terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

EM BUSCA DO HUMANO DENTRO DE MIM


by Anaís

Tempos conturbados, mas com renovadas esperanças, seguimos...Lya Luft, já aqui falei que é minha escritora favorita, tendo variações de estilo em sua obra. Num ensaio chamado Múltiplas Escolhas ela aborda temas, diria, comuns ao nosso cotidiano, aquelas afirmações ou dúvidas que sempre tivemos e derepente lemos num livro. Foi o que ocorreu-me, lá pelas tantas da leitura dou-me conta do que está escrito e eu sempre soube, mas até então...falava ela que antes de qualquer coisa somos humanos ( até aí eu já sabia, eu acredito que sejamos ). Que antes de ser-mos o homem, ou, a mulher, ou, o negro, ou, o alto, ou, o rico, ou...quando da concepção não passamos de, esperma e óvulo ?. Mas após, normalmente nove meses, nascemos, então se inicia de fato o processo, no que acabamos de nos tornar, falo por mim, estou eu aqui, cheio de si, com minhas idéias, meus conceitos/preconceitos, e tão prepotente, tão dono de minhas verdades; e nada mais sou que a soma de um óvulo com um espermatoizóide. A vida, esta é a benção de Deus, e o que fazemos nesta passagem, esquecemos que somos humanos para nos tornar aquilo e muito mais, do que já enumerei acima. Tenho a sensação de que estou sempre variando sobre o mesmo tema, acho que estou, mas tenho ainda muitas dúvidas, busco desesperadamente meu encontro comigo mesmo; embora tenha meus Pessoas, ainda sou único e humano, acreditam?
Recebi umas fotos/mensagens de paisagens deste país, e vou usar, talvez não mais bonita, mas a que mais me cativou, ou identifiquei-me, sempre a beira de um bife com nervos, digo, de um ataque...no limite de minha dor, meu sofrimento, meu amor ? amor? Bem, com raízes cravadas na pedra sustento-me a beira do abismo, que ao invés de atrair para o fundo, estranhamente dá-me forças, como antigravidade, eu subo, eu cresço. Um fotografia emblemática para mim, mas de uma beleza singular, e como disse, tou chovendo no molhado, a imagem fala por si sua mensagem.

ps. De novo O Pequeno princípe, somos responsáveis por quem cativamos, sempre acho que não tenho a responsabilidade suficiente para com as pessoas que seguem este blog, de qualquer forma os agradeço.

ps. 2. Minha paixão pelo Rei Roberto Carlos...emprestado da Eliana, minha amiga e colega, o cd Como vai você ?, onde alguns artistas cantam músicas do Rei...OUTRA VEZ, ainda serve para ilustrar um post passado acho que o segundo ou terceiro deste blog..credo, o tempo passa, e o que resta às vezes não passa de saudade, se é boa ou ruim ? sei lá!

16 comentários:

  1. Olá Jair, tudo bem com você?
    Adorei o texto. Tenha uma linda semana
    Abração

    ResponderExcluir
  2. Querido prof. Elian, sempre muito feliz e agradecido pela visita, e , qeu nossa semana seja linda e abençoada por Deus. Um imenso abraço.

    ResponderExcluir
  3. Acho que já estvi a beira disso, de admitar que serei o que queira desde que me aceite como sou, mas hoje não sei.
    R.- OLÁ JAIR.
    A questao nao é ser o que queira desde que se aceite como és.
    O caminho se faz caminhando..e vc. já esta no caminho qdo se questiona.
    O autoconhecimento é extremamente importante através da leitura ou da escuta.
    interessante seria vc. ser ouvido.
    hoje a net ,os meios de comunicacao fazem um papel importante mas ainda nao é eficiente.
    fique com Deus meu amigo.

    ResponderExcluir
  4. O modo como fomos tratados quando crianças pequenas é o modo como nos trataremos pelo resto da vida

    JAIR!
    Todos nós temos dois aspectos em nossa personalidade: o Adulto e a Criança. Quando estas duas dimensões estão conectadas e trabalhando juntas, registramos uma sensação interna de paz, de totalidade. Quando não estão conectadas por terem sido feridas ou abandonadas, a sensação é de conflito, vazio e solidão.
    ATÉ DEPOIS...

