Diga-me não e te darei
as costas
retrocederei passos
tropegos e assustados
convencido que o não é
verdadeiro…
Vou atirar mil vezes
pelo ar
toda minha alegria
destilarei meu veneno
e não morrerei de
apatia.
Vou sacrificar meu amor
cego e mudo
sob teu olhar de piedade
e asco
Diga-me não todos os
dias,
e todos os dias direi
amém.
A vida sempre me negou
fortuna,
mas me deu liberdade
para criar
poemas, textos tolos, e
velhas canções,
que nunca cantarei…
Ainda sob teu olhar,
o meu olhar no chão..
Diga-me não
o não que permeia minha
vida
o não que acabará com
ela
o não que me fará
infeliz
o não como lápide do
meu túmulo…
Diga-me não e morrerei
mil vezes
e viverei mil vezes
dentro dessa ilusão
chamada vida.
Não me diga nada.
by Jair Machado
Rodrigues
Nossa...! Você está cada vez mais poeta, meu amigo! Que lindo isso, embora muito forte. Forte, mas verdadeiro, essas são muitas das verdades que temos dentro de nós, uns mais, outros menos. Mas o bom é que a gente vai entendendo que ninguém nos disse que aqui viríamos para fazermos parte de um eterno banquete. E nem gostaria, banquetes são falsos. A vida é assim, com seus altos e baixos, alegrias e sofrimentos. Viu como é bom ter um blog? Que bom termos um lugar para o descarrego! Quem vai parar para nos ouvir? É raro, mas existe.
ResponderExcluir"A vida sempre me negou fortuna,
mas me deu liberdade para criar
poemas, textos tolos, e velhas canções,"
Não mesmo, nada de nós é tolo.
Grande abraço, meu amigo, muito lindo esse poema!
Lembrei da poeta FLORBELA ESPANCA no seu poema
"Pra quê?!"
Tais, mimnha muito querida amiga virtual/real do corarção, obrigado por tuas generosas e certeiras palavras, que bom ter um blog, que bom ter uma amiga Tais.
ResponderExcluirps. Carinho respeito e abraço.