sexta-feira, 27 de abril de 2018

DIAS DE LUTA, DIAS DE GLÓRIA

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DIAS DE LUTA

Só depois de muito tempo fui entender aquele homem
Eu queria ouvir muito mas ele me disse pouco
Quando se sabe ouvir, não precisam muitas palavras
Muito tempo eu levei pra entender que nada sei... que nada sei

Só depois de muito tempo comecei a entender
Como será meu futuro, como será o seu?
Se meu filho nem nasceu, eu ainda sou o filho
Se hoje eu canto essa canção, o que cantarei depois
Cantar depois.

Se sou eu ainda jovem passando por cima de tudo
Se hoje canto essa canção o que cantarei depois

Só depois de muito tempo comecei a refletir
Nos meus dias de paz
Nos meus dias de luta

Se sou eu ainda jovem passando por cima de tudo
Se hoje canto essa canção, o que cantarei depois
Se sou eu ainda jovem passando por cima de tudo
Se hoje canto essa canção, o que cantarei depois

by IRA!

quarta-feira, 25 de abril de 2018

É TODO O AMOR QUE RESTA

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Um anjo vem todas as noites:
senta-se ao pé de mim, e passa
sobre meu coração a asa mansa,
como se fosse meu melhor amigo.
Esse fantasma que chega e me abraça
(asas cobrindo a ferida do flanco)
é todo o amor que resta
entre ti e mim, e está comigo

by Lya Luft

segunda-feira, 23 de abril de 2018

SERIA A MORTE SOLUÇÃO ? OU O AMOR ?


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Quando o tempo conspira contra mim, me cercando de todas as impossibilidades, fechando caminhos e mudando as pessoas, fechando sorrisos e permitindo que toda sorte de azar esteja presente em minha vida. A vida é este jogo de dados, com várias possibilidades, sendo a seta para o inferno ou para solidão ou para tristeza. Não tenho muitas escolhas, a morte talvez. Seria a morte uma solução? Ou o amor ? Mas este vai me despedaçar outra vez. Os dias me parecem iguais, as sensações as mesmas, a dor grita mais alto, e eu só quero ser feliz, como todo mundo quer...mas a sina das lágrimas em meu rosto continuam rolando, formando um rio que se jogará do alto de um penhasco, formando a cachoeira do fim do mundo, pois nada sobrevive a esta queda, nem os peixes...quem sabe mergulhar profundamente num poço e ficar ao fundo, na lama, esperando o oxigênio acabar, então ser liberto do corpo, este corpo que me aprisiona, que cria expectativas, esperanças, amores. Quem sabe, com o coração parando de bater, eu me sinta em paz…Posso gritar, rolar pelo chão, maldizer Deus por manter este filho, que o teme tanto, no limbo da vida, esta porcaria de vida. Karl Marx, tinha razão, o proletariado não tem nada a perder, nem ganhar, eu concluo...Seria a morte solução ? Ou o amor...

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sexta-feira, 20 de abril de 2018

- NA BOCA, NA BOCA


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Na boca

Sempre tristíssimas essas cantigas de carnaval
Paixão
Ciúme
Dor daquilo que não se pode dizer

Felizmente existe o álcool na vida
E nos três dias de carnaval éter de lança-perfume
Quem me dera ser como o rapaz desvairado!
O ano passado ele parava diante das mulheres bonitas
E gritava pedindo o esguicho de cloretilo:
- Na boca!Na boca!
Umas davam-lhe as costas com repugnância
Outras porém faziam-lhe a vontade.

Ainda existem mulheres bastante puras para fazer vontade aos viciados

Dorinha meu amor....
Se ela fosse bastante pura eu iria agora gritar-lhe como o outro:
- Na boca!Na boca!

Manuel Bandeira
(1886-1968)

quarta-feira, 18 de abril de 2018

A MORTE SEMPRE CHEGARÁ


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Sonho meu, sonho meu
Vai buscar quem mora longe, sonho meu
Sonho meu, sonho meu
Vai buscar quem mora longe, sonho meu...

