Eu não
sou da sua rua
Eu não
sou o seu vizinho
Eu moro
muito longe, sozinho.
Estou
aqui de passagem.
Eu não
sou da sua rua,
Eu não
falo a sua língua
Minha
vida é diferente da sua.
Estou
aqui de passagem.
Esse
mundo não é meu.
Esse
mundo não é seu.
by
Marisa Monte
Minha
vida é movida por músicas, sempre tenho alguma
ruminando dentro de mim, algum sussurro, cantarolo quando caminho,
quando espero...quando espero o tempo passar. No último post
Amália Rodrigues se materializou, após andar comigo
pelas ruas de Rio Pardo, como um fantasma, como uma companheira
melancólica. Eu não sou da sua rua, tenho vontade de
dizer, gritar para esta cidade, para estas pessoas. A cada dia que
passa, mais distante me sinto das pessoas, a cada hora menos vontade
tenho de participar da coletividade, mas não tenho como
fugir disso no trabalho, embora eles o fazem, mas tudo bem, já
elaborei que no trabalho eu só trabalho, afinal recebo um
salário para isso. Todo o problema que tive com pessoas
quando aqui cheguei foi superado com a ajuda de Deus e do meu médico,
e um esforço gigante para me concentrar em mim e esquecer as
coisas que me irritavam ao redor. Consegui.
Então
Marisa Monte começou a se manifestar através desta
música, depois de um dia cheio de chuva e incertezas, duas
festas de aniversário que não fui convidado, ainda bem,
pois não iria. Então percebi que não sou visto,
não sou lembrado...não estou com pena de mim, apenas
constato para minha saúde mental e espiritual. Não sou
vizinho dessas pessoas, não falamos a mesma língua, e
definitivamente não pretendo mais morrer aqui, afinal estamos
de passagem neste mundo, que não é meu, nem seu.
Fecho os
olhos e me lanço no espaço, no penhasco, no abraço
negado, num sorriso forçado e as folhas secas voam lentas
anunciando o fim do outono ou do inverno e que logo um Sol gigante
nascerá e flores cobrirão o asfalto vazio de minha
vida. Abro os olhos e corro pelos campos entre cavalos e
quero-queros e um mato verde e árvores frondosas e ar puro e
um silêncio de pessoas que não querem saber se vivo ou
se morro, se existo ou apenas se estou aqui de passagem. Fecho e abro
os olhos, e quero esquecer...”Às vezes, eu acho que não
sou tão forte Mas há uma força que me carrega
Estou doente pelo meu coração pequeno, feito de aço
Estou doente pelas feridas que nunca saram(nunca saram)”
Sempre estaremos de passagem meu caro, é a única perspectiva real da vida. Portanto vamos viver plena e abundantemente ...
ResponderExcluirMeu rei, meu adorado amigo Bratz, sempre digo que a blogueira Tais Luso é lúcida nos comentários feitos aqui no blog...mas esta palavra é tua tradução no meu blog, teus comentários me fazem pisar o chão, à principio me sentido meio idiota por ter escrito isso, mas no mesmo instante percebo toda a verdade de tuas palavras...eu deliro quando escrevo, me repito, choro as pitangas mesmo, mas confesso que tou num momento pleno, só que os outros não colaboram rs...quanto a passagem, sei bem disso, gosto da explicação espírita, estamos aqui de passagem. Sempre bom demais tua aconchegante presença, tuas palavras - lúcidas - teu carinho de sempre. Carinho respeito e abraço.
