segunda-feira, 13 de agosto de 2018

RUMO


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Navegando por entre mares desconhecidos e silenciosos encontro meu eu mais profundo e esquecido, tão sereno e feliz. Naõ havia Netuno, nem sereias, nem fadas da água...apenas meu eu puro e profundo de mim. Sentado no fundo desse mar azul olhando os peixes que por ali circulavam. Antes de me afogar, acordo. É madrugada ainda, mas meu sono não existe mais. Sou tomado por pensamentos, lembranças...Ainda é escuro, o dia demora raiar, mas o frio faz com que fique na cama, esperando o tempo passar, o dia surgir e a vida seguir seu rumo. Espero ansioso a manhã de segunda-feira, para me ocupar no trabalho, não pensar, não saber o que se passa no mundo. Pode ser alienação, pode ser egoísmo meu, mas minha dor esta calada, e se ver o que realmente acontece no mundo, minha dor gritará e não terei mais paz, nem calma, nem felicidade, nem tempo, sem sono, como nesta madrugada. Tentei ainda buscar o mar desconhecido que sonhava, mas não fechei mais os olhos, esperando o amanhecer. Talvez seja o antidepressivo que tomo todas as manhãs, que me traz esta sensação de tranquilidade, talvez falsa...mas prefiro assim. Não suporto mais chorar minha falta de amor, não suporto mais me queixar a falta de grana, nem a fome que às vezes sinto. Prefiro assim, navegar neste mar estranho e tranquilo, dormindo ou acordado...Ainda é escuro, o dia demora raiar, mas o frio faz com que fique na cama, esperando o tempo passar, o dia surgir e a vida seguir seu rumo.

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