...assim diz uma música de D.Ivone Lara, a grande dama do samba, que fez a passagem dia desses, aumentando a qualidade musical dos céus, com mais uma morte de artista. Às vezes acho que tenho mais mortos que amo, que os vivos. Boa parte de minha família mais velha não existem mais, deixando-me uma imensa saudade, uma lacuna que não pode ser preenchida. Desliguei a televisão contabilizando no mínimo 200 mortes no pouco tempo que assisti um telejornal. A morte é nossa conhecida, chegando cada vez mais perto, com os anos ou um mero capricho de um acidente ou doença. Em alguns lugares ela faz lar, e devora vorazmente, avidamente vidas inocentes, que por infelicidade estavam lá, no Oriente Médio, na África Negra, na Latino América do Sul...nos hospitais, nas estradas, nos presídios, nas favelas, nas escolas, no Rio de Janeiro, no Brasil inteiro morte, morte morte morte morte morte morte, morte...eu também já estive bem próximo dela, podia sentir seus olhos negros e frios bulinando minha alma, me fazendo sentir calafrios, mas no fim passava por mim, deixando um arrepio e o medo que alguém amado fosse a vítima, e assim foi meu avô, meus tios, minha tia adorada, um irmão, sobrinhos que nem cheguei a conhecer, e a perda mais dolorosa, foi quando ela levou meu pai. Não é de estranhar esta visão da morte, ela é fato e é lenda, mas deixamos de existir...lembro um final de ano em que compartilhava com amigos, lá na Deutschland do sul do Brasil, ficando eu e uma amiga encarregados da trilha sonora, após os fogos do Réveillon...foi uma playlist bem diversificada, mas dentro dos gostos dos que participariam de nossa festa de fim de ano… a festa estava ótima, éramos poucos, mas o suficiente. Algum tempo depois, ainda na festa, mas sentados, brindando e conversando, rindo muito até que alguém se deu conta de nossa trilha sonora, e chegamos a uma conclusão, nossos artistas, cantores, cantoras, estavam todos mortos, rimos, pois mais algo nos uniu além do gosto musical, nossso ídolos estavam todos mortos, no entanto suas obras estavam vivas dentro de nós...estamos todos vivos, os amigos daquele réveillon...A morte sempre chegará, sabemos dela ao nascer, pois nascemos para viver, crescer, amar, viver e morrer, estamos todos condenados a isso...mas enquanto estamos vivos vamos pra vida, e pedir em sonhos que traga para perto de nós o amor.
Sonho meu, sonho meu
Vai buscar quem mora longe, sonho meu
Sonho meu, sonho meu
Vai buscar quem mora longe, sonho meu
by D. Ivone Lara

segunda-feira, 9 de abril de 2018

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Envelheço na Cidade



Mais um ano que se passa
Mais um ano sem você
Já não tenho a mesma idade
Envelheço na cidade

Essa vida é jogo rápido
Para mim ou pra você
Mais um ano que se passa
Eu não sei o que fazer

Juventude se abraça
Faz de tudo pra esquecer
Um feliz aniversário
Para mim ou pra você

Feliz aniversário
Envelheço na cidade
Feliz aniversário
Envelheço na cidade

Meus amigos, minha rua
As garotas da minha rua
Não sinto, não os tenho
Mais um ano sem você

As garotas desfilando
Os rapazes a beber
Já não tenho a mesma idade
Não pertenço a ninguém

Juventude se abraça
Faz de tudo pra esquecer
Um feliz aniversário
Para mim ou pra você

Feliz aniversário
Envelheço na cidade
Feliz aniversário
Envelheço na cidade

by !IRA
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sexta-feira, 6 de abril de 2018

O CORAÇÃO SANGRANDO ATÉ ENLOUQUECER

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Filipe Catto


SAGA

Andei depressa para não rever meus passos
Por uma noite tão fugaz que eu nem senti
Tão lancinante, que ao olhar pra trás agora
Só me restam devaneios do que um dia eu vivi

Se eu soubesse que o amor é coisa aguda
Que tão brutal percorre início, meio e fim
Destrincha a alma, corta fundo na espinha
Inebria a garganta, fere a quem quiser ferir

Enquanto andava, maldizendo a poesia
Eu cantei a história minha pr´uma noite que rompeu
Virou do avesso, e ao chegar a luz do dia
Tropecei em mais um verso sobre o que o tempo esqueceu

