Esquecível. Por vezes me vejo assim, ou não me vejo ?. Somos mais de 200 milhões, nos cruzamos por muitas vezes e não nos encontramos. Hoje podemos nos cruzar virtualmente. Mas não vivemos sós (embora eu tente), e forma-se a tal sociedade, passamos por escolas, Igrejas (fui de grupo de jovens, um ótimo greencard para a vida adulta, ou não). O fato é que esquecemos e também somos esquecidos. Como tento viver só, sobra um bom tempo para lembranças, embora sempre tenha o que se fazer, é só querer. Além do mais, tenho obrigações necessárias, que só acrescentam, enfim...
Nunca fui uma pessoas de muitos amigos, não ao mesmo tempo, mas de muitos amigos à medida que vivia, acontecia por ter esta solidão intrínseca dentro de mim, sempre gostei dos amigos que fazia e gostavam de mim. Tive muitos amigos de fé, irmãos e camaradas, diria uma amiga perdida neste turbilhão do tempo, chamado viver. Somos quase como folhas ao sabor do vento, e temos certeza que mandamos em nosso destino, que fizemos as escolhas certas, e por vezes até é a certa. Aprendi neste meu quase meio século de vida, nada é eterno, nada é tão sólido que não se desmanche com um simples sopro. Não sabemos. Sempre lembrarei Nádia, uma querida amiga, que me chamou a atenção ao dizer que por trás da amizade sempre havia o interesse, concordei, mas falei da amizade verdadeira, ao que ela falou que era dessa amizade que falava também, que só o fato de querer a amizade verdadeira, como disse, já era um interesse. Isso mudou minha vida,. Brincadeira, mas foi um imenso aprendizado, desconstruindo uma imagem que tinha de amizade verdadeira. Isto hoje ajuda a escrever sobre ser esquecido ou esquecer.
Comecei a pensar em fazer um post em conversa com um amigo, ótima pessoa, um pai de família exemplar, mas perguntei por um amigo dele que por vezes encontrava em sua casa quando visitava, daí me disse que esse 'amigo' esqueceu a amizade deles, e que não o procurava mais, pois já estivera em sua casa por duas vezes o convidando, recebendo como resposta a ausência dele em sua casa. Nos olhamos e fomos ter as conversas que temos quando o visito. Será que somos esquecíveis, assim, fácil, por pessoas que até então vivam em nossas vidas ? Lembrei de pessoas que eu queria esquecer, e praticava não procurando ( não sou um anjo rs).
Acho que gostaríamos de formar nossa sociedade perfeita, onde cada qual formava a sua, com quem gostaria, ou imagina que iria gostar, mas isso não é possível, a não ser num livro, numa história inventada, uma ficção, enquanto isso vamos vivendo com a parte que nos cabe desse latifúndio, com o tempo que temos, com a vida que temos, com os amigos que temos, graças à Deus.
ps. Estou nos últimos dias de calmaria em minha vida, aqui tenho internet gratuita, mas infelizmente o sinal é péssimo, como o sinal de internet neste país, dizem que é o pior do mundo, por hora sou obrigado a concordar, digo isso porque não acabei os comentários dos comentários do post anterior, o que farei, mas necessitei postar mais palavras no blog. Mas quero agradecer imensamente os comentários do post anterior, enriquecedores para mim.
Ah... mas esquecer ou querer esquecer não é privilégio seu, meu bom amigo Jair! Acho saudável para nossa mente esquecer quem não nos faz bem. E também esquecer daqueles que nos lembram outras pessoas ou são chegados àqueles que não nos damos. Aí fica uma desconfiança. Enfim, estamos sempre em busca de paz. Não gosto de encrenca, me faz mal. A vida também nos apresenta dissabores, não sei como alguns acham tudo cor de rosa. Um otimismo de dar inveja. Mas a vida não é assim. A vida apresenta milhões de caminhos e é dureza acertar um que nos dê paz. Há gente muito boa, de primeira linha e também os 'outros', agressivos, mentirosos, fofoqueiros, invejosos... E são esses que dizem que temos de perdoar! Mas por que perdoar àqueles que nos desestruturam, que querem nosso mal acima de tudo, não é verdade? Tem de ser muito santo... Não uso dessa hipocrisia. Me afasto. Natural. E sem culpas. É preciso vivermos o tempo das escolhas, não?
ResponderExcluirGrande abraço, amigo!
