É
preciso construir uma torre
- uma torre azul para os suicidas.
Têm qualquer coisa de anjo esses suicidas voadores,
qualquer coisa de anjo que perdeu as asas.
É preciso construir-lhes um túnel
- um túnel sem fim e sem saída
e onde um trem viajasse eternamente
como uma nave em alto-mar perdida.
- uma torre azul para os suicidas.
Têm qualquer coisa de anjo esses suicidas voadores,
qualquer coisa de anjo que perdeu as asas.
É preciso construir-lhes um túnel
- um túnel sem fim e sem saída
e onde um trem viajasse eternamente
como uma nave em alto-mar perdida.
É
preciso construir uma torre…
É preciso construir um túnel…
É preciso morrer de puro,
puro amor!…
É preciso construir um túnel…
É preciso morrer de puro,
puro amor!…
by Mário Quintana
Lindo trazer Quintana,Jair! Ótimo fds! abração,tudo de bom,chica
ResponderExcluirChica do Céu minha adorável amiga, sempre me brindando com a felicidade de tua presença, obrigado. Quintana canta toda minha vida, e mesmo na morte ele trás beleza e leveza e esperança, que é o que preciso. Carinho respeito e abraço.
ExcluirSoneto-acróstico
ResponderExcluirA Quintana
Aquele que nos pampas nasceu poeta
Maior, bem maior que outro de seus dias
Átimo de atenção demos a esse esteta
Relembrando em sua obra, as ousadias.
Indene a modismos até novas escolas
Ousado nas colocações, versos, rimas
Que nos pensamentos dele nos assola
Um vez Quintana, vários pontos acima.
Infenso a tudo o poeta maior tão genial
Nos deixou nutrido e vastíssimo legado
Tanto criativo, como uma visão original.
Alguns deixam esse Planeta marcado
Nem sequer aproximado do mero usual
Assim foi Mário esse poeta apaixonado.
Meu mui estimado amigo e poeta Jair Lopes, senhor de todas as palavras, conhecedor do que sinto através do que escrevo...Não conhecia este poema, me veio em mãos dentro de meu 'surto' depressivo e suicida, e confesso que após lê-lo recarreguei as energias de vida, pois Quintana brinca como ninguém com a morte e com a vida, tudo o que precisava para voltar a brincar de viver e não levar a sério o suicídio, afinal é preciso morrer de amor, de puro amor. Sempre permitindo que a felicidade me invada, com tua nobre presença, querido amigo. Carinho respeito e abraço.
Excluirquisera todos morressem de amor, assim morreriam de velhice.Bem velhos mesmo.
ResponderExcluirObrigado pela presença e pelo comentário. Carinho respeito e abraço.
ExcluirSim, Jair, é preciso! Sem tentar corrigir um imortal, é preciso construir asas para nós, suicidas apaixonados que morreremos de amor, eternamente, sob as luzes do grande Mario Quintana!
ResponderExcluirAbraços!
Meu querido amigo VitorNanny, o que dizer após ler este teu fantástico comentário, quero viver e sempre busco as luzes deste maravilhoso poeta Mário Quintana. Carinho respeito e abraço.
ExcluirMeu amigo Jair, a coisa atualmente anda tão feia, tão sem encantos, que morrer de amor até se torna romântico! Se Quintana fosse vivo, talvez fizesse poemas menos encantadores. Acho que lhe faltaria inspiração para esse momento.
ResponderExcluirQuando leio Quintana, sinto um poeta que entendeu a vida de uma maneira única, que falava da solidão, da bondade e da felicidade com a mesma tranquilidade que falava na sua 'doce prometida' – a morte. Eu, particularmente não acho nada doce, acho amarga ao infinito. Levo só medo, mas quero acreditar que seja um paraíso. Tem de haver uma compensação!
Abraços, amigo!
Minha querida amiga Tais, sempre sinto-me privilegiado quando encontro teu ricos comentários no meu blog, e este não é diferente, esta tua maneira de ver a obra de Quintana faz todo o sentido para mim, ele realmente entendeu ou entende ( já que a obra continua viva) a vida dessa maneira dele, única, como dizes, e é. Por isso meu encantamento com este poema, achei ele naquele momento muito triste meu e ao ler o poema, aquela dor muito triste deixou de fazer sentido, continuou a dor, a tristeza, mas me enchi de esperança e passei a ver aquele conflito meu de uma forma mais tranquila, de uma forma em que estar vivo é primordial para resolver qualquer problema. Obrigado minha querida amiga, muito obrigado, por me ajudar a entender que a vida é para ser vivida em todos os sentidos, principalmente o de estar vivo. Apesar dos meus pensamentos e desejos mórbidos, também tenho muito medo, mas quero acreditar que após seja um paraíso. Carinho respeito e abraço.
ExcluirConheci um anjo sem asas.
ResponderExcluirFerido, quem sabe foi por isso(?), fugiu da vida.
Se foi por motivo de feridas só ele as conhecia.
O amor do mundo não bastou para segurá-lo entre nós.
Partiu sem dizer adeus.
Talvez não soubesse o quanto era amado.
Deixou lágrimas em muitos olhos.
As minhas vertem até hoje.
Quem sabe em qual estação estará?
A vida tem algumas formas estranhas para mostrar o amor.
Talvez o viver aqui, nessas paragens terrenas, seja sofrível demais para suportar.
Talvez o mundo seja ingrato e com pouco amor, por isso os anjos não ficam entre nós.
Esse anjo meu conhecido é quem me faz indagar se é justa a partida, com ou sem aviso, no prazo certo ( alguém sabe quando?), ou fora dele.
Talvez o conceito de justiça desses anjos seja diferente do nosso, viventes comuns.
Talvez o Mario Quintana, nesse poema profundo, esteja nos dizendo a resposta, mas só os sábios como ele podem entender.
No fim, para quem ama, a ausencia, de qualquer forma, vira saudade.
Esse anjo que me fez pensar e faz sentir, agora, suave saudade, era meu irmão.
Abs.
Meu querido amigo Evaldo, o que te dizer diante de tão comovente comentário, estava pensando no que dizer, mas não encontro palavras diante de tamanho sentimento exposto aqui neste cantinho meu e de meus amigos...peço a Deus que te ilumine e conforte sempre, pois só Ele e os anjos como Mario Quintana sabem a verdade, sabem a resposta. Carinho respeito e abraço.
ExcluirObrigado amigo Jair pelas suas palavras. É nesse campo de batalha que treinamos e descobrimos nossas forças. Descobrimos também, a necessidade do amor que o próximo necessita. De centelha em centelha vamos catando as nossas dores, todas elas, caminhando em direção à redenção. Quando caímos, há sempre oportunidades para nos levantarmos. O que nos ajuda muito é o amor que recebemos, momento em que aprendemos também a abraçar a dor alheia. Obrigado.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirDesculpa Jair, excluí um comentário porque ficou duplicado. abs.
ExcluirNão há o que se desculpar meu bom amigo Evaldo, eu que agradeço a tua gentileza de retornar aqui e deixar estas palavras que enternecem meu coração e ao mesmo tempo esclarece um pouco mais estes sentimentos que nos tomam, porque vivemos algo que realmente marcou para sempre nossas vidas, obrigado meu amigo. Carinho respeito e abraço.
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