quinta-feira, 20 de novembro de 2014

RUA MARINHEIRO JOÃO CÂNDIDO



 
 
Tenho heróis, muitos, seres fantásticos que ganharam minha admiração, geralmente pelos feitos, onde o que importava, não era sua glória, sua vitória, mas uma conquista para o bem de todos...Na minha adolescência, na busca de identidade, sempre necessitei me encontrar, me entender, me explicar para mim mesmo, na  busca de um aprimoramento enquanto ser humano que sou.
Foi na adolescência que descobri também o preconceito racial, e não conseguia entender, ou comecei a entender a segregação...mas o esporte sempre me salvou e socializou, jogava handebol (fui campeão gaúcho regional em 1982, infantil rs). Mas comecei outra busca, espelhos, referências negras que pudesse me identificar. Zumbi abriu-me as portas e os olhos para algo que passou despercebido, ou, não ensinado na minha alfabetização e ao longo do curso ginasial e até na faculdade. Reaprendi a estudar história, a mesma história contada nos bancos escolares, só que com a visão de quem sofreu a história na pele, na cor da pele.
E nessa busca de heróis negros,conheço a história do marinheiro João Cândido. Herói nacional,lider da última grande rebelião pela liberdade, contra o açoite de chibatas que existia na Marinha Brasileira. Invoco  João Cândido para reforçar este 20 de novembro dia nacional da consciência negra, na minha alma, na minha memória, na minha consciência.
 
ps. Não acredito em coincidência, e sim em sincronicidade...mudei de cidade, tou me readaptando a conviver em sociedade rs e meu endereço fica na rua Marinheiro João Cândido, cidade lindeira da cidade de nascimento de João Cândido.
 
ps. Recebi da blogueira Madi,do bloguinho da Madi uma tarefa, que me comprometi em realizar neste blog, por falta de tempo e leseira habitual ainda nãoo fiz, mas já agradeço esta amiga blogueira pelo carinho me oferecndo esta prenda. Não posso deixar de dizer que no blog do meu amigo Fael, do Baú do Fael, também deixou emaberto, caso eu quizesse aceitar...adorei...embora játenhame comprometido com a podersoa Madi, fiquei deveras lisonjeado com este afago do Fael.

12 comentários:

  1. Olá meu amigo
    Infelizmente a história ensina na escolas, não é a mesma da vida real. Parabéns por sua consciência e luta por si mesmo.
    Abração

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    1. Meu adorado amigo prof Elian,obrigado,é isso mesmo,uma eterna busca de mim mesmo, luta por autoconhecimento, este país é tão injusto, eu fui tão prejudicado por este 'costume' escravagista histórico que infelizmente acontece ainda hoje. Como negro que sou, há muito tempo deixei de ser patrulhador rs, hoje sou mais consciente e em paz comigo, não dou a mesma importância por atos racista que venha sofrer, e sofro, este é o Brasil, um país hipócrita quando se trata desse assunto...mas como sempre digo,pertencemos à raça humana, acho que é a única raça "racional" neste planeta. Meu querido amigo,sempre,sempre tocando-me com tua luz, insistindo para que eu me sinta uma pessoa melhor. Todo meu carinhomeu respeito e meu abraço.

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    1. Meu rei, meu amigo Bratz, como tu és curioso rs...tou em marcha lenta, esta nova cidade, novos habitos, novos colegas,enfim, tou tentando me adaptar ainda, mas estou feliz e não me arrependi, quase me arrependi, mas contornei rs...Meu adorado Bratz, a poderosoa Madi só me surpreende, de forma muito boa, com os posts dela que adoro, e nem sei porque, mas gosto muito de ler e amei ser lembrado, adoro ser lembrado (carência crônica rs) e quando li o desafio, aceitei de cara,depois fui ver que não conseguirei, por exemplo,colocar uma foto minha quando pequeno, mas já comecei a escrever e a lembrar rs...também fiquei deveras envaidecido com a indicação do Fael, eu gosto do blog dele, o Baú do Fael. Meu rei, sempre muito agradecido e feliz com tua nobre presença neste bloguinho. Todomeu carinhomeu respeito e meu abraço.

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  3. Tu sabes que não tem prazo nem obrigação,pelamorrrrr, q eu sei q essas "prendas" às vezes são o maior mico que a gente prega nos amigos...mas me deixa te perguntar, em q cidade q moras???

