quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

MORDI MINHA LÍNGUA



Mordi minha língua, talvez um castigo dos deuses, talvez minhas leituras kafkeanas, o estigma de ser negro num país como o nosso, enfim, sempre desejei nunca precisar da máquina judiciária deste país; pois mordi minha língua...meu irmão arrumou uma confusão jurídica. Embora formado em Direito, não me é permitido usar tal curso.
E cá estou eu enredado, tonto, perdido, desamparado sem ter a quem recorrer. Como Josef K, se bem que é meu irmão, mas enfim... E nossas instituições ? O que esperar de um país cuja conivência, desmandos, incompetências, prepotências (para mim o grande mal do século)... mas estamos em período de férias, me diria alguém, então nossas instituições que se mantém com o dinheiro dos impostos, ou seja, nosso, param  no carnaval, diria Warat. Não existem urgências, então morreremos todos asfixiados trancados na porta, única porta de saída. E quem vai pagar por isso, quem vai pagar por isso, diria Lobão.
Mas graças a Deus, ele sempre ilumina meus caminhos...uma curiosidade: quando perto do meio dia saio da instituição que procurei para ver  a gravidade do problema  meu irmão, após não ser mal atendido, mas com descaso, indignado penso num palavrão, mas logo ponho em prática minha beatice e começo a rezar um Pai Nosso; eis que olhando para frente, vem em minha diração uma senhora e uma imagem, que ao me aproxinmar percebo ser um Jesus Cristo na camiseta dessa senhora,; bem, sou obrigado pa interromper a oração e comentar com ela, que acabva de sair de um prédio, indignado, mas comecei a rezar para controlar minha raivinha e encontro ela com sua camiseta, ela me sorriu e seguiu...(espero que não fique pensando que sou um beato, mas se pensar tudo bem).

 

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

EMILY E IVO


Emily Dickinson

Vejo-te melhor no escuro,
A luz me é desnecessária -
Meu amor ppor ti é um prisma
Que o violeta ultrapassa.

Vejo-te emlhor pelos anos
Que entre nós fazem curvas -
Do mineiro, basta a lâmpada
Para que a mina se anule.

E bem melhor te verei n tumba:
Suas estreitas galerias 
Acesas serão - e rubras - com a luz
Que tão alta para ti tenho mantido.

Que utilidade há no dia
Para quem, em sua treva,
Um sol possui tão imenso
Fadado a apirar no Meridiano continuamente ?

by Emily Dickinson - tradução by Ivo Bender

 Ivo Bender

Tenho por essência a solidão, e às vezes me vejo sem amigos, mas os tenho, e são pessoas muito, muito especiais, pois não sou dos seres mais fáceis de conviver, embora tenha aprendido muito nestes últimos anos, principalmente depois que iniciei este blog (meu tudo). Digo isso, porque os amigos te veem através dos olhos ou da alma, como é o caso dos amigos, seres especiais, que tenho através deste blog...nestes dias de nada, aparente tranqulidade e paz, a companhia de meus pais, os cafés da manhã, aquelas mesmas histórias que meu pai conta e é como se fosse a aprimeira vez, enfim. Mesmo distante, precisei de uma amiga, a qual em momentos, digamos, de real necessidade lhe peço, e esta nunca me negou, mas como boa amiga sempre me dá um puxão de orelha, para me organizar...mas desta vez disse-me algo que todos sabemos, mas que não acreditamos ou imaginamos que nunca ocorrerá conosco. Disse-me,  "eu não estarei aqui para sempre". Bem ela como sempre me ajudou, por isso estou postando ( a internet custa e não é livre como alguns 'governos' até dizem ) . Existem lugares que tendo o 'computador' até se consegue acessar, mas quem é louco de levar um aparelho para lugar público, aqui se está sujeito a não acessar a internet, como também ter o aparelho roubado, enfim.
De novo a morte na minha vida. No livro que não consigo me desgrudar a quase dois meses, poemas de Emily traduzidos por Ivo, na introdução Ivo comenta entre outros motivos da poesia dela, a morte, que segundo ele não há nada de tétrico ou deprê, mas uma visão lúcida e lúdica do que todos, sem excessão, nos encontraremos um dia. Ela fala da finitude com a naturalidade que deveríamos encarar, mas... E a frase de minha amiga ficou martelando em minha mente, daí senti o que às vezes sinto, que é o medo da morte, não a minha, esta tenho tido ao longo desses anos muita conversa com Deus, ele me entende me perdoa, senão, acho que já teria partido, pois Ele sempre acende a luz da vida em meu coração, o que faz com que não desista, deste equívoco que achava de minha vida, mas como diz minha amiga, eu só preciso me organizar, não só economicamente, mas principalmente, nas escolhas dos caminhos  que surgem .
 Desde que o conheci tenho falado de Ivo neste blog e que formou minha tríade que me tocam profundanmente, além da literatura, que é Caio Fernando Abreu e Lya Luft. Vejam só, além deles terem em comum meu amor por eles, ambos tem sua obra ligada a uma grande paixão minha, que é o Teatro. Bom, nisso o prof. Ivo leva certa vantagem, pois tem mais de 50 anos trabalhando nesta arte, que por sua vez, no papel é Literatura...e ambos me permitem ser mais eu de verdade, que o que gosto ou sonho não é loucura, são as dúvidas que temos intimamente, ou nem tão íntimo, às vezes na superficie de nossas vidas no cotidiano.
Resta-me agradecer a Deus por ter conhecido a arte destes seres incriveis, bem como tê-los conhecido, ou visto, como é o caso de Lya, que vi   quando estudava, adolescente ainda; depois Caio, também adolescente e fazendo teatro, ainda esta tatuado em minha alma aquele doce olhar do criador ouvindo sua criação através de mim. E Ivo, um senhor encantador, que conheci, não faz muito tempo, mas desde então minha paixão adormecida pelo teatro reascendeu tornando este homem a terceira peça fundamental em mim, completando assim minha tríade, tão necessária para minha existência não passar in albis aqui neste planeta