ExcluirOlá querido amigo Jair
ResponderExcluirGosto muito de ler o que você escreve, porque sinto em seus textos palavras cheias de verdade e sentimento. E eu admiro muito isso nas pessoas.Minha religião é Deus, mas eu acredito muito na visão espírita da vida que fala que estamos mesmo de passagem por esse mundo e que tudo que vivemos e fazemos faz parte do nosso aprendizado no caminho da evolução. Às vezes, temos que matar um leão por dia para superar os nossos problemas e tentar, na medida do possível, ser feliz e seguir sempre em frente. Mas assim vamos seguindo e agradecendo a benção diária de estarmos vivos e podendo ter a chance de ser alguém melhor e viver a vida de forma mais feliz! Forte abraço amigo
http://simplesmentelilly.blogspot.com.br/
Obrigado querida amiga Lilly, muito obrigado por vires aqui ler minhas coisas, fico muito feliz e honrado com tua linda e iluminada presença. A minha religião também é Deus,m gosto de conhecer, e pegar, por assim dizer, o bom de cada religião (teoricamente rs). Tuas palavras neste comentário são tão lindas, tão reconfortantes. Apesar disso que postei, a mágoa não existiu, foi normal, se não me convidam, não faço falta e nem me querem por perto, mas tudo bem, estes são alguns dos leões que temso de matar por dia, para poder ser melhor, para seguir, com fé em Deus e no bem que temos no coração. Como tu minha querida amiga. E o pior ainda estava por vir, huve outra festa, esta maior, afinal era despedida de um chefe, eu pelo menos nem me falaram...outro leão rs, por isso me agarro em tuas abençoadas palavras:
Excluir"Mas assim vamos seguindo e agradecendo a benção diária de estarmos vivos e podendo ter a chance de ser alguém melhor e viver a vida de forma mais feliz!"
Obrigado minha querida amiga Lilly. Carinho respeito e abraço.
Um mundo que é de todos e de ninguém! Linda música e gostei de t ler! abraços,chica
ResponderExcluirChica do Céu, minha adorável amiga, gosto deste teu brilho por aqui, gosto demais de tua presença que chega com paz, amor e céus. Esta música sempre gostei, mas hoje, agora, vivendo aqui em Rio Pardo, tenho certeza que ela faz parte da trilha sonora de minha vida. Obrigado amiga, pela amizade. Carinho respeito e abraço.
ExcluirAmigo Jair!! Quando venho o post já está trocado rss, to muito lenta.
ResponderExcluirÓtimo esse seu tema, como sempre você traz experiências que servem pra todos os tamanhos de pé. Já vivi e vi muitas situações dessa. E quando pensei em me colocar em primeiro lugar e não ter mais tanta 'expectativa' acerca de outras pessoas, a coisa muda radicalmente. O meu compromisso é comigo. É aquela coisa, eu só posso passar adiante o que me deram ou o que tenho. Querido amigo, cicatrizes, quando bem cuidadas, saram, sim! Nossa cabeça é quem manda nas reações que temos. E os outros que dancem noutra pista. Só gosto dos que gostam de mim. E noto na primeira aqueles que não vão muito com minha cara - que bom! Desses quero distância.
Gosto de deixar aqui sempre palavras de esperança, pois elas existem. Resta a nós descobrir em que canto se meteram e virar o jogo. Mesmo na marra.
Grande abraço! Fique bem.
Pois é minha querida amiga Tais, entre as situações que vivi com meu blog nestes 6 anos, acho que a crise Rio Pardo foi a mais expressiva e torturante para mim, mas precisei me reinventar, senão acabaria aqui, literalmente (digo profissionalmente e minha alegria de viver também), mas deu certo, meu médico trocando remédios, minha Bíblia e as orações à Deus e uma vontade que cresceu em mim de vencer, se não vencer, pelo menos lutar...e a senhora dona Tais foi fundamental, após ler um comentário teu aqui num post bem feio meu. Tou aprendendo a lidar com situações e pessoas adversas, não criar expectativas. Tenho de agradecer muito, mas muito à Deus, por este blog e esta possibilidade de encontrar pessoas afins, pessoas que respeitam a palavra, que respeitam o próximo e compartilhamos ideias e amizade. Tuas palavras muito lúcidas sempre, mas nunca permitiu que eu perdesse a esperança, então não desisto e alimento meus sonhos e esperança. Fico agradecido por por se importar comigo, aqui onde as pessoas por vezes me parecem estranhas, dificulta minha aproximação, então estou só aqui, acho que estive só por toda a minha vida, mas nunca havia percebido tanta solidão como nesta cidade. Obrigado sempre minha querida amiga Tais por ser quem és. Carinho respeito e abraço.
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