Blocos
de concreto lembram de vez que aquele prédio está
condenado, dois andares construídos a ferro e pedra, sendo
usada a mão do obra escrava para construí-lo. Agora
escombros empoleirados em dois andares prestes a ruir. Uma das ruelas
que encontrei nas minhas idas e vindas, pequena e aquele prédio
emblemático, embora em ruínas, mantinha uma altivez,
que deve ter fechado seu ciclo. Os espíritos que por ali
habitavam já encontraram seus caminhos para a luz ou para as
trevas. O prédio, último elo das vidas que ali um dia
respiraram, ou foram açoitados, a dor, algo tão humano
e desumano, era uma vida não vida. Eram escravos. Mas as almas
penadas eram de seus sinhozinhos e sinhazinhas, que conseguiam provar
a cada dia de vida, quanta maldade pode fazer o ser humano. Vimos
depois o Holocaustos. (Ainda me corrói a dúvida quase
certeza, de que os judeus eram os donos da Companhia das Índias).
E eles de novo, como hebreus na antigo Egito, assim diz a
Bíblia. Mas o que importa é a hora em que o prédio
vir a baixo, acabará ciclo, se fechará o portal... os
índios das Américas forma dizimados também,
aliás, ao longo de nossa história humana, batalhas
foram travadas, vidas ceifadas e hoje... hoje temos uma guerrilha
declarada na ruas das grandes e pequenas cidades, balas perdidas, crime
contra as mulheres, os negros, os homossexuais e uma longa e variada
lista de crimes praticados todos os dias contra nós. Mas a
pior quadrilha de bandidos, são nossos políticos na
administração pública, que está se
transformando em genocídio, a falta de políticas
públicas para a saúde, a educação, para
não deixar o povo morrer de fome e nem se tornem bandidos
saqueando mercados para matar a fome dos filhos...Sinceramente,
quando aquele prédio ruir de vez, espero que feche o ciclo de
dor das almas e abra um novo ciclo de honestidade, para quem sabe,
consertarmos nosso país.