segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

CARTA DE UMA SENHORA DE 84 ANOS

Recebi este email e não resisto e tenho de postá-lo...na verdade sinto isso e adoraria ter dito, mas foi uma senhora de 84 anos, sra. Ruth Moreira e foi publicado em um grande jornal brasileiro. Na busca de assunto ou sentimentos ou histórias para escrever um post me deparo com o vazio, nenhuma ideia e as que penso, perdem o sentido à medida que tentava desenvolver. Cheguei a pensar (ainda penso), será que meu tempo de bloguer acabou, não terei eu mais o que escrever, e se escrever serei mais sentimento ou razão, serei sincero ou escreverei as mentiras ficcionais que invento ? Tudo está muito confuso neste começo de ano, se bem que aqui no Brasil as coisas começam a acontecer (ou não) após o Carnaval. Ms neste tempo tentando escrever, tenho lido muitos blogs, o que me deixa satisfeito, pois encontro o que gostaria de ouvir ou ver ou refletir nestes blogs. Esta carta é meu grito de indignação...

 
"Estou com vergonha do Brasil.          
         Vergonha do governo, com esse impatriótico,
         antidemocrático e antirrepublicano projeto de poder.

Vergonha do Congresso rampeiro que temos, das Câmaras que dão com uma mão para nos surrupiar com a outra,
políticos vendidos a quem dá mais.

Pensar no bem do País é ser trouxa.


Vergonha do dilapidar de nossas grandes empresas estatais, Petrobrás,
Eletrobrás e outras, patrimônio de todos os brasileiros, que agora estão a
serviço de uma causa só, o poder.
Vergonha de juízes vendidos.
Vergonha de mensalões, mensalinhos, mensaleiros.
Vergonha de termos quase 40 ministros e
outro tanto de partidos a mamar nas tetas da viúva,
enquanto brasileiros
morrem em enchentes, perdendo casa e familiares por desídia de políticos, se não desonestos, então,
incompetentes para o cargo.
Vergonha de ver a
presidente de um país pobre
ir mostrar na Europa uma riqueza que não temos
(onde está a guerrilheira? era tudo fantasia?).


Vergonha da violência que impera
e de ver uma turista estuprada durante
seis horas por delinquentes fichados e à solta fazendo barbaridades,
envergonhando-nos perante o mundo.
Vergonha por pagarmos tantos impostos e
nada recebermos em troca - nem estradas, nem portos, nem saúde, nem segurança, nem escolas que ensinem para valer, nem creches para atender a
população que forçosamente tem de ir à luta.


Vergonha de todos esses desmandos que nos trouxeram de volta a famigerada inflação.

Agora pergunto:
onde estão os homens de bem deste país?

Onde está a Maçonaria? OAB? CNBB?
Militares???LYONS?
Onde estão os que querem lutar por um Brasil melhor?

Porque os congressistas, ao inves de instituirem Pena de Morte para assassinos e estrupadores,
lhes concedem gorda Bolsa Presidiario?

Enquanto isso, grande parte do povo brasileiro, trabalha honestamente, pra ganhar bem menos do que aqueles que mataram e estruparam.

Isso, somente estimula a marginalidade!

Estou com muita vergonha do Brasil!

Por que tantos estão calados?
Tenho 84 anos e escrevo à espera de um despertar que não se concretiza.

Até quando isso vai continuar?
Até quando veremos essas nulidades que aí estão sendo eleitas e reeleitas?
Estou com muita vergonha do Brasil.
eu estou com vergonha DOS BRASILEIROS.

8 comentários:

  1. Doloroso Jair, adeus definitivo as ilusões. Pobre Senhora, pobre de nos.

    http://www.youtube.com/watch?v=bFhbN8fUdQA&feature=player_detailpage

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    1. É meu poeta, a coisa tá séria, triste, calamitosa, uma dor que não tem data para terminar. Até quando isso vai continuar ? Após instalada uma guerra civil ? Mas uma guerra civil declarada, pois já vivemos uma, estamos morrendo, estamos matando e perdendo o respeito conosco. Obrigado Fabio, este post não tem poesia, tem uma overdose de realidade, por isso vou ao teu blog, lavar minha alma de poesia. Carinho respeito e abraço.

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    1. Meu rei o dia em que as autoridade agirem com dignidade será outro mundo, o primeiro mundo rs, mas dignos, só nós...querido Bratz ficvo muito, muito feliz em tê-lo aqui compartilhando este post que não é poético, é a mais pura realidade em que vivemos. Lamentável, mas é verdade. Carinho respeito e abraço.

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  3. Pois é amigo Jair, vivemos um tempo de calamidades, conforme escreve esta octogenária envergonhada diante de tanta baixeza moral. Moral, digo, a falta dela está na raiz
    de todas as mazelas.
    Um abração. Tenhas um bom final de tarde e uma boa noite.

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    1. Meu poeta Dilmar, teus poemas questionam isto que é postado, desde quando comecei a ler e buscar outros poemas atrás. Na verdade esta havendo uma inversão de valores e a MORAL é uma das vítimas, pois quando os administradores deste país, e pessoas que chegam a cargos públicos forem honesta com elas mesmas, então teremos uma chance, mas a ganância do ser humano é algo inacreditável, as pessoas são capazes de vender a mãe para conseguir poder...
      Obrigado meu amigo pela visita, e como as noites estão menso quentes, serã uma boa noite. Carinho respeito e abraço.

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  4. Jair:
    Assim como essa senhora, que dos seus altos da sabedoria de seus 84 anos vê o óbvio e sente a vergonha de ser brasileira, creio que muitos de nós sente o mesmo. No Brasil falta tudo, falta dignidade, honestidade, vontade, e senso de coletividade. E menos sol, menos praia, menos diversão e menos feridos não fariam falta a ninguém. Somos o país do carnaval e do futebol. E da corrupção acima de tudo.
    Sou solidária a essa senhora.
    E a você, parabéns por ter postado tão belo desabafo...
    Grande abraço, Jair.

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    1. Obrigado querida amiga Tais, por tua presença sempre tão importante neste blog. Como bem dizes do alto da sabedoria de 84 anos, e eu me pergunto, quando é que as autoridades e as pessoas que tem algum poder público ou não serão honestas com elas mesmas? só assim poderemos pensar em algo melhor, enquanto tiver-mos este pensamente mesquinho e ganancioso, infelizmente, tende a piorar. Também sou solidário a esta senhora, que vê o óbvio como nós, mas jogou suas palavras na rua, para que todos tomemos conhecimento. Obrigado amiga, sempre muito feliz com tua visita. Carinho respeito e abraço.

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