terça-feira, 23 de novembro de 2010

O DIA EM QUE NÃO DESEJEI MAIS A MORTE

by Carolina Flowers

Acordei muito,mas muito triste hoje, então precisei escrever, daí vim para meu blog, mas antes passei por meu email e li um, enviado por uma amiga, a Bi, que contava a história de um menino que carregava muitos livros, usava óculos, meio nerd (hoje é moda, mas...), então outros garotos o atropelaram, ele caiu no chão com seus livros e seu óculos voou na grama, um outro garoto que observava a cena foi socorre-lo, pois pensava no final de semana já todo programado. O garoto caido agradeceu com um sorriso no rosto, então o outro garoto o convidou para passar o final de semana junto com seus amigos, pois jogariam, enfim...foi um final de semana muito feliz para todos, pois o garoto que o convidou e seus amigos gostaram do garoto, que era um cara muito legal, enfim...tornaran-se amigos. Os anos se passaram e a amizade floreceu mais ainda, ele realmente era um cara legal...chegando a formatura o garoto quase nerd tornou-se um belo rapaz e foi o orador da turma...quando começou o discurso (eu comecei a chorar) ele contou uma história, de que no dia que iria se matar, retirou todos os livros do ármario para que sua mãe não passasse por isso, e que só não se matou pois conheceu um amigo...aquele que o ajudou no dia em que foi derrubado pelo meninos maus (maus é por minha conta)...desculpa, tou chorando de novo. Ou seja a amizade tem o poder de mudar nossas vidas, para melhor, para viver, para sermos felizes...

DEDICO ESTE POST A TODOS OS MEUS AMIGOS DA BLOGOSFERA QUE DE UMA FORMA OU DE OUTRA FAZEM MINHA VIDA TER UM SENTIDO BOM, QUE AFASTA DE MIM ESTE FANTASMA QUE ME PERSEGUE E QUE ME MANDA FAZER COISAS QUE EU NÃO GOSTARIA...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

CHEIRO DE LIVRO E ÁRVORES


Com passos seguros adentra o mesmo restaurante de anos. Isso se chama tradição, diria seu avô. Na mesa que sempre sentava, ás vezes até reservavam, aquele garçon simpático. Estava vazia, mas sempre o incomodou os outros três lugares que ficavam vazios, como se alguém a qualquer momento pudesse chegar, o que não era verdade. Ninguém, nunca chegaria. Naquele dia a mesa que a muito namorava estava vazia, aquele senhor que sempre ocupava não aparece a dois ou três dias. Sentou-se. O garçon simpático: será está sua nova mesa, sr ? Antes que pudesse dizer qualçquer coisa...Sabe aquele senhor que almoçava aqui, a tanto tempo, quase como o sr., pois é, morreu. Então estava ocupando o lugar de um morto. Quem sabe não estava eu no meu exato lugar. O lugar de um morto. Fora o coração que palpitava, e que podia sentir, o mais estava morto. Um homem quase morto, ocupando o lugar de um morto. Muita salada verde nos últimos tempos, nunca foi muito chegado, mas é ótimo para digestão...

Era para ser um conto,mas como tou digitando direto do meu cérebro, deveria burilar mais para quem sabe um publicação...por isso ficará nesta forma não acabada.É meio real o que narrei, pois almocei sózinho hoje, mas a única coisa em comum com o suposto conto, é minha solidão, esta sim é verdadeira, concreta, às vezes acho que tenho orgulho dela, de ser só, é uma espécie de independência. Eu sobrevivo sem teus olhos, sem tua fala, sem teu texto, serei o próximo a deixar vaga no restaurante, e ninguém sentirá falta de mim.

Atualmente leio um livro chamado AS HORAS, sou influenciável pelo que leio, devo estar mergulhando no mundo sombrio e triste de Virginia Woolf, espero acabar o livro antes de colocar pedras no bolso de meu casaco mais pesado e caminhar rio adentro, e será O GUAÍBA, que é rio ou conjunto de lagoas, lá no Gazometro, o lugar mais lindo do mundo, para mim. Espero sobreviver para ler os livros que adquiri na 26 Feira do Livro de Porto Alegre, apesar do pânico que sinto no meio das gentes, não resisti um passeio pela feira, que é feita numa praça em meio a árvores. Não existe cheiro melhor que o de livros misturado com árvores.É um momento mágico, único...