Hilda Hilst |
SOMBRIO
Ver-te. Tocar-te. Que fulgor de máscaras.
Que desenhos e rictus na tua cara
Como os frisos veemente dos tapetes antigos.
Que sombrio te tornas se repito
O sinuoso caminho que persigo um desejo
Sem dono, um adorar-te vivido mas libre
E que escura me faço se abocanhas de mim
Palavras e resíduos. Me vêm fomes
Agonias de grandes espessuras, embaçadas luas
Facas, tempestade. Ver-te. Tocar-te.
Cordura
Crueldade.
by Hilda Hilst
Denso.
ResponderExcluirInteressante!
ResponderExcluirOlhar d'Ouro - bLoG
Olhar d'Ouro - fAcEbOOk
Olá, amigo Jair,
ResponderExcluirParabéns pela belíssima postagem, uma homenagem a grande poeta brasileira Hilda Hilst. Um excelente poema.
Desejo ao amigo uma ótima semana com muita paz.
Grande abraço
Pedro