Mãos Dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
( by Carlos Drummond de Andrade )
Esse nunca tinha lido esse.
ResponderExcluirhttp://porralouquices.blogspot.com.br/
Seja bem vindo caro Cleber...é um belo poema, que bom que agora o conhece. Carinho respeito e abraço.
ExcluirAh! Este tal Drummond! Que beleza ...
ResponderExcluirPenso assim também, como pode um mortal se fazer imortal nas palavras com tanto estilo, conhecimento profundo sobre como viver esta vida, e nos faz o favor de dizer em forma de poesia...estre tal Drummond, é maravilhoso...Carinho respeito e abraço.
ExcluirNão lembrava desse!lindo! Ótimo fds! abraços, chica
ResponderExcluirChica do Céu, minha adorável amiga, que bom refrescar a memória com este presente. Sempre me sentindo iluminado com tua presença. Carinho respeito e abraço.
ExcluirDrummond... melhor escolha nao podia ser...
ResponderExcluirQuerida Frida, sempre Drummond, e sempre será um bela escolha. Este poema em especial traz um pouco de paz. Carinho respeito e abraço.
ExcluirDe mãos abanando
ResponderExcluirNão serei poeta de um mundo caduco
Tampouco versarei sobre beleza e luz
Sou escravo da realidade, sou eunuco
E a azulada cor do mar não me seduz.
Lembremos que o presente é grande
Mas o poeta com sua ecumênica visão
Traz o futuro ao presente e o expande
De modo que o transcendental é ilusão.
Então não serei cantor de árias mortas
Nada contribuirei para qualquer história
Entretanto, escreverei por linhas tortas.
E, em tudo que farei não haverá glória
Porque o que o poeta faz, nada importa
Se a obra, a posteriori é apenas escória.
Meu querido amigo e poeta Jair Lopes, senhor de todas as palavras, estamos a reverenciar este grande poeta e tuas palavras não poderiam ser mais belas e oportunas, inspirando-se na inspiração de um poeta maior, como é bom saber que a obra dele se expande através de nós, dos dias, do tempo...Carinho respeito e abraço.
ExcluirCaro amigo Jair, meu parente brasileiro,
ResponderExcluirVenho só agradecer as suas visitas no meu birras, e o apreço que sempre manifesta pelo que coloco no meu cantinho.
Felismente estou melhor, mas passei um tanto mal com algo desagradável, sindroma vertiginoso, e ainda não foi muito forte - ao menos valha-me esse bónus.
Voltarei para falar dos seus post.
Obrigada pelas atenções que me dedica.
Um abraço.
Dilita
Querida amiga Dilita de além mar, minha parente portuguesa, é sempre um prazer poder estar próximo a ti, através do teu blog, o que que dizes por lá muito me interessa, é curioso para mim. Lamento pela síndrome vertiginosa, acho que aqui chamamos labirinto, e não é nada agradável, estimo tua melhora com a ajuda de Deus. Não se preocupe, eu estou aqui e posso sempre que puder te visitar. Carinho respeito e abraço.
ExcluirLa vida presente,
ResponderExcluirnuestro aquí y ahora
es verdad
esa es nuestra materia
Gloria y Tolerancia
Isaac
Mi Hermano Isaac, muito feliz com tua visita e doces palavras...o que vivemos é o presente. Carinho respeito e abraço.
ExcluirLa vida presente,
ResponderExcluirnuestro aquí y ahora
es verdad
esa es nuestra materia
Gloria y Tolerancia
Isaac
Caro amigo Jair Machado, eis uma feliz escolha, pois este poema do grande Drummond, apesar de fazer referencia ao tempo, o considero atemporal, pois acho que será sempre atual e ao mesmo tempo é um convite à solidariedade, ao companheirismo, à amizade; um injeção de ânimo nos momentos difíceis. Vejo neste, um dos melhores poemas feitos pelo saudoso Drummond.
ResponderExcluirVamos juntos, amigo. Um abração. Tenhas uma ótima semana.