Minha querida amiga Tais vivemos entre feras, diria Augusto dos Anjos...o silêncio foi e é minha arma de sobrevivência entre estranhos ou pessoas que precisamos conviver, como trabalho, escola. Como tu eu prefiro não ter de revidar, comprar brigas, discussões, não tenho mais estômago nem disposição. Não sabemos com quem lidamos, dizes bem quando aponta pessoas maravilhosas, mas também as medíocres, e estamos no meio delas, então é melhor sabermos lutar, não, não briga não rs...hoje me preparo com muita fé em Deus, sério, tento sempre me conectar , tento despertar em mim uma vontade de me controlar e não responder, ou responder com palavras suaves de forma suave. Desde que estou aqui nesta cidade do interior do RS, sofri vários baques, fui rejeitado, mal compreendido, enfim, sabes da história, e o silêncio foi fundamental para eu recuperar meu equilíbrio e reaprender a sobreviver aqui.
ExcluirJá me senti esquecido, existem pessoas que não existem mais na minha vida, acho elegante o silêncio, afastar, afastar...Devo estar sofrendo de alguma fobia ou pânico, estou cada vez mais isolado, como moro sozinho, aos finais de semana quando não visito a mãe, fico dentro de casa, indo rápido no mercado e fazer do meu quarto meu paraíso só. Não sei se gosto da solidão, mas me sinto melhor cada vez mais estando só, na próxima consulta falarei para meu médico de cabeça rs. Me sinto meio amargo às vezes e tenho me do de não sorrir, mas minha vontade de estar bem é maior, então seguro na mão de Deus e vou...querida amiga, sempre um imenso prazer poder refletir contigo. Carinho respeito e abraço.
Olvidar o esquecimento
ResponderExcluirIsto é perfeitamente crível
Mas em nenhum momento
Haverá alguém esquecível.
Meu querido amigo Jair Lopes, senhor de todas as palavras...quando digo que consegues me ler nas entrelinhas, ninguém é esquecível, mas precisamos dessa arma para sobrevivermos neste mundo, se sou esquecido por lembrar de quem me esqueceu...daí tu apertas o dedo na minha ferida e percebo que ela não cicatrizou como pensei, como gostaria, então quem eu tinha por esquecido continua vivo na minha memória, e pior, no meu coração...fora isso tá valendo este post rs. Tua presença meu amigo me faz sentir lembrado. Carinho respeito e abraço
ExcluirMedo de ser esquecido?
ResponderExcluirSe for, guarde teus ais
Tua obra cair no olvido?
Isto pois, ocorrerá jamais.
Meu muito querido amigo Jair Lopes, senhor de todas as palavras, quem me dera, quem me dera, mas estou preparado, eu acho, para ser esquecido, aliás, acho que é minha sina, ser esquecido e viver e morrer só. Mas por hora está tudo bem meu amigo, consigo escrever e isso em alivia. Obrigado do fundo do meu coração por comparecer por aqui, por deixar um pouco de teu precioso tempo...Carinho respeito e abraço.
ExcluirEsquecer as dores, as amarguras, tudo o q nos fez mal, todos q não nos querem bem ... isto é fundamental para uma vida plena.
ResponderExcluirMeu rei, se fosse tão simples assim né ? esquecer o que nãO nos apetece, e tudo o mais como dizes, a dor, as amarguras, um amor perdido...acho que foi neste exercício que cheguei até aqui, deixando um rastro de passado, mas não olhar para trás, porque o que se quer é viver esta vida que Deus nos deu, de forma plena, como dizes, sem fantasmas, sem os seres que não suportam a felicidade alheia, esquecendo, esquecendo...meu adorado amigo Bratz eu não te esquecerei jamais. Carinho respeito e abraço.
ExcluirGosto muito de tuas crônicas sobre a alma humana, Jair!
ResponderExcluirEu que ando meio esquecido me reencontrei em tuas sábias palavras.
Meu querido amigo e poeta Anderson, fico feliz por tua presença e mais feliz porque minhas palavras puderam de alguma forma chegar dentro de ti para o bem...os tempos estão difíceis, vide Brasília rs, mas tudo é difícil, e mesmo assim chegamos até aqui. Não havia pensado nisso, mas eu também, nesta de solidão, viver só, corre-se o risco da gente se esquecer da gente mesmo, mas fico lisonjeado por tuas palavras, minha alma vive em eterno conflito, e só expondo, liberando o que me aflige, através da escrita, consigo um pouco de paz. Fica em paz meu amigo. Carinho respeito e abraço.
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