terça-feira, 24 de abril de 2012

BONS DIAS





Há um tempo atrás, minha amiga Rosane e eu conversávamos pelo telefone, e como sempre, uma conversa
prazerosa. Falávamos de como estávamos exercitando nosso corpo. Entre risadas, chegamos ao denominador comum, ou seja, caminhada.
Além das vantagens de ser gratuíto, poder fazer na rua, qualquer tipo de calçado, sendo confortável serve, enfim, inúmeras são as vantagens. E durante o dia, tem a natureza, os jardins, as praças, as árvores; e, ao anoitecer, o próprio, as estrelas,a escalada da lua para o céu...
Nestas caminhadas, eu daqui, Rosane de lá, não haviam pedras em nossos caminhos, mas um aconchegante, um doce, em revitalizante, um gentil BOM DIA. Sim, Bom Dia, era o melhor de nossas caminhadas, eu daqui, que sempre passava na frente da casa de um senhor, e passamos a nos cumprimentar, primeiro os olhares, depois um aceno, um sorriso, então vieram os melhores Bons Dias que havia recebido nesta cidade, que agora é a minha...Minha amiga Rosane com outra amiga, começaram o exercício do Bom Dia com as pessoas que encontravam...o engraçado e gostoso ao mesmo tempo, foi que não combinamos isso. Foi naquela conversa ao telefone que falamos sobre exercitar o corpo, uma bela sincronicidade. Embora seja sempre bom conversar com esta amiga tão querida...Então que todos nós sempre tenhamos BONS DIAS.

Fato ocorrido em algum dia, com minha querida amiga virtual/real Rosane do blog Asas da Liberdade.



PS. ASSASSINARAM UM BLOGUEIRO

DÉCIO SÁ    - Blog do Décio - QUE DEUS ABENÇOE SUA ALMA E AMPARE  E CONFORTE SUA FAMILIA E SEU BEBÊ QUE ESTÁ PARA NASCER...

sexta-feira, 20 de abril de 2012

ERA A SOLIDÃO INFINITA


Ovelhas Campo


Mas um dia
O Verbo se fez Carne
E habitou entre nós.

Fez pesar sobre mim
As faltas dos anciãos,
Deu-me cajado,
- Pastora sem terras,
que faço com isto ? -
- Pastora perdida -
nos prados de meu Deus !

E escolhi, escolhi
Ovelha preta, ovelha branca
E fui perdendo
Um a um os rebanhos
Que me mandou.

Bebi na pedra o opróbio,
Quebrei a bilha no chõ,
Perdi hora após hora,
Desnorteavam-me
Chilreio e balido.
Só Deus seguro.
Só Deus estável.

Tudo se moviae mudava.
Era solidão infinita
Que recebia
Minha esquiva solidão.
E fui pra Deus.

Betty Yelda Brognoli Borges Fortes
* Final do poema 'Como Deus Me Contemplava!' do livro 'Novela Pascal' publicado nos anos 70, sendo o livro que li e estou lendo (poesia sempre pede mais de uma lida) , é de minha amiga Eliana, autografado pela autora no final dos anos 70, pois a poeta fora sua professora...  


quinta-feira, 12 de abril de 2012

BUFFET DE SORVETE


Meio dia.
Sentado no mezanino, observa através da imensa janela de vidro, por onde se via a calçada. Era uma cidade com árvores na calçada, e uma praça do outro lado da rua, com uma imensa diversidade de plantas e cores... Como quando chegou o outro na porta, também de vidro. Como se chovesse com sol e arco-íris, uma visão de delírio. MIró ? Dali ? Era só o aperitivo, antes do início daquele almoço.
Dois únicos clientes, no mezanino, entre risos e falas. Os dois últimos inocentes, que amavam poesia e comédia, terror e música, cinema e teatro, futebol e televisão.
Era quente, mas não mais verão. Talvez um pouco tarde. Talvez um pouco cedo. Não importava muito.
De repente Quintana. Começaram a recitar baixinho...
"Não tenho vergonha de dizer que estou triste,
Não dessa tristeza ignominiosa dos que, em vez de se matarem, fazem poemas:
Estou triste por que vocês são burros e feios
E não morrem nunca..."
Nunca conseguiram recitá-lo todo, pois no "burros e feios" explodiam em gargalhadas. Era uma espécie de desabafo, aos que passavam na rua, naquele momento, e olhavam desaprovando aqueles rapazes almoçando... também aos colegas do curso tão sério que não admitiam a infantilidade daqueles dois.
Um breve silêncio.
Entreolharam-se e levantaram-se lentamente. Olhavam-se como num duelo de bang bang. Eram somente os dois. Os dedos trêmulos, prestes a puxar o gatilho e... a funcionária do local, olhava incrédula. Aqueles dois, sacaram as colheres e como duas crianças bêbadas, deliciavam-se, servindo-se no buffet de sorvete.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O QUE AINDA ME RESTA ?



Hoje, numa conversa rápida com uma amiga, a Ju, pois somos colegas de trabalho e quase não temos nos visto no prédio...comentei com ela a falta de motivação em que me encontro, uma apatia, um desejo de nada, acabou meu tesão pela vida ? Então ela veio com a possível solução, o que não é uma solução. AMOR. Este foi o termo que ela usou e que concordei, pois desde que me vi não amando mais ninguém, achei que havia me libertado de um amor equivocado e não correspondido por anos, mas era uma espécie de alimento, pois o amor renova, te dá animo, mesmo que não correspondido, inspirava-me.
Hoje não tou apaixonado e estou a beira de desistir de tudo, não do blog, este não consigo mesmo, mas de ser, viver...sinto-me vazio, sem força, sem coragem e cada vez mais isolado, pois troco mais idéias com a net, do que com seres reais que me parecem irreais e assustadores, prontos para me ferir. seja com palavras ou vias de fato. O medo toma conta do espaço que ocupava o amor no meu coração...Tenho pedido à Deus que ilumine meu coração, que eu não seja mais um humano vazio e triste e só...
No mais a vida segue seu caminho, caminho que hoje não consigo mais ver as flores, se é que ainda existem, nem nas árvores, minha maior inspiração, consigo admirar sua beleza.
Hoje após uma conversa rápida com uma amiga, retornei ao labirinto de meu trabalho, que a cada dia que passa leva um pouco da pouca alegria que ainda me resta.