em teus poemas...amo para sempre Mario Quintana, meu anjo poeta, o outro texto da Lya Luft, que copiei de um livro dela, bem, Lya é o tipo de escritora que sempre vou querer ler, seja o que for, o que vem dela me faz muito bem ou não, mas me orienta, ela consegue descrever aqueles sentimentos que temos, mas que é difícil reconhecer e muito menos escrever sobre, ela consegue. Estou com 48 anos, cheio de dúvidas e incertezas, como estou nesta idade, estes sentimentos parecem fracasso, minhas buscas de ser melhor estão perdendo para o tempo, mas em contrapartida sei que tou aprendendo, melhorando, mas ao mesmo tempo, sinto que o tempo não perdoa e talvez não dê tempo (confuso né? rs).
Excluir“Nada está exposto nas prateleiras De um luxuoso supermercado
Nada é nos dado nas mãos, A vida é um jogo de dados”
Entre outras, é por isso que gosto de receber comentários, sempre chega algo que me eleva, me ilumina, ou apenas doces palavras que degusto, me satisfaço, descanso e durmo feliz. Sábio poeta destas palavras, criativo e certeiro no objetivo de passar uma mensagem. Meu querido poeta Murilo, muito agradecido e feliz, de verdade, perdoa a ausência no teu blog, vou me redimir. A blogosfera me faz sentir mais humano, mais coletivo, me garante belas conversas, troca de ideias, ler muitos poemas e amigos assim, poetas e amigos. Obrigado Murilo. Carinho respeito e abraço.