CAZUZA
Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo, derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com caras de abortadas
Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo
Que não têm
Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas mini-certezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia
Pra quem não sabe amar, fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem.
Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar os blues
Com o pastor e o bumbo na praça.
Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade
sexta-feira, 29 de abril de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
OBRIGADO EDSON CARMO
Esse selo é conferido aos blogs de popularidade: blogs que atingirem a aceitação do público. O selo foi criado com a intenção de promover o reconhecimento por um trabalho que agrega valor à Web.
É importante que quem receba o “Selo Blog Pop” e o aceite, siga algumas regras:
1. Exibi-lo no blog;
2. Apontar o blog pelo qual recebeu o selo;
3. Escolher outros blogs a quem deve oferecer o “Selo Blog Pop”
A cultura dos Selos na Web, custei um pouco a entender,é que nunca ganhava, até o Edson me presentear, o que neguei, mas depois aceitei, comecei a entender, coma ajuda da Dark Angel, da Lumena, e de tantos outros, enfim...Mas eu adorei este, seria a minha cara se não fosse tão velho, pois acho a palavra POP muito interessante, e acredito ter alguma relação comigo, mas no sentido de popularidade, meu blog não acredito que seja popular, não neste sentido, mas a frequencia de amigos para mim é tudo, são as pessoas mais geniais que poderiam se aproximar de mim, então assim posso passar a acreditar nesta "popularidade".
Quanto ao 3º ítem, não poderei cumprir, não indicarei nomes de blogs, mas ofereço a todos que aqui aportarem para levá-lo consigo.
"Meu querido Edson neste dias tão confusos e tristes para mim vem o teu conforto, um sinal de esperança, quem sabe..sabes que tenho de Deus no meu coração, e que há muito não dúvido do que reservou para mim, mas não tou conseguindo entender algumas coisas existenciais que me são gritantes agora, mas eu acho que é um discução tipo política :a distribuição da renda neste país, por exemplo; mas isso é coisa da Lei do Homem, mas a lei do homem é injusta, senão injusta, aplicada de forma injusta, ou seja, porque tanta diferença, se somos todos iguais ? Estas dúividas que me assolam não descretitam minha fé, pelo contrário fortalece, porque se não tivesse fé, não estaria aqui para aaceitar este outo Sela, que estava guardado, mas tu me fez lembrar e eu agradeço...às vezes peco por falar demais, ou, escrever demais, mas fazer o que sou assim, verborrágioc, sentimental pra caramba, carente até a última gota de sangue, mas com esperanças,poucas, mas esperanças...OBRIGADO EDSON CARMO
terça-feira, 26 de abril de 2011
"BLOCO DO EU SÓZINHO"
by Rosana Souza
Bloco do Eu Sózinho foi o nome mais incrível que conheci de um trabalho musical, e, por trás disso havia Marcelo Camelo, aquelo do Los Hermanos e a famigerada Ana Júlia, que teve até versão, enfimm... Ouvi finalmente depois de séculos,a música, acho que é Toque Dela, que dá nome ao novo 'disco' dele, admiro por demais, este compositor...claro que na época da Ana Júlia que assolou as rádios, num exagero típico de uma música que faz sucesso (por conta disso, olhava com desdém), até perceber os outros discos da banda, como o que cito no começo do post. Bem, ouço rádio ainda (rssrsrsrs), e ouvi uma música que me chamou a atenção, então apostei comigo mesmo - é o Marcelo Camelo. Tive de esperar tocar mais umas quatro músicas até o cara do programa dizer seus títulos e autores, era Marcelo Camelo, e eu gostei do que ouvi. É uma espécie de antimúsica (não sei se tem hífen). Num tempo remoto, se é que se pode dizer tempo remoto na internet, achei um blog da Los Hermanos, onde o Marcelo tentava explicar seu método criativo de composição; dizia ele que compunha uma música, mas não anotava nada, só no cérebro, então quando ía gravar, ou, sei lá o que...ele só usava o que tinha na memória, fatalmente saindo outra música, achei genial na época (remota). Apelidei isso então de a antimúsica, o que Marcelo Camelo faz com maestria, e fica muito interessante, a sonoridade, a melodia, a sensação que se tem é que se tocarem a música de trás para frente, teremos um daqueles hits, tipo Ana Júlia, mas não faço isso, prefiro a pura antimúsica, ou algo absolutamente Marcelo Camelo. Inevitávelmente lembra-se de Mallu Magalhães, sua namorada e cantora mirim (rsrsrsrs), brincadeira. É artista que tem o meu respeito, inteligente, criativo, e ao contrário da Ana Júlia, não é um vendido ao sistema, não compõem para agradar e suas idéias, quando dá entrevista é muito lúcido, coerente...
