Este senhor que aí está faz parte de minha tríade de autores amados, Caio Fernando Abreu e Lya Lutft...é Ivo Bender que acaba de lançar mais um livro de contos Quebrantos e Sortilégios, e tive o prazer de me fazer presente no lançamento na Livraria Palavraria em Porto Alegre. Dos três, ele foi o último a entrar e fechar esta minha tríade, ele foi, é a Fênix que renasceu em mim, minha paixão, meu amor pelo teatro, que pratiquei na juventude, mas me afastei á medida que a vida adulta me tomava conta e outros caminhos profissionais me chamavam. Mas bastou o toque deste homem na minha vida, conhece-lo para voltar tudo, aliás, só reascendeu, como uma Fênix uma parte importante demais para eu esquecer, e junto dele veio sua obra, que me arrematou, que me tornou fã, que passou a fazer parte de minha vida, da história da minha vida, pois amante da literatura, sinto-me abençoado quando tenho o prazer de confrontar o criador sua criatura, sua obra. Ouvi-lo é uma dádiva, afinal são 50 anos de Teatro, traduções, peças e Emily Dickinson que ele trouxe para minha vida, a poesia que faltava para montar o quebra-cabeça de minha existência. Estou escrevendo de pronto, tou na rodoviária de Porto Alegre, aguardando para viajar para casa de minha mãe, tou de férias. Vou cair para dentro do livro:
terça-feira, 23 de junho de 2015
sexta-feira, 19 de junho de 2015
VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA
Vou-me Embora pra Pasárgada
Manuel Bandeira
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolhereiVou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tiveE como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra PasárgadaEm Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorarE quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Texto extraído do livro "Bandeira a Vida Inteira", Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90
sexta-feira, 12 de junho de 2015
CAIO FERNANDO ABREU SOBRE O AMOR
quarta-feira, 10 de junho de 2015
SONHO, SAUDADE E LÁGRIMAS
Sonhei com campos floridos, mata virgem e uma brisa que acalentava meus pulmões e limpava minha visão, onde via borboletas e pássaros livres, voando sobre minha cabeça. Logo adiante um riacho de águas cristalinas e com peixinhos coloridos e mais ao longe do lago podia se ver as vitórias régias floridas, fazendo um belo efeito visto assim, daqui, de onde estou. Caminhava de pés descalços na grama, um céu azul logo ali em cima, onde nuvens brincavam comigo, ora escondendo o Sol, ora deixando-o a mostra, com toda sua intensidade, todo o seu brilho e seu calor, que penetrava minha pele e aquecia minha alma congelada. Não havia cansaço, caminhava com gosto, a passos largos, por vezes bem devagar, para poder melhor apreciar aquela explosão de natureza. Percebi que algo estava errado, meu pai de braços abertos e sorrindo para mim. Meu pai está morto, pensei, mas logo esqueci, quando senti seu abraço. Chorei de tanta felicidade, chorei agradecendo a Deus tal milagre, chorei de saudade de meu pai ao abraçá-lo. Caminhamos em direção a uma casinha ao longe, mas o caminho era suave, era como se flutuássemos. Podia se ver sair da chaminé uma leve e branca fumaça, bem perto, pela janela via minha mãe pondo a mesa do café, senti o aroma...meu pai, que mantinha o braço sobre meu ombro, aperta de leve...entramos e nos abraçamos, eu, meu pai e minha mãe. Sentamos na mesa e iniciamos o nosso café da manhã. Então de súbito e com lágrimas nos olhos, acordei.
sexta-feira, 5 de junho de 2015
CAMINHADA
DIGITAR O NUMERO DE DEUS
Por Karen Berg
Eventos espirituais acontecem quase que exatamente da mesma forma que eventos físicos.
Por exemplo, quando digitamos um número de telefone, esperamos receber algum tipo de resposta do outro lado. No nível espiritual, acontece a mesma coisa. Quando oramos ou meditamos, estamos digitando um número em uma Dimensão mais Elevada.
Embora não ouçamos alguém atender a ligação quando chamamos, precisamos saber que, sempre que procurarmos sinceramente ajuda em nossas orações, somos ouvidos. Além disso, toda vez que fazemos um esforço verdadeiro para estarmos mais conscientes e compartilharmos mais, somos sempre assistidos pelo Divino.
Hoje, pratique estar aberto para o universo. Confie que você está sendo ouvido e que a Luz do Criador está trabalhando para o que for o melhor para você, guiando-o na direção que você precisa seguir.
Por favor, respeite os créditos ao compartilhar
http://stelalecocq.blogspot.com/2015/06/digitar-o-numero-de-deus.html
Karen Berg - http://www.kabbalahcentre.com.br
Extraído de: http://stelalecocq.blogspot.com
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