segunda-feira, 22 de junho de 2009

MEU LIMÃO MEU LIMOEIRO...VIVA SIMONAL


O mais pop dos pops, quando nem se imaginava isso por aqui. Mas como todo negro neste país, quando alcança o sucesso e se torna popular, é o começo de jogar-lhe pedras, reverter o que lhe era tão natural. É lamentável, mas este país é racista sim, já faz algum tempo, demorou a vir uma luz sobre a vida deste artista, mas antes tarde do que nunca...
ps.: VIVER VIVER VIVER VIVER VIVER VIVER VIVER VIVER VIVER VIVER VIVER...ad infinitum...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

STILL ILL


Doente ainda, uma suposta tradução, que é título de uma música dos The Smiths. Assim me sinto, doente, com febre e carregando nas costa todo o peso do mundo, de meu mundinho egoísta e triste. Tanto sofrimento, sinto-me a última criatura do mundo, o que não tem mais nada( isso estava no meu inconsciente, devo ter copiado de alguém).

Tenho medo de não conseguir suportar, tenho medo do remédios não fazerem mais efeito, e, me jogar da primeira ponte que encontrar...não cruzo em pontes caminhando...não olho em sacadas muito altas, são tentadoras..."eu só queria ser amado, é o que todo mundo precisa". Mas devo ser muito feio, muito invisível, muito mal...Deus deve me detestar...ou eu não sei o quero ainda. Ainda choro ao ouvir músicas dos Smiths, não devo ter amadurecido o suficiente para minha idade. Blog é meio terápico, já me sinto um pouco melhor, pelo menos não cometerei o suicídio, ainda...

terça-feira, 16 de junho de 2009

QUANDO TUDO PARECE PERDIDO, É QUE ESTÁ







Da vez primeira que me assassinaram
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha...
Depois, de cada vez que mataram,
Foram levando qualquer coisa minha...
Hoje, dos meus cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada...
Arde um toco de vela amarelada...
Como o único bem que me ficou!
Vinde corvos, chacais, ladrões da estrada!
Pois desta maõ avaramente adunca,
Não haverão de arrancar a luz sagrada!
Aves da Noite, Asas do Horror, Voejai!
Que a luz , trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!
MÁRIO QUINTANA, poeta gaúcho que nunca chegou a Academia Brasileira, mas não precisou, é um imortal.(desde que ele não foi eleito/escolhido para tal perdi o respeito por essa Academia/política).
Faz frio aqui no Sul, tem uma neblina também, e meu coração está congelado, mas não é só hoje, acho que desde sempre, ou, desde quando fui preterido por outros...Almocei só, minha melhor amiga, Ju, tem o incrível poder de me magoar, de me deixar pra baixo, gosto muito dela, mas não sei...Ontem rimos muito, outras vezes já choramos, confidenciamos,..., mas não sei viver assim. Como diz a música" eu preciso aprender a ser só..."Já fazem muitos anos e ainda não aprendi. Mas este talvez seja o meu destino, minha sina...eu abraço e depois magoo quem se aproxima de mim, devo ser uma espécie de escorpião. Mas eu sou um cara legal, meio chato, mas legal. Uma alma perdida no umbral a procura de outra metade, que talvez também, não exista. Minha trilha sonora hoje é Smiths, minha banda favorita. Quando serei feliz ? Quando alguém vai me abraçar e dizer que precisa de mim, que não seja minha mãe ?
PS. No dia 12 de junho mandei meu post Uma história de amor que nunca existiu, para quem me inspirou o texto, sei que foi estúpido, mas eu gostariam tanto...

terça-feira, 9 de junho de 2009

AUSÊNCIA - com o pensamento em ANA CRISTINA CESAR


POR MUITO TEMPO ACHEI QUE AUSÊNCIA É FALTA.

E LASTIMAVA, IGNORANTE, A FALTA.

HOJE NÃO A LASTIMO.

NÃO HÁ FALTA NA AUSÊNCIA.

AUSÊNCIA É UM ESTAR EM MIM.

E SINTO-A TÃO PEGADA, ACONCHEGADA NOS MEUS BRAÇOS

QUE RIO E DANÇO E INVENTO EXCLAMAÇÕES ALEGRES.

PORQUE A AUSÊNCIA, ESTA AUSÊNCIA ASSIMILADA,

NINGUÉM A ROUBA MAIS DE MIM.

(Carlos Drummond de Andrade - Com o pensamento em Ana Cristina César)

ps. jogou-se do apartamento de seus pais em 29 de outubro de 1983, vindo a partir para outras dimensões, mas deixou seu legado, seus textos, sua poesia...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

AS FLORES AMARELAS NO CAMINHO DE CAIO FERNANDO ABREU, E NO MEU


Vive ainda na minha memória aquele par de olhos, tão vivos, como nunca vi. Bebiam cada palavra que saia de minha boca, como que voltando para o seu dono...foi assim minha única vez nesta vida com C.F.Abreu. Era primavera do final dos anos 80, os anos mais loucos de minha vida. Pertencia a uma tribo, uma tribo perdida no fim do Sul da América do Sul. Gostávamos de poesia, prosa, frases e palavras bonitas aos ouvidos e à alma. C.F.Abreu era unanimidade, mas não era burra. Foi quando Renata disse que ele viria para a Feira do Livro daquela nossa ciadade esquecida por Deus e o Diabo. Renata quiz fazer algo teatral com os textos dele para ele, soube e disse: tou dentro. Eliane, a outra amiga, também disse que não faríamos nada sem ela.
Chegou o dia, o auditório da faculdade de Letras estava lotado, ele já estava na sala, foi quando se ouviu uma cigana com um cesto de livros oferecendo: Quem vai querer, quem vai querer...olhou para Eliane e falou: A senhora tem cara de que quer um morango mofado...olhou para mim: E o senhor vai querer um ovo apunhalado ou prefere um triangulo das águas (meu favorito). Iniciou-se nossa performance, recitamos textos de Caio para Caio, foi quando percebi aquele olhar que narrei no inicio deste post.INESQUECÍVEL.
Após ficarmos atentos, bebendo cada palavra que saia daquela boca, para nós, abençoada. Nos contou que no caminho para nossa cidade (Cachoeira do Sul), pela BR 290 haviam muitas flores amarelas, que pediu para o motorista parar, então desceu e pode vislumbrar aquele amarelo que que era cortado ao meio por um asfalto. Jamais esquecerei aquele dia, aquela tarde, não muito fria, não muito quente, em que respirei o mesmo ar que Caio Fernando Abreu.

PS. Dedico este post a MARCO ANTONIO, um querido amigo que deixou este plano sexta feira passada (05/06/2009). Para sempre estará em minha lembrança e em meu coração. lembran
PS