Os
dias de alegria, hoje não passa de passado, quando então ainda
jovens corríamos pelos campos, asfaltos e estradas de chão que não
levavam a lugar algum, mesmo cansados ríamos mais ao saber
disso...os dias de alegria ficaram sobre as árvores, que eram nossas
naves espaciais ou no pequeno lago que era nosso mundo submarino. Os
dias de alegria se passaram há muito tempo, como uma luz no final do
túnel, só que neste caso, era o começo do túnel que não tem
mais fim. Os dias de alegria deram lugar a grande tristeza do mundo
adulto. Se soubéssemos que seria assim, não teríamos crescido,
seríamos como Peter Pan, o eterno menino voador na Terra do Nunca.
Mas é implacável o amadurecimento, envelhecimento de nossos corpos,
diante de nossos olhos no espelho. Único local que reflete a verdade
do tempo sobre nós...espelho, espelho meu...a resposta será visual,
basta olhar para o reflexo, e verás então que o tempo não perdoa,
ele passa e nos repassa, sugando nossas energias, nossa juventude,
nossa alegria, os dias de alegria da infância. As responsabilidades
do mundo adulto nos chamou, nos fazendo esquecer o que sentíamos e
desenvolvendo maneiras de sobreviver, secando o coração, que se
torna pedra e frieza. Os dias de alegria não existem mais, assim
como tua voz ao longe pelo telefone, me gritando que tudo acabou há
muito tempo, e não sabia porque eu insisto em voltar a este assunto.
Eu sabia, só precisava ouvir mais uma vez a voz que me ensinou o
amor e logo a seguir o ódio...eram os dias de alegria de nossa
juventude perdida, agora a grande tristeza de meu mundo velho e
isolado de tudo, apenas sentado numa poltrona olhando a janela e
esperando pelo fim da grande tristeza, já que os dias de alegria não
existem mais...
quinta-feira, 18 de janeiro de 2018
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Obrigado Artur Claro, muito obrigado. Carinho respeito e abraço.
ResponderExcluirAmei seu texto,viajei com ele!
ResponderExcluirAbraços amigo.