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    1. Querida Madi, meu tempo é muito lento na internet rs, tou demorado mais que de costume rs, tou adorando me redescobrir na infância, embora eu seja meio retardado, tenho sobrinhos que me visitam e levam seus desenhos para eu olhar com eles, adoro isso...eu amei se indicado por ti, amei muito, é tão bom para minha autoestima, eu que me sinto sempre do lado de fora, sou um traumatizado de convivências em grupos (acho que por isso me isolo cada vez mais rs)...pois é, estou na cidade de Rio Pardo, com ruas do tempo do Imperador (adoro dizer isso rs). Querida Madi,vou ao trabalho, postarei hoje minha missão. Carinho respeito e abraço.

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  4. Que vc seja feliz na sua nova morada na rua do herói !

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    1. Meu querido amigo Marcos, o fotógrafo, esta história se não a estivesse vivendo não acreditaria, quando vim para cá, acabou saindo do controle e tinha de assumir o trabalho e não tinha onde morar, então por telefone consegui um ap., que tinha pego o número do telefone numa vitrine...imagina o prazeroso susto que levei ao saber que continuava vago, que poderia alugar e que o endereço era na Rua Marinheiro João Cândido...a cidade eu já amava e o local é perfeito para mim. Obrigado meu amigo por esta visita, eu costumo ir no teu blog,mas não sigo uma ordem cronológica, adoro fotografias, então vou para frente,vou para trás,satisfazendo o meu desejo por fotos,obrigado. Carinho respeito e abraço.

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  5. Jair, li várias vezes esse seu texto, várias! E não sabia se colocava parte do texto, se se deixava o link... Amigo: abomino qualquer tipo de preconceito, e tomada de muita indignação. Teria tantas coisas a falar que não caberia num comentário que se preze. Preconceito! Segregação. Humilhação.

    Acho que você deve ter lido uma matéria que saiu no Correio do Povo de 7 de agosto de 2011 sobre uma menina negra, chamada Luislinda Valois dos Santos. Sua história foi tão sofrida, passou tantas humilhações – e num Estado predominantemente de população negra – e, por causa de uma humilhação em sala de aula, partindo do professor, tornou-se Juiza de Direito. Maravilhosa história, grande mulher. Estou aqui escrevendo e arrepiada. Deixo aqui o meu link pra você, gostaria de ter sua leitura, você é especial, amigo, e vai gostar! Apesar de ser já bem resolvido.

    http://taisluso.blogspot.com.br/2011/08/juiza-negra-derruba-o-preconceito.html
    Grande abraço!

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    1. Minha querida amiga Tais, não havia lido o Correio do Povo, que já assinei quando morei em Poa, acabei de ler e é uma história comovente, e para mim, me fortalece...não é brinqueno não, ser negro neste país minha amiga, digo isso depois de ter vivido 47 anos, de ter buscado minhas raízes, e continuar buscando, tentar ser melhor enquanto ser humano, que parece que esquecemos, para dividir a humanidade por cor, quantidade de dinheiro, poder...o que lamento muito, só nos atrasa. Fico feliz minha amiga com tua leitura, teu comentário, e este teu espiírito critico e sensível, as luzes que lanças sobre as letras,só acrescentam.
      Sou muito paranóico,confesso, mas ao contrário do geralmente me dizem, neste país, tem racismo sim, e como revelou a Juíza no teu post, dentro do próprio judiciário, na casa da justiça existe discriminação sim,o que eu lamento, e muito. Sempre feliz em conectar contigo, deixo meu carinho meu respeito e meu abraço.

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  6. Meu amigo, na coluna do meu blog os assuntos estão separados por temas - mais abaixo. Escrevo, preciso escrever sobre todos os esses horrendos preconceitos que minam a alma da gente. Outros preconceitos, discriminações absurdas desses humanos idiotas estão lá. O do Correio do Povo não é meu, transcrevi. Os outros sim.
    Fique bem, meu abraço.

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    1. Querida Tais, acabei de perder um comentário do comentário do comentário rs que fiz...realmente, aquele post que li teu foi transcrito do Correio do Povo, logo não são palavras tuas...mas continuo lamentando o que ela disse, que na Justiça existe preconceito e discriminação. Sempre muito agradecido com tua carinhosa presença, minha amiga. Carinho respeito e abraço.

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