- Chegando neste porto, que não é seguro, lançarei âncora por breves instantes ou a eternidade de Camões. Ele é eterno. Caminharei meus sapatos, com passos firmes, mas lentos, absorvendo o impacto. Silenciando a cada batida de salto no asfalto...Do alto se vê a baía, as pessoas pequeninas, ao longe. Apropriação indébita de palavras, direitos autorais, Vitor e Nei. Sigo adiante, galopando campos, pampas, planícies, florestas. ? Cadê a floresta que estava aqui ? ainda nos perguntaremos ao darmos conta que nada fizemos contra a ganância, sendo corrompidos pela indiferença, constataremos a inexistễncia da Amazônia. Assim como na ditadura, sumiram tantos, tantas, perdidos até hoje. Na atual circunstância política, moral, existencial, resta-nos o silêncio. Então quando abrir-mos a boca, estaremos mudos, não teremos mais prazos, nem minutos. Isso será só o fim. Enfim. Desde minha chega a este porto, muitos portugais e áfricas fizeram meu caminho passado. Cantarei fados, evocarei espíritos tribais, para que me digam, para que me calem, que me embalem nesta dança louca dos tempos, do tempo. Quantos portos ainda terei de ancorar minh'alma enfraquecida, para que enfim ela tenha seu descanso eterno ?
quinta-feira, 8 de agosto de 2019
QUANTO
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Sempre bonita sua escrita, amigo Jair.
ResponderExcluirAbraço forte. Dilita
Amada. Gratidão.
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