sábado, 19 de janeiro de 2013

O QUE SE PODERIA DIZER



O que se poderia dizer quando se esta prestes a detonar a bomba ? que poderia ser uma suja do            Ferreira Gullar ou a  nuclear, ou as chamas do  Sol atingindo a Terra...Só percebo que estamos morrendo muitos em tão pouco tempo. Tempo, outro estranho, pois conheço este tempo mecânico dos relógios, mas e o tempo tempo, este que não conseguimos catalogar. Devo viver neste tempo paralelo. Ficar sem fazer nada é bom mas é ruím. Tenho lido muita poesia de Emily, traduzida por Ivo. Existe um Oscar Wilde que me olha me olha, então aos poucos leio ele, mas bem pouco, gosto mais da literatura dele, suas visões filosóficas por vezes me contradizem, enfim, fico com Emily.
Na falta, também assisto a muito telejornal, acho que daí tem me vindo este pavor da morte, não da morte em si, esta até gosto, mas não gosto da nossa extinção, pois é o que ocorre no mundo, o que ocorre aqui perto de mim, mesmo estando no interior do interior do Sul   deste país. Meus pais sempre ouvem no rádio (parece uma coisa ultrapassada, mas não é, adoro ouvir rádio também), pois é, meus pasi acompanham as mortes da cidade e região. Lembrei. A falecida vó de um amigo mantinha um caderninho onde anotava o nome dos mortos da família ou conhecidos dela. Que Deus  a tenha.
Mas tenho percebido um grande número de morte de mulheres por seus conjuges, amantes ou sei lá quem, mas que uma forma ou outra já se conheciam. Sempre achei meu Estado machista e que era por aqui, mas não, as mortes das mullheres tem se repetido cada vez com mais frequência no mundo. Uma pena, pois mulheres são seres mágicos, elas conseguem dar a luz...

O que fazer com um vizinho de meus pais, um rapaz que tem um som muito bom no carro dele, porém de um mal gosto insuportável e que sempre quer ouvir na frente da casa de meus pais...como há muito tempo já sai de casa e só visito meus pais, não crescemos juntos, ou seja, não nos conhecemos. Bom, pra começar existe um abismo entre nosso gosto musical.

Quando não se tem com quem falar, meu blog é mue melhor amigo

Gostaria de colocar um poema, mas pra que, acabei de colocar um e é a coisa mais egoísta e boba que poderia se dizer num poema...

Estou ficando amargo novamente, acho que tou voltando ao meu normal, se pudesse continuar assim como estou de "férias" de 60 dias, talvez eu não chegue vivo lá.....Briguei com meu psiquiatra na última consulta, e como sou suicida parei com os remédios, sei que não faz bem, pois sei que preciso, mas enquanto estiver no colo de minha mãe e meu pai estarei bem, depois tem o trabalha qie me ocupa e tlavez começe a usar menos óculos, assim não vejo ninguém (sempre soube que usaria isso dos Paralamas do Sucesso um dia).

2013 promete, não sei o que, mas espero  que minha parte esteja abençoada, mesmo que seja minha morte.

Adoro escrever, adoro ter um blog, mas isso me angustía, porque entre gostar de escrever e escrever ...blog jamais aprenderei...

Às vezes tenho a impressão que não sou daqui, não sou desse planeta, e isso se dá sempre quando sinto um alien dentro de mim, que tem nome, solidão.    

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

APENAS ESTAVA




NÃO ESTAVA DISTANTE


NÃO ESTAVA DISTANTE,
ESTAVA EM MIM
BEM DENTRO DE MIM, NO FIM;
ENTRE O SOL POENTE
E A LUA ARDENTE:
- MESMO QUANDO CAÍA A CHUVA
OU O SONHO ERA VERDE MUSGO.
NÃO HAVIA TEMPO
NÃO HAVIA ESPAÇO
APENAS O VÁCUO,
DO PESADELO QUE SE REPETIA
POR TODA A INFÂNCIA...
NÃO ESTAVA ESTAVA DISTANTE,
APENAS ESTAVA
COMO UM BRINQUEDO CAÍDO
POR DESCUIDO NUM VÃO,
ONDE PLANTAMOS A VIDA
PARA QUE CRESÇA, FLORESÇA
E MORRA.

by Jair Machado Rodrigues