quinta-feira, 21 de maio de 2009

HISTÓRIA TRISTE DE UM AMOR QUE NUNCA EXISTIU


Desde o primeiro instante eu soube, algo estranho começou a aconter comigo, não foi somente simpatia, os olhos me diziam mais coisas, ou a partir daí comecei a ver tais coisas; que só eu via e sentia. Nos enredamos como numa teia de aranha esquizofrenica, mas eram os bons e velhos tempos da universidade. Éramos jovens, eu nem tanto...mas amávamos poesia, literatura, besteirol, e, muita, mas muita risada. Logo de só, passei a ter uma companhia, e logo uma trupe de desajustados e estudiosos colegas. Os verdes anos, em plena década de 90, a década do Nirvana e seu grunde, mas apesar de estarmos atentos ao novo som, cultuávamos os anos 80. THE SMITHS foi o que nos colou definitivamente. As mesmas dores, traumas, infância perdida e feliz e ingenua e triste e pobre e assim nos tornamos inseparáveis.
Logo comecei a me sentir seguro, um universitário, com coisas acontecendo...comecei a sentir, e era bom, uma amizade com gostos coloridos, até eu perceber que estava apaixonado e perdido e um começo inveitável de infelicidade que perdura até os dias de hoje. Mas entre o apaixonado, perdido e infeliz, o meu descontrole. Ao perceber que o que eu percebia não era a mesma coisa que gostaria que percebessem, iniciou-se minha degradação humana. Quando consultei meu primeiro psiquiatra, lithium (mais Nirvana).
Foram os cinco anos mais loucos e bipolares da minha vida, mas a paixão não foi correspondida, fiquei na condição de amigo bem querido, mas não aceitei isso, embora às vezes era melhor do que nada, pelo menos estava próximos, sentia seu cheiro, mas a tortura era demais, então brigava...ficava sem falar, tentava atacar de alguma maneira, os outros colegas não entendiam muito bem, nos dávamos tão bem que éramos bonitos de se ver juntos, nos diziam. Os anos se passaram, lá se vão mais 10 anos de término do curso, e não vejo mais ninguém. Nestes 10 anos nos encontramos algumas vezes, pude esclarecer que o que sentia era amor, tarde demais, foi então que me toquei, foi quando disse que lhe amava, eu não tinha dito antes, acredita ? Eu naõ sabia com reagir, até hoje não sei ainda, acho que por isso continuo só. Então decidimos, ou decidi, se não te vejo sofro menos que te ver e não te ter (coisa meio brega, mas foi assim).
Hoje passo meus finais de semana só e chorando ao domingos, por tudo, por mim, por minha solidão, por meu cachorro Gaúcho que morreu só.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

AMOR, MÚSICA E BEIJO NA BOCA

Acordei, e as horas já não eram as mesmas, não que isso importasse, mas gostaria de viver mais o dia...caminhar na quadra, ir na padaria, dar bom dia a um vizinho, sem sentir medo ou repulsa. Medo de querer ficar só e não conseguir mais olhar nos olhos de ninguém. Medo não mais amar, muito menos ser amado. Medo de ficar surdo e não ouvir mais música. Medo não beijar mais na boca.
Às vezes quero pegar o ônibus que passa e que o motorista me acenou. Não não vamnos para o mesmo caminho...quer dizer, até um pedaço até que dá para ir junto...dá próxima pegarei o onibus e seguirei seu caminho até...
Tenho tido mais fé e segurança em meus atos, apesar de continuar chorando nos finais de semana, especialmente aos domingos.