E nessa Saga venho com pedras e brasa
Venho com força, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer

E era de gozo, uma mentira, uma bobagem
Senti meu peito, atingido, se inflamar
E fui gostando do sabor daquela coisa
Viciando em cada verso que o amor veio trovar

Mas, de repente, uma farpa meio intrusa
Veio cegar minha emoção de suspirar
Se eu soubesse que o amor é coisa assim
Não pegava, não bebia, não deixava embebedar

E agora andando, encharcado de estrelas
Eu cantei a noite inteira pro meu peito sossegar
Me fiz tão forte quanto o escuro do infinito
E tão frágil quanto o brilho da manhã que eu vi chegar

E nessa Saga venho com pedras e brasa
Venho sorrindo, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer

by Filipe Catto

quinta-feira, 5 de abril de 2018

DOIS MUNDOS


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Gosto de nossas diferenças, de nossos mundos opostos e estranhos um ao outro. Embora o tempo tenha nos colocado no mesmo lado, mas com data de validade para separar, de seguirmos nossos caminhos. Sigo o meu a passos largos, pensamentos livres e uma vontade louca de chegar em algum lugar. De ti não saberei mais, talvez alguma memória perdida, deste tempo que hoje dividimos espaço. O mundo é tão imenso e tão pequeno ao mesmo tempo, como nós. Por vezes somos Davi, por vezes Golias, ora em cima ora em baixo, e assim seguimos nossas vidas. Sempre se equilibrando na corda bamba do destino. Por vezes chegamos a gargalhar futilidades, em outras vezes somos silenciosos um com o outro, apenas olhares que por acaso podem se encontrar durante o dia, mas nada acontece. Somos estranhos um ao outro, e não comungamos nossos gostos, da vida, de música, de arte, de leitura. Somos o avesso um do outro...e o destino quis assim, que respirássemos o mesmo ar, para ver até onde chegaríamos, próximos um do outro, mas o destino errou. Somos diferentes, nossos mundos não são iguais, somos oposto, água e óleo, Sol e Lua, que nunca se encontrarão.

"Mas o que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Não gosto"

by Adriana Calcanhoto

terça-feira, 3 de abril de 2018

MATAR UM LEÃO POR DIA


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Hoje entendo a expressão 'matar um leão por dia'. Assim tornou-se minha rotina, que preso tanto. Como lidar com o mal humor das pessoas,e o mais difícil, que é lidar com meu próprio humor. No mundo animal (irracional) algumas espécies praticamente nascem para a morte, pois precisam batalhar pela vida desde o primeiro instante quando nascem. A natureza é sábia, dando a cada ser, uma possibilidade, uma chance, uma oportunidade para fazer história em vida, ou se tornar mais uma vítima da cadeia alimentar. Natureza pra mim tem o mesmo sentido que Deus, embora converse mais com Deus, sinto-me muito bem em contato com o mato, o campo, árvores… Assim começa minha rotina, lutando pela sobrevivência, a partir do momento quando acordo, quando saio pra rua, quando trabalho, quando retorno para casa. O que pode parecer simples e possível de se realizar num dia, penso que não é difícil, mas também não é muito fácil. Nos dias de hoje, vivemos quase que em estado de guerra, guerrilha, um verdadeiro faroeste caboclo. E todos, mas todos, sem exceção, inclusive eu, temos nossa própria opinião, que é ótimo quando encontramos pessoas que pensam parecido conosco, não muito quando encontramos opiniões discordantes. Os caminhos que nos levam, a rua, o ar, quantos perigos, podendo um satélite velho, cair sobre nossas cabeças a qualquer instante. Ontem mesmo teve um terremoto forte, mas profundo na terra, em outro país, e algumas cidades aqui no Brasil sentiram também. Não estamos mais seguros, os leões estão por toda a parte, e conseguir chegar ao final do dia salvo, deve ter como prêmio uma noite de bom sono. E os leões que convivemos todos os dias, não sabemos em que instante seremos atacados, podendo passar todo o dia sem sermos notados, enquanto manter o silêncio. Ficar quieto também é matar um leão por dia.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

ACORDEI COM MEDO





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POEMA


Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo
Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás





by Frejat e Cazuza na voz de Nei Matogrosso