    ResponderExcluir
  5. Quem não foi valorizado quando criança, sentirá dificuldade em perceber a existência dessa criança dentro de si. Mas quando se entende a importância que é reconhecer a existência dessa criança ferida e abandonada dentro de você, se torna possível valorizar a Criança para conseguir se tornar inteiro.

    ResponderExcluir
  6. Cabe ao Adulto iniciar a tarefa de refazer de maneira amorosa as etapas das necessidades não satisfeitas da Criança, de curar as antigas feridas e mágoas e substituir as falsas crenças com a verdade.

    ResponderExcluir
  7. Falsas crenças assimiladas na infância


    - Não sinta, não fale de seus sentimentos

    - Não pense, não tome decisões, você não sabe o que é melhor

    - Seja sempre bonzinho, perfeito e forte

    - Não seja quem você é

    - Não seja egoísta, nunca se coloque em primeiro lugar

    - Não diga o que quer, pensa ou precisa

    - Nunca diga não, não imponha limites

    - Cuide sempre dos outros

    - Não confie em determinadas pessoas, nem na Força Superior, nem em você

    - Demonstre sempre estar bem, independente do que esteja sentindo


    Reflita se essas crenças existem em sua vida. Preste atenção no seu diálogo interno, que acontece inconscientemente o tempo todo, ou seja, sem que você perceba, talvez possa estar repetindo palavras semelhantes àquelas que ouvia na infância, pelas pessoas mais importantes de sua vida. Assim, continuamos quando adultos a repetir as mesmas falsas crenças que marcam nossa vida, como:

    ResponderExcluir
  8. - Não posso ser feliz, não consigo ficar feliz, ficar feliz é egoísmo e, portanto, errado

    - Não consigo cuidar de mim

    - Não consigo enfrentar a dor, especialmente a da rejeição e do abandono, nem a da minha solidão;

    - Os outros são responsáveis por meus sentimentos

    - No fundo eu não tenho valor, sou errado, não mereço ser amado

    - Não sou capaz de conseguir sozinho.

    ResponderExcluir
  9. Enquanto existir essas ou outras crenças falsas, não conseguirá ser amoroso com sua Criança, assim como não foram com você no passado. Quando os pais e outros adultos rejeitam a criança, fazem-na sentir vergonha por aquilo que ela é ou abusam dessa criança durante a infância. A dor desse abandono é tão insuportável, que o Adulto Interior se desliga da Criança Interior para não sentir essa dor.

    ResponderExcluir
  10. A Criança Interior abandonada está quase sempre com medo de estar errada, porque acredita ter sido esse o motivo de a rejeitarem, podendo desenvolver a necessidade de ser perfeita. O perfeccionismo e o medo de estar errada podem ser sintomas da desconexão interna entre o Adulto e a Criança. Ao se sentir sozinha para enfrentar a solidão do abandono externo, pode ainda desenvolver vários vícios com o intuito de preencher esse vazio. Pode procurar substâncias como álcool, drogas, comida, ou pessoas, criando uma dependência para preencher seu vazio. E como fuga da dor causada, pela solidão interna e externa, pode ainda desenvolver a necessidade de controlar os outros como forma de obter amor.

    ResponderExcluir
  11. A Criança ferida contamina a vida do Adulto, que pode vir como uma depressão, sentida também como um grande vazio, onde está sempre se lamentando pela perda do verdadeiro eu. Esse vazio pode levar ao sentimento de solidão, porque nunca somos quem somos, nunca estamos realmente presentes. A depressão pode vir pelo fato da criança ter de se adaptar a um falso eu, abandonando seu verdadeiro eu. É como se esse abandono do verdadeiro eu criasse um espaço interior vazio, onde se perde contato com seus verdadeiros sentimentos, carências e desejos. Ter um falso eu, é viver representando, onde o verdadeiro eu nunca está presente.

    ResponderExcluir
  12. A sensação de ter valor - sou uma pessoa de valor - que é a base da auto-estima, é essencial à saúde mental. Quando a pessoa se sente valiosa cuidará de si mesma de todas as maneiras que forem necessárias e não se submeterá a ser maltratada por ninguém.
    FIQUE NA PAZ DE DEUS.