ps. visitei um blog (às avessas... de Leandro Correa)hoje e havia a citação de uma música, não do Marcelo, mas de Cartola:" O MUNDO É UM MOINHO" que é linda e ajuda a foto fazer algum sentido no post.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
DESERTO EM MIM
As coisas realmente não são como gostaríamos, se bem que seria meio chato ter tudo...tenho dúvidas. Quando disse que sou muito mais emoção que razão, que olhava e via a diferença, a modificação, era so pra ti mesmo, tu que não me vês. Meus enganos sentimentais, digo que não amo, mas me apaixono acho que de quinze em quinze dias, geralmente ideais, que na realidade não existem, acho que é uma platoníce, e como sou meio lesado, claro, alguém chega na frente, aí penso, não era pra mim, e sigo adiante. Só. Triste. Tentando ficar bem comigo mesmo (devo ler de novo aquele post da SoylauraO). Estou cansado como se fosse final de ano. O trabalho que tanto amo, não sei se amo onde estou...continuo no limbo, achei que havia se resolvido quando resolvi pedir ajuda ao meu inimigo que está no poder, mas esqueci, inimigo é inimigo...seria bondade da parte dele, e inimigo não é bondozo, acho que sente um certo prazer em ver meu desconforto (close to me, lembrei uma música do The Cure...ele deve sorrir vendo meu sofrimento, meu mal estar por estar)(eu divago, diria Zeca Camargo).
A mágoa é um sentimento ruím, mas me sinto magoado a todo instante, por estar só, não ter grana (aí alguém diz:dinheiro não é tudo. Eu concordo, desde que tu tenha para pagar tua internet por exemplo) Não é o meu caso, não tenho internet em casa. Isso é brochante, mas tenho livros, tv, dvd, rivotril, que mais eu quero para um final de semana de 4 dias. Espero não receber a visita da morte durante minha hibernação, pois terei de tomar outros remédinhos junto para potencializar meu longo sono. E não pense que não valorizo minha vida, valorizo sim, tenho fé em Deus, embora ache que às vezes ele quer mais de mim do que de Jó, e eu não nasci para Jó.
Gostaria de achar um poema bem bonito, uma música com letra bem interessante, ou uma boa notícia, mas não tou a fim, quero chutar o balde, quero partir. Estou sendo torturado, castigado, sendo mantido aqui, contra minha vontade. Entendo quando choro aos domingos, sem motivo aparente, mas sempre vem, sempre...
CATEDRAL - tradução Zélia Duncan
No deserto que atravessei
Ninguém me viu passar
Estranho só
Nem pude ver
Que o céu é maior
Tentei dizer, mas vi você
Tão longe de chegar
Mas perto de algum lugar
É deserto onde te encontrei
Você me viu passar
Correndo só
Nem pude ver
Que o tempo é maior
Olhei pra mim
Me vi assim
Tão perto de chegar
Onde você não está
No silêncio de uma catedral
Um templo em mim
Onde eu possa ser imortal
Mas vai existir
Eu sei, vai ter que existir
Vai existir nosso lugar
Solidão quem pode evitar
Te encontro, enfim
Meu coração é secular
Sonha e desagua dentro de mim
Amanhã, devagar
Me diz como voltar...
