21 de setembro, dia da árvore |
Meu blog, minhas dores... e felicidades também. Quando deixei de existir como um peixe que some no mar ou pássaro no céu infinito, esqueci de dizer que um dia amei, amei tanto que meu coração explodiu e nunca mais ninguém ocupou este espaço vazio. Tento andar pelas cidades, misturando-me aos transeuntes, para ser visto ou ignorado. As cartas que escrevo e mando para lugar nenhum, não recebo respostas, apenas espero, parado como água de poço, e profundo, tão profundo que não consigo mais respirar, apenas observo a luz que deixou de existir há muitos anos luz daqui, como estrelas, cadentes e que não existem mais. Sou uma estrela morta, cuja luz se perdeu nas trevas da imensidão do inconsciente ou do universo. Escreverei os mais lindos versos na areia, só para ver o mar engolir todas as palavras, como minha vida que se perde mais a cada dia... "todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou..." e só carrego comigo lembranças desbotadas pelo esquecimento. Os dias, os tempos, os anos, nada disso importa mais que o vento que sopra para longe todos os desejos contidos, esperanças falhas, ódios vencidos...meu blog, minhas dores...
Olá, meu amigo! Mas que linda, prosa poética! Sim, eu sei que é triste, mas aqui está exposta as dores da alma do ser humano, está uma conversa íntima com o blog, com o dono do blog. Diria mais: está aqui um Diário. Um Diário de vida. Um desabafo com o 'bloguinho'.
ResponderExcluir"Escreverei os mais lindos versos na areia, só para ver o mar engolir todas as palavras, como minha vida que se perde mais a cada dia..."
Talvez eu seja a única pessoa que ache a tristeza bonita, os versos tristes de uma bela poesia, acho lindo! Talvez seja por haver muita verdade, uma sinceridade escrachada da própria vida. Vê-se isso nos poemas de um Augusto dos Anjos, de um Ferreira Gullar, de Florbela Espanca, de um Cruz e Souza. Digo que são bonitos porque comovem.
Que interessante esse relacionamento afetivo com nossos blogs, eu também tenho isso. Quando sento no computador, parece uma conversa de duas comadres...
Olha, vou parar por aqui, esse assunto tem pano pra manga, meu amigo! Você se superou nessa prosa!
Grande abraço, fique bem sempre!
Minha querida amiga Tais, perdão pela demora do comentário do comentário, que eu gosto tanto, mas a falta de internet tem me prejudicado um pouco. Querida Tais, é tão lindo o que escreves para mim neste post, que a emoção me toma conta cada vez que li (li, reli, treli...rss). Minha amiga a relação com meu blog sempre foi mutante e hoje está mais próximo do que dizes, meu diário íntimo eletrônico. Estou meio assustado com o que ando sentindo e vendo acontecer no nosso país. A tristeza me inspira, ou me permite me libertar dela escrevendo. Fico muito feliz e emocionado com a citação de autores que amo, que venero (eu não mereço), mas como és tu que dizes, então eu mereço. Estamos nos perdendo ou nos isolando, porque tá difícil conviver com as pessoas, como se fazia há tempos atrás, agora não, não sabemos quem é o estranho, que pode (em nossa paranoia ) nos atacar a qualquer instante, e isto nos leva a um isolamento. Passear à noite, nem pensar, e de dia andamos desconfiados de todos, enfim...
ExcluirQuerida amiga Tais, tua presença dá credibilidade ao que escrevo, e me deixa muito feliz...muito feliz, obrigado. Carinho respeito e abraço.
Olá amigo.
ResponderExcluirUuuuaaauuuuuuu.. Que poema lindo! Fiquei mais uma vez encantado.
Abraços querido.
Meu caro Xaverico, que emocionante este teu comentário, são sentimentos espontâneos, quase uma imaginação ativa, quase psicografo, mas vem de dentro de mim...e a poesia, é como eu gosto de ver o mundo, que anda tão feio e assustador. Fico feliz de mais por existires e me falar aqui no bloguinho, fico lisonjeado, pois acredito que nasceu uma amizade (virtual, mas amizade rs). Seja sempre muito bem vindo por aqui. Carinho respeito e abraço.
ExcluirComo é usual na vossa língua também direi que "adorei" este texto.
ResponderExcluirDemasiado sincero se a sinceridade tem valor mensorável. Triste, mas bonito, e sobretudo muito bem escrito. Abraço maior por isso.
Saudações amigas ao meu parente brasileiro.
Dilita.
Minha querida e doce amiga Dilita, minha parente portuguesa com certeza...sempre me emociono com teus aparecimentos por aqui, com tuas palavras que atravessam mares e chega aqui, como um cochicho numa concha a beira do mar...que bom que estejas aqui no bloguinho como no meu coração...tou um pouco distante, por falta de internet, mas aos poucos vou revisitando os amigos e descobrindo novos...é muito bom ser blogueiro, quando encontramos pessoas que não são parentes de sangue, mas somos parentes espirituais (acredito nisso), então Deus faz com que nos encontremos, nos conheçamos, e trilhamos um caminho de amizade sincera...assim somos, assim sou...e feliz demais com teu comentário e tua visita. Carinho respeito e abraço.
ExcluirCaro cronista Jair, escrever é sinônimos de exorcizar nossos fantasmas interiores. Um abração. Tenhas uma ótima semana.
ResponderExcluirMeu bom amigo Dilmar, assim me sinto e assim o faço quando escrevo...escrever é libertador, sempre muito feliz com tua presença. Carinho respeito e abraço.
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