Cocktail Party
Não tenho vergonha de dizer que estou triste,
Não dessa tristeza ignominiosa dos que, em vez de se matarem, fazem poemas.
Estou triste porque vocês são burros e feios
E não morrem nunca...
Minha alma assenta-se no cordão da calçada
E chora,
Olhando as poças barrentas que a chuva deixou.
Eu sigo adiante. Misturo-me a vocês. Acho vocês uns amores.
Na minha cara há um vasto sorriso pintado a vermelhão.
E trocamos brindes,
Acreditamos em tudo o que vem nos jornais.
Somos democratas e escravocratas.
Nossas almas? Sei lá!
Mas como são belos os filmes coloridos!
(Ainda mais os de assuntos bíblicos...)
Desce o crepúsculo
E, quando a primeira estrelinha ia refletir-se em todas as poças d'água,
Acenderam-se de súbito os postes de iluminação!
Oi, meu amigo! Estou sempre atrasada! Mario Quintana para nós é algo muito especial, parece que pensa como nós, que é nosso irmão. Ele tinha lá seus devaneios e suas tristezas, mas dizia as coisas como nós, gaúchos. Parecia nossa mãe passando um 'pito'. Esse poema é belo:
ResponderExcluir"Estou triste porque vocês são burros e feios
E não morrem nunca..."
Ele dizia coisas que pensávamos, mas não dizíamos!
Jair, meu amigo, fiquei comovida com tuas palavras no meu blog, muito obrigada. Quando meus pais faleceram, há anos, meu blog, o escrever e receber carinho naquela hora foi de grande peso pra mim, por isso eu digo aos amigos da blogosfera para que nunca desistam, escrever e se comunicarem, colocar o que pensamos da vida acho fundamental, não tem como sentir um tal 'vazio'. Isso não acontece nas redes. Lá é vapt-vupt.
Abraço, querido amigo.