Emily Dickinson
Vejo-te melhor no escuro,
A luz me é desnecessária -
Meu amor ppor ti é um prisma
Que o violeta ultrapassa.
Vejo-te emlhor pelos anos
Que entre nós fazem curvas -
Do mineiro, basta a lâmpada
Para que a mina se anule.
E bem melhor te verei n tumba:
Suas estreitas galerias
Acesas serão - e rubras - com a luz
Que tão alta para ti tenho mantido.
Que utilidade há no dia
Para quem, em sua treva,
Um sol possui tão imenso
Fadado a apirar no Meridiano continuamente ?
by Emily Dickinson - tradução by Ivo Bender
Ivo Bender
Tenho por essência a solidão, e às vezes me vejo sem amigos, mas os tenho, e são pessoas muito, muito especiais, pois não sou dos seres mais fáceis de conviver, embora tenha aprendido muito nestes últimos anos, principalmente depois que iniciei este blog (meu tudo). Digo isso, porque os amigos te veem através dos olhos ou da alma, como é o caso dos amigos, seres especiais, que tenho através deste blog...nestes dias de nada, aparente tranqulidade e paz, a companhia de meus pais, os cafés da manhã, aquelas mesmas histórias que meu pai conta e é como se fosse a aprimeira vez, enfim. Mesmo distante, precisei de uma amiga, a qual em momentos, digamos, de real necessidade lhe peço, e esta nunca me negou, mas como boa amiga sempre me dá um puxão de orelha, para me organizar...mas desta vez disse-me algo que todos sabemos, mas que não acreditamos ou imaginamos que nunca ocorrerá conosco. Disse-me, "eu não estarei aqui para sempre". Bem ela como sempre me ajudou, por isso estou postando ( a internet custa e não é livre como alguns 'governos' até dizem ) . Existem lugares que tendo o 'computador' até se consegue acessar, mas quem é louco de levar um aparelho para lugar público, aqui se está sujeito a não acessar a internet, como também ter o aparelho roubado, enfim.
De novo a morte na minha vida. No livro que não consigo me desgrudar a quase dois meses, poemas de Emily traduzidos por Ivo, na introdução Ivo comenta entre outros motivos da poesia dela, a morte, que segundo ele não há nada de tétrico ou deprê, mas uma visão lúcida e lúdica do que todos, sem excessão, nos encontraremos um dia. Ela fala da finitude com a naturalidade que deveríamos encarar, mas... E a frase de minha amiga ficou martelando em minha mente, daí senti o que às vezes sinto, que é o medo da morte, não a minha, esta tenho tido ao longo desses anos muita conversa com Deus, ele me entende me perdoa, senão, acho que já teria partido, pois Ele sempre acende a luz da vida em meu coração, o que faz com que não desista, deste equívoco que achava de minha vida, mas como diz minha amiga, eu só preciso me organizar, não só economicamente, mas principalmente, nas escolhas dos caminhos que surgem .
Desde que o conheci tenho falado de Ivo neste blog e que formou minha tríade que me tocam profundanmente, além da literatura, que é Caio Fernando Abreu e Lya Luft. Vejam só, além deles terem em comum meu amor por eles, ambos tem sua obra ligada a uma grande paixão minha, que é o Teatro. Bom, nisso o prof. Ivo leva certa vantagem, pois tem mais de 50 anos trabalhando nesta arte, que por sua vez, no papel é Literatura...e ambos me permitem ser mais eu de verdade, que o que gosto ou sonho não é loucura, são as dúvidas que temos intimamente, ou nem tão íntimo, às vezes na superficie de nossas vidas no cotidiano.
Resta-me agradecer a Deus por ter conhecido a arte destes seres incriveis, bem como tê-los conhecido, ou visto, como é o caso de Lya, que vi quando estudava, adolescente ainda; depois Caio, também adolescente e fazendo teatro, ainda esta tatuado em minha alma aquele doce olhar do criador ouvindo sua criação através de mim. E Ivo, um senhor encantador, que conheci, não faz muito tempo, mas desde então minha paixão adormecida pelo teatro reascendeu tornando este homem a terceira peça fundamental em mim, completando assim minha tríade, tão necessária para minha existência não passar in albis aqui neste planeta