Se eu disser que foi por amor
Não vou mentir pra mim
e eu disser deixa pra depois
Não foi sempre assim
Tentei dizer
Mas vi você
Tão longe de chegar
Mas perto de algum lugar
PS. esta árvore 'peguei" do blog do porf. Elian...
terça-feira, 19 de abril de 2011
SOBRE A ESTÉTICA DO FRIO
Estética do Frio, quando ouvi ou li a primeira vez sobre isso imaginei artes plásticas, com o frio, talvez usando a geada, a neve, o gelo como matéria prima, mas logo pude entender...foi através de um artista gaúcho, assim se chamam os que aqui nascem, Vítor Ramil, que amo e sou fã. Ele dizia que estava no Rio de Janeiro, eu acho, e que olhava o noticiário quando a homem ou mulher do tempo falou, o Brasil está pegando fogo, no Rio 40 graus, em Brasília39 graus, enquanto aqui no sul era um frio terrível...terminada a hora do tempo, nada falaram do frio que fazia aqui, como se esta parte do país não pertencesse ao país, que tem tamanho continental. Mais uma vez excluídos, assim como na música, que por sinal, não entendo porque não toma outros rumos. Ao invés de querer subir para Rio e São Paulo, deveríamos baixar para o Urugai, Argentina, convidar Santa Catarina (pois quero que minha poeta Rosana participe disso). Vítor Ramil musicou em portugues este belo poema e Jorge Luis Borges, uma bela milonga:
Manuel Flores va a morir,
eso es moneda corriente;
morir es una costumbre
que sabe tener la gente.
Y sin embargo me duele
decirle adiós a la vida,
esa cosa tan de siempre,
tan dulce y tan conocida.
Miro en el alba mis manos,
miro en las manos las venas;
con estrañeza las miro
como si fueran ajenas.
Vendrán los cuatro balazos
y con los cuatro el olvido;
lo dijo el sabio Merlín:
morir es haber nacido.
¡Cuánto cosa en su camino
estos ojos habrán visto!
Quién sabe lo que verán
después que me juzgue Cristo.
Manuel Flores va a morir,
eso es moneda corriente:
morir es una costumbre
que sabe tener la gente.
Não quero criar ou me posicionar pelo bairrismo, que exciste no mundo e aqui no meu país, mas um questionamento que me faço, porque gosto tanto de rock indie ingles, ou dos anos 80 (Smiths, Cure, Eco and the...Depeche Mode entre outros que ainda gosto), mas Charlie Garcia, Fito Paez, e o eterno Piazzola, com seu tango tradicional e progressivo...e os escritores então, Vargas Llosa (Nobel de Literatura),Garcia Marques (meu favorito). Tem coisa demais que ainda desconhecemos e que está aqui do lado, mas culturalmente nos ensinam que o inglês é o"canal" só que nas escolas mal nos ensinam as cores e os números até 10, enquanto que o espanhol, só se pagares curso particular. Hoje está programado para entrar no currículum ( é assim que se escreve) segundo a Secretaria de Educação
Tou um pouco nostálgico hoje, saudade do que não sei ainda, vontade de ser entendido e entender ( hoje pela manhã não conseguia entender meus colegas dialogando, parecia que era de outro mundo e que falava outra lingua). Mas tudo passa, até a uvapassa rsrsrsrs...(sempre que posso uso essa piada) Como diria Zeca Camargo, aquele, no seu blog:eu divago. Eu também, acho que este post é uma divagação inicvial, acredito que tenha mais em meu cérebro e coração, mas vou precisar de outro post, outro dia, outra vida quem sabe...
ps. a foto que uso é de outro artista gaúcho que gosto demais, Julio Reni, é a capa de um disco dele, sempre queis usar, taí...
terça-feira, 12 de abril de 2011
CARMENS II
"Sempre precisei de um pouco de atenção, acho que não sei quem sou, só sei do que não gosto; e destes dias tão estranhos, fica poeira escondida pelos cantos, este é nosso mundo..."meu, teu, enfim, este é o mundo em que estamos, embora os preconceituosos de plantão não conseguirão separá-lo, pois seria o fim partir o mundo em dois, três...Tempos difícieis atravessamos, violência, muita violência, algo nunca visto aqui tão perto, e nossos filhos ? estarão bem na escola ? enquanto trabalhamos despreocupados com eles, só com o trabalho, e dependendo do trabalho o desgaste físico e emocional e cerebral podem ser fatais. Acordei vendo aquela poeira pelos cantos, na rua, no coletivo e infelizmente, no meu trabalho...mas quando tudo parece perdido acontece o milagre do milagre, o primeiro é ter nascido um novo dia, e o segundo é quando acontece o que não se espera (uma coisa boa, claro). Ontem foi um selo de meu querido amigo Edson Carmo que me presenteou (um presente, já que fiz aniversário sábado); hoje, quando paranóicamente percebia olhares indesejados por ter chegado atrasado, me passam uma ligação: - Sou eu, Carmem de Santa Cruz...
