Acreditava
que não podia piorar. As cenas eram terríveis quando
chegou ao local, eram de dor e desespero, pessoas desmaiando, outros
desesperados por não conseguir respirar e muitos espumavam
pela boca, como cães raivosos, mas sem forças para
atacar, apenas se contorciam no chão. Todos a espera de um
salvador, qualquer um que pela mão os encaminhassem para um
lugar sem guerra, sem morte prematura de jovens e crianças.
Onde mulheres e velhos fossem respeitados, e os homens, honestos e
trabalhadores. Mas por enquanto é só o que resta. As
equipes de socorro tinham tantos para socorrer que era difícil
reconhecer quem precisava mais e imediatamente de tratamento. No ar
ainda podia se sentir aquele cheiro da morte e de gases venenosos, e
ruídos ao longe que faziam tremer os já frágeis
e semidestruídos prédios. No hospital, que mais parecia
uma campo dos perdedores, após o fim de uma guerra. Mas fim é
uma possibilidade remota e incerta. Em leitos improvisados, alguns
até no chão, enfermeiros e médicos faziam o
impossível para perder o menor número de vítimas
civis. Mesmo assim, continuavam os ataques, que pareciam cada vez
mais próximos do hospital. Vermelho era a cor que tomava
conta, do cinza das pedras da rua, dos prédios semidestruídos
e os destruídos, com certeza, vítimas mortas e
agonizantes nos destroços, do que foi uma casa de uma família
feliz um dia. Agora um amontoado de pedras. O ritmo é corrido
no hospital, cada segundo pode custar mais uma vida. Acompanhando
tudo, como se fosse um filme de terror e guerra, reza baixinho
enquanto carrega no colo um menino encontrado desmaiado, com o corpo
coberto de terra, para o hospital. Podia sentir o coração
pulsando daquele pequeno corpo infantil. Quando estava sendo
atendido, mais uma explosão, mas desta vez era no hospital.
Então percebeu que podia ficar pior, muito pior.
terça-feira, 4 de abril de 2017
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Necedade Homídea
ResponderExcluirO Homo stultus um apologista da guerra
Bastando que exista ao lado um par seu.
Seja por ideologia, riqueza, pão ou terra,
Engalfinham-se povo semita com hebreu.
Há homens? Se há, é um balaio de gatos
Pois pegam em armas sem mais aquela
Homo nada sapiens são seres insensatos
Que pra brigar jogam fora salutar cautela.
História das guerras é a história humana
Porquanto não há dúvidas quando a isso
De seres humanos belicosidade emana
Em toda vez que lhe apetecer no toutiço.
Vida? É mercadoria a preço de banana!
A qual submerge num solo movediço.
Covardia, meu amigo e poeta Jair Lopes, senhor de todas as palavras...vivemos algo parecido aqui no nosso país, a vida humana não vale uma banana, por vezes matam e nem levam nada, e o que vemos no Oriente é a mais clara covardia, pois lutar por ideais ou levar uma religião para sua vida, não quer dizer que quem não concordar vamos matar. Deus, Alá tenha piedade daquele povo. Sempre muito feliz com tua presença. Carinho respeito e abraço.
ExcluirMeus amigos Jair, Nietzsche pregava o super homem,
ResponderExcluirmas eu faço apologia ao homem de Hermann Hesse, ou seja, o homem sensível e solidário, entretanto, sabemos que estamos muito distante deste espécime, pois o que vemos é império do homem-ego, do homem canalha, do homem covarde, do homem sem noção. Um abração. Tenhas um bom dia.
Pois é meu bom amigo Dilmar, o nazismo usou ou tentou usar esta teoria do super homem de Nietzsche. O ideal seria o homem de Herman Hesse, como dizes, estamos muito longe ainda. Acho que nem tanto a Deus, nem ao diabo...infelizmente o que impera é o homem covarde e aí temos de viver com estes horrores, no nosso tempo. Obrigado pela visita, és sempre muito bem vindo. Carinho respeito e abraço.
ExcluirEu só tenho uma pergunta: como o ser humano pode acabar com seu planeta e com sua própria espécie?
ResponderExcluirEu tenho minhas restrições com nossa espécie, não há nada pior. Os animais não acabam com nada... Só caçam para comer.
Essa foto é terrível.
Abraço, meu amigo!
Como dizes minha querida amiga Tais, o homem é o único ser neste planeta que mata seu semelhante consciente. E aquele velho ditado: quanto mais conheço os homens, mais admiro os bichos, acho que é mais ou menos assim rs. Realmente É terrível a foto Tais , mas tenho um gosto estranho, não que ache belo este horror na fotografia...Infelizmente, nos dias de hoje, precisamos ter cuidado com as pessoas, o que é triste, quando se caminha na rua parece sempre que serei o próximo alvo (daí lembro de POA, que adoro muito, mas traumatizante). Minha querida amiga Tais, tua presença por aqui deixa meu dia mais feliz. carinho respeito e abraço.
ExcluirCaro amigo
ResponderExcluirJá cá estou neste mundo há muito tempo, mas quando recuo para metade da minha existência, nessa altura talvez por falta de informação (embora meu pai não dispensasse jornais diários e revistas algumas internacionais)não davamos conta das enormes barbaridades que ocorriam. Mas actualmente volvidos anos,melhorada a ciência e natural evolução a grandes níveis, verifico que o homem "aquele homem aquele ser inteligente" só evoluiu para o mal, para a ausência de valores,de sentimentos... só se servem da inteligência para criar dano, sofrimento e morte. É muito triste! E por vezes pergunto-me: que futuro esperam os jovens e as crianças d´hoje?
O seu texto mostra-nos a horrenda realidade dos dias d´hoje. Por enquanto ainda longe de nós.
Abraço.
Dilita
Sinto assim também, querida amiga Dilita, na esperança que isto se extermine antes de estar perto de ,mim, que é o que vai acontecer se parar. Na verdade estamos vivendo a beira de um grande problema mundial, basta ver o telejornais, Eua e Coréia do Norte, mais os Russos, enfim, naõ falta muito para o estopim se aceso, rezo para que não. Mas o fato é este, estamos presenciando, mesmo não estando junto, de barbáries feitas com seres humanos e temos de dormir sabendo disso. Chegará uma hora que não conseguiremos dormir, pois as bombas explodirão em nosso jardins...tirando a desgraça, é um grande prazer tê-la aqui, querida amiga. Carinho respeito e abraço.
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