    ResponderExcluir
  13. Olá Manosca, obrigado pela visita, quanto aos "comentários" confesso que não sEi muito o que dizer...mas vaMos lá. O meu comentário no blog a respeito de uma frase de...foi o que senti no momento, tive vontade de escrever e o fiz, bem, se der uma olhada no meu blog, mesmo rápida, acho que dá pra perceber que sou um prato cheio para um terapeuta, e não nego, sempre digo, este blog me serve como diário eletrônico, blogterapia (onde exorciso meus monstros, dores, coisas não tão belas de se dizer, mas...) e o lado "arte" (pelo menos é minha intenção), pois sou um amante da poesia, apreciador, então tendo usá-lo como ficcção e até metafórico. Tudo isso que escreves, eu conheço, ou já li, ou...um tanto quanto "freudiano", e , existem coisas que até poderiam me servir, mas isso faço com minha terapeuta (não sei qual a linha dela, mas lidamos com o meu agora'é o que preciso'), tenho também um psiquiatra - será que tou assinando meu atestado de perturbado ? - Reconheço o valor de Freud, como o pai da psicanálise, mas se é para seguir uma linha, prefiro a psicanálise analítica de Carl Gustav Jung, que o Freud considerou seu filho, logo "deserdando-o" por Jung ter um pensamento próprio, logo, Jung parte seus estudos quando o EU existir em nós, não dá essa enfase a parte infantil, acho importante, blá, blá...mas o que me importa é a partir do momento que tenho consciência de minha existência, enfim...o que quero dizer é que embora chame também meu blog de "blogterapia", não quero soluções para minha vida, tenho um relacionamento saudável com as pessoas que me seguem ou fazem seus comentários, e descobri que responde-los é uma ótima maneira de criar uma individualização com as pessoas que chegam até aqui, mas não levo solução para ninguém, e não espero solução também...me entenda, no post passado tive um pequeno surto depressivo, então uma amiga visitante, puxou minha orelha, o que achei ótimo...mas o que me parece este teus comentários é uma fórmula que devo adotar ou não, para eu melhor viver, se foi essa tua intenção, agradeço, pois é sempre bom ouvir, mas mais me pareceu uma aulapocket de psicologia...quando criança fui pobre, bobo, mas muito feliz, seguido escrevo algo sobre, mas discordo totalmente que os problemas de adulto é repetição da infãncia (embora não seja isso absoluto), existem coisas, sabemos, mas prefiro comentários a nível de "amigos", não de profissionais para lavar a roupa suja na net, embora a idéia não me seja tão louca, mas quero continuar assim...a dor, a solidão, o amor ou a falta de, é boa parte do material que exploro ao escrever meus post..."Ter um falso eu, é viver representando, onde o verdadeiro eu nunca está presente", concordo em parte com esta frase que está em teu comentário, mas quem somos nós, pobres mortais para dizer que teu eu é falso e que tu representa ??? Minha busca do meu eu verdadeiro continua, acho que até o fim de meus dias, tento melhorar sempre, mas sabe como é, sou humano...Mas uma coisa nós somos completamente afinados, DEUS. Também quero que tu fiques na paz de DEUS.

    ResponderExcluir
  14. OLÁ!!JAIR.
    QUERO AGRADESCER-LHE POR SE IMPORTAR EM ME RESPONDER.ME PERDOE SE NAO O TOQUEI DE FORMA POSITIVA.
    MAS FICO FELIZ EM SABER QUE VC TEM ALGUEM QUE O ESCUTA.
    MEU DESEJO ERA APENAS AJUDÁ-LO. FREUD OU JUNG
    SÓ QUERIAM AJUDAR QDO PESQUISARAM A ALMA HUMANA.
    VIVA ELES.
    QUE DEUS TE ABENCOE SEMPRE
    ADEUS

    ResponderExcluir
  15. Poxa... nem consegui chegar aqui e já tem outro post...

    "Há momentos em nossas vidas em que muitas vozes parecem nos estar chamando de várias direções. a própria confusão que sentimos nessas ocasiões é um lembrete para que procuremos silêncio e centramento dentro de nós mesmos. Só assim seremos capazes de escutar a nossa verdade"

    Meu carinho de sempre num beijo azul!
    RO

    ResponderExcluir
  16. Que bom!!!! A mensagem da arvorezinha foi passada a contento. Fico feliz demais meu amigo. Beijos e, parodiando Tolkien, seja bem vindo, aqui, de novo e outra vez!!!!!

    ResponderExcluir