paralisei, e minha mente em segundos vagou por um mundo, uma época, uma cidade, uns amigos. Minha saudosa e mui querida amiga Carmen, querendo saber de mim...meu coração acelereou, enquanto nestes segundos vinha todo um mundo vivido numa época muito feliz de minha vida, naquela terra alemã. Mas como ia dizendo, não tava muito bem hoje, fui logo tomar um rivotrilzinho, poucas palavras, era horário de trabalho, e não consigo, embora seja público, talvez por isso, não consigo fazer corpo mole, tive de dizer que tinha de atender o balcão, ou fazer outra coisa de trabalho, e depois eu ligaria. Mas mesmo rápido já soube que a menininha que vi pulando pelo pátio, como uma pipoca (toda loirinha), está com 10 anos, lembro que ela era bem inteligente quando pitoquinha ainda. Soube notícias do pai dela, o sr, Helfer, digo, Lula, amigo muito querido, amigos que me aceitaram, que aceitei, que o destino conspirou para que nos encontrássemos naquela cidade onde era estranho. AMIGOS, está é a palavra, e para sempre...rimos muito, conversávamos muito, ouvir Lula tocar guitarra era um prazer inenarrável pra mim, que amo música, e ter alguém bem próximo dos meus olhos e ouvidos, é mágico...Não, não estou só, meu coração está cheio de pessoas que me querem, como as quero, e nada, nem o tempo faz que desapareça a esperança de que o mundo tem jeito, que a violência vai passar e que seremos feizes novamente, e vamos rir de tudo isso, que foi uma grabnde peça pregada por Deus, para depois nos dizer que o paraíso é aqui, e não o que pensávamos...
sexta-feira, 1 de abril de 2011
POSSO ABRIR ALGUMAS PORTAS
by Rosana Souza
Viver é todo dia partejar
a vida.
(Ela nasce com cabeça grande demais,
muitos braços
- às vezes sem pernas.)
Abro meu ventre,
minha alma se arreganha
como uma parturiente
em sofrimento.
Dar à lua dói.
Faço isso todos os dias,
exposto como num palco:
aquele bonequinho
sou eu
num mundo que vou montando.
Mas nem tudo me assusta,
nem tudo me prende:
posso abrir algumas portas,
posso fechar outras, posso
escolher o sexo
e a cor dos olhos de cada momento.
Lyz Luft - Múltiplas Escolhas
É público e notório o amor que tenho por esta mulher, Lya Luft, e este poema, acredito que resume um pouco, ou tudo, o que passei e passo (estou no inferno astral)neste simbólicos três últimos dias. Meu pai, minha mãe, meus amigos reais/vituais, meu trabalho, e, o milagre da VIDA toda manhã.
ps. Entrelaças teus braços em meus abraços, confunda tuas raízes com as minhas, vivemos então de dois em um, fortes cresceremos, nossos filhos, nossos frutos, a VIDA explodindo por todos os poros, toda fotossíntese. Bela foto, né ?
Viver é todo dia partejar
a vida.
(Ela nasce com cabeça grande demais,
muitos braços
- às vezes sem pernas.)
Abro meu ventre,
minha alma se arreganha
como uma parturiente
em sofrimento.
Dar à lua dói.
Faço isso todos os dias,
exposto como num palco:
aquele bonequinho
sou eu
num mundo que vou montando.
Mas nem tudo me assusta,
nem tudo me prende:
posso abrir algumas portas,
posso fechar outras, posso
escolher o sexo
e a cor dos olhos de cada momento.
Lyz Luft - Múltiplas Escolhas
É público e notório o amor que tenho por esta mulher, Lya Luft, e este poema, acredito que resume um pouco, ou tudo, o que passei e passo (estou no inferno astral)neste simbólicos três últimos dias. Meu pai, minha mãe, meus amigos reais/vituais, meu trabalho, e, o milagre da VIDA toda manhã.
ps. Entrelaças teus braços em meus abraços, confunda tuas raízes com as minhas, vivemos então de dois em um, fortes cresceremos, nossos filhos, nossos frutos, a VIDA explodindo por todos os poros, toda fotossíntese. Bela foto, né ?
Assinar:
Postagens (Atom)