Meu bom amigo Dilmar, nos trás a melhor definição deste poema, ou melhor, sua interpretação . Uma lição que já deveríamos ter aprendido, que de mãos dadas somos mais fortes e nada poderá nos impedir de seguir, que juntos a amizade florescerá, não estaremos sós...sempre bom tua nobre visita a este blog, meu bom amigo De poeta Dilmar.
ExcluirSou fã do Drummond. Excelente texto.
ResponderExcluirUma excelente semana para você.
Abraço!
Eu também Fillipe, gosto de muitos poetas, amo poesia, mas Drummond sempre esteve acima do eu gostar de poesia, tem Quintana, Neruda, tantos, Pessoa, mas Drummond tem um que de minha alma, suas palavras sempre me soaram conhecidas, de dentro pra fora e este poema é mais uma prova disso, consigo sentir a pulsação do poema, a respiração dele, enfim...muito obrigado pela presença querido Filipe e seja sempre bem vido. Carinho respeito e abraço.
ExcluirE como diz o poema: "O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,a vida presente. O presente é tão grande, não nos afastemos".
ResponderExcluirEis o enigma das mãos dadas!
Eis a explicação de tão bela escolha feita por você, amigo Jair!
Forte abraço!
Verdade VitorNanny, se ao invés de duelarmos sobre o sim ou o não, déssemos as mãos para o bem comum, resolveríamos os problemas do mundo, nossos problemas, do nosso vizinho, do país e isso no tempo de agora, neste tempo presente, parece tão simples e é, nós é que não conseguimos ver isso, estamos nos afastando e isso não é bom para o todo. Obrigado querido amigo por estar aqui de mãos dadas com este poema, come estes amigos. Carinho respeito e abraço.
ExcluirVirgi Maria, se Drummond estivesse por aqui agora... o que diria em seus poemas? Foi ótimo ler, dá uma injeção de ânimo, nem que dure 5 minutos!! E que esses cinco, se bem vividos, vale um pouco mais. A vontade que temos é sumir e fundar um outro Brasil, deixando os caras lá no Centrão se digladiando - como aconteceu hoje.
ResponderExcluirAbraços, amigo Jair, bela escolha.
Minha querida amiga Tais, minha postagem já valeu pela injeção de ânimo...por falar no Centrão, vulgo Brasília, imagino que ao invocarem deus e o diabo naquela maldita votação, se eles se esforçassem assim por um projeto para sua região, imagina o quanto melhor seria este país ? Do jeito que está não sei se Drummond conseguiria manter seu nível poético diante de tanta barbaridade, acho que deveríamos fundar um novo Brasil mesmo rs. Mas ainda bem que temos a poesia, que temos uns aos outros para podermos trocar boas ideias, ler boas poesias, receber e fazer visitar agradáveis pela blogosfera...nossos blogs seguem de mãos dadas inventando uma maneira nova de bem viver em sociedade. Carinho respeito e abraço.
ExcluirNosso poeta maior...sempre tão atual e poderoso!!
ResponderExcluirAbraços a ti querido amigo Jair.
Todo poderoso se poderia dizer, um poeta maior que seu tempo, que usou o seu tempo para nos dizer para vivermos o nosso. bom te rever querida amiga. Carinho respeito e abraço.
ExcluirCaro amigo Jair, este poema, "Mãos dadas”, de Drummond é uma de suas obras primas, com o seu senso de realidade e, também, com o seu punhado de sonhos. Esse poema é uma das fortes marcas do Drummond:
ResponderExcluir“O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.”
Uma excelente escolha, parabéns.
Grande abraço.
Muito obrigado dr Pedro, sempre lisonjeado com tua presença e tuas palavras apenas dão ênfase aquele que pode bem ser o maior poeta brasileiro, mas se mesmo assim não o for, com certeza possui uma obra imortal e tão viva como se fosse de agora, do tempo de agora. Carinho respeito e abraço.
ExcluirOlá.
ResponderExcluirobras brilhantes.
Obrigado por sua visita sempre.
Desejo a todos o melhor.
Saudações e abraço.
Do Japão, ruma ❃
Drummond é todo brilhante...obrigado querida Ruma por apareceres por aqui vindo do outro lado do mundo, fico feliz com tua presença. Carinho respeito e abraço.
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