Minha árvore de Setembro, amo IPÊS, em especial os amarelos...
Este post foi inspirado nas cartas que aprendi a escrever na net com o prof. Shisui do blog Olho de Lugar Nenhum e de um post que li, intitulado Palavras ao Mar "Sr. Amor" do blog Lah Rosa.
Olá, espero que esta missiva te encontre bem, tão bem quanto me encontro, ou tento, agora que me sinto livre de ti. Meu coração deu sinais de salvação, não sangra mais, levemente dolorido. Mas agora começa a cicatrização, logo estarei melhor ainda........................Cansei de esperar o inesperado. Cansei de sonhar contigo e acordar chorando. Cancei de chorar...estou seco. Estou com raiva de mim. Tanto tempo perdido. Tanto amor desperdiçado. Não tenho mais esperança, ela foi....................Achava graça de todas tuas piadas sem graça, te protegia enquanto todos riam de ti...estive ao teu lado na tua mais profunda depressão.......................Perdi tanto tempo te olhando, admirando, te querendo, te esperando. Andava leve, quase flutuava, me sentia feliz (eu achava, eu achava)...................Os anos verdes foram negros, mas eu não conseguia ver, estava encantado com teus olhos. Tuas falas que ouvia como poesia, eram maldições, pragas e mal agouros. As migalhas que recebia, quando recebia, prar mim eram banquetes. Te esperava feliz, enquanto rias com os outros.......................Outro dia assistindo ao vídeo de nossa formatura, flagrei nosso abraço de comemoração, o brilho nos meus olhos eram lágrimas, um misto de felicidade e tristeza. Felicidade pela formatura e tristeza, porque não teria mais motivo para estar próximo de ti, embora naquele tempo já nem nos falávamos mais...anos e anos de isolamento do mundo e de todos, remoendo minha dor, meu fracasso de não conseguir te conquistar......................
ps. Existe Fragmentos de um Discurso Amoroso de Roland Bathes, que é genial...Pablo Neruda e seus poemas de amor...Vinicius de Moraes que cantou o amor em verso e prosa e música...Cartola que trazia o amor mais apurado da favela para o asfalto...Elis Regina cantava o amor como nuca mais.
ps.2 Desculpem-me o post passado.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
PESSOAS
Não darei a outra face, como Jesus...Somos a maior criação de Deus ? Eu acho que Deus se dedicou um pouco mais aos animais, pois tenho me deparado com pessoas que me deixam na dúvida. O que são pessoas ? Confesso, nunca fui fácil, mas tou melhorando, buscando um caminho saudável para seguir minha vidinha (medíocre). Embora meu isolamento, fuga dos centros populosos, não sair para rua nos finais de semana, não é possível não cruzar com pessoas, e como disse, embora esteja numa fase muito (muito não), numa fase boa, aparecem as pessoas, aquelas que vieram ao mundo atrapalhar minha existência. No meu trabalho tenho tido muito, mas muito contato com pessoas, e são essas que mais chego perto que tem me decepcionado, o que tem colaborado muito para eu descer poço abaixo, acabam com meu humor, e me trazem aquela sombra que é a solução para todos os meus problemas, a morte (ok, é morte abstrata, mas acaba comigo e me tira a vontade de existir). Lá vai, outro dia atendi um senhor chileno, como gosto muito de espanhol, arrisquei umas palavrinhas, para descontrair e nos entender-mos, mas o senhor falou que eu mal sabia falar o portugues e queria falar a língua dele...já viu né, apesar, mantive a elegância e o chamei de mal educado, pois estava tentando ajudá-lo. Existem as pessoas fake, conheci uma, não simpatizei no começo, mas falou-me de um blog, que escrevia,já se tornou uma pessoa interessante, achei o blog, e gostei do que li, fiz um comentário, e quando retorno outro dia ao blog que me tornaria seguidor, estava fora do ar, ou seja, o próprio google tirou, eram traduções de músicas sem créditos, já viu né. São dois exemplos que gostaria de não dizer, mas foi.
Tou me cansando, minhas palavras não fazem mais sentido, ou pelo menos as pessoas que gosto não acreditam. O título do post passado era mais ou menos isso (junto com minha dor de cotovelo) "as mesmas palavras pra te dizer", talvez não tenha mais o que dizer, pois minha dor é a mesma, e já falei tantas vezes aqui, aliás, é um de meus temas favoritos (e isso é muito chato)...mas tou gostando desta prosa verborragica...continuo a escrever poemas na madrugada, mas vou deixá-los quietos por um bom tempo.
Conheço as pessoas mais legais do mundo, muitas delas frquentam este blog, comentando, lendo, olhando, sabendo da exist~encia dele, e , muitas estãoi neste mesmo local...na verdade a maioria das pessoas que conheço ou tenho algum contato, são pessoas boas, do bem. Mas tenho medo de perder o controle, de não me importar com minha mãe, meu trabalho (as coisas importantes na minha vida).
terça-feira, 13 de setembro de 2011
AS MESMAS PALAVRAS PRA TE DIZER
Tenho as mesmas palavras pra te dizer, e é o que todos dizem, por isso não faz sentido nem sentimento nem atropelamento. Os equívocos são inerentes a raça humana. E nunca, nunca devemos sofrer por amor...
O meu bem querer é só meu.
Perdas e pérolas
Jogadas...
Não estou,
Não há tempo para o amor.
Mas não permitamos a dor
De ser-mos estranhos.
Caminhamos sós.
Nem sempre,
Mas distante de tudo.
Onde olharão ?
Aqueles olhares
Perdidos e amargos
Banidos...
E talvez nada sinta, talvez nem chore pelo que nunca chegou a ser. Aborto unilateral. Mais uma esperança que morre na casca do ovo, e ele estava vivo como dizia Clarice, bastava observá-lo. Um dia, quem sabe, quando nada se esperar ou querer, que o desejo me seja indiferente, que haja um eclipse ou um terremoto, ou apenas as nunvens em forma de ovelhas no céu, ou um abacateiro com um velho balanço de cordas, ou apenas uma árvore, ainda viva...
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
SÓZINHO NA MADRUGADA II
Entre o vidro
Teus olhos
Separados dos meus.
Perto.
Distante.
Agora sei dos poemas perdidos:
Joguei-os ao vento
Para te encontrar...
Joguei-os ao mar
Dentro de garrafas.
(salve-me...salve-me...)
Mas não sabes dos barcos,
E dos meus segredos
Dentro de vidros.
Tua vida. Minha vida.
(distantes...distantes...)
by Jair Machado Rodrigues
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
SÓZINHO NA MADRUGADA I
Lamento às vezes que deixei dominar-me.
Sofri calado.
Fechei os olhos.
Dentro de minh'alma existe um vulcão
prestes a explodir.
Fecho os ouvidos e não ouço mais tuas ordens.
Meu corpo
é um santuário violado.
No meu sangue não sei que bactérias existem...
E correm
E secam
E nada sou...
Apenas o silêncio
Nos meus ouvidos fechados.
Apenas o silêncio
Em minha boca fechada.
by Jair Machado Rodrigues (junho/2011)
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