É tudo que preciso. Uma terapia junguiana. Um passe espírita. Uma reza. Uma benção. Talvez, juntamente com remédios, acalme meu coração, desacelere minha mente e possa pensar como se deve, sem atropelos, sem paranóias, sem dores, sem raiva... Gosto de lembrar de Caio( o Fernando Abreu) nestes momentos, pois sempre existe um personagem, um conto, uma palavra que me traduz e me ajuda a focar no equilíbrio. Mesmo com remédio, não preguei o olho noite passada, então criou-se o conflito, a culpa deve ser de alguém, não minha, mas de quem ? se não eu, somente eu. Mas encontrei um "cristo" e joguei nele toda minha frustração, insônia...tive longos pensamentos esta noite, até chorei um pouco, talves de pena de mim.
Desta vez não olhei, pois antes, ao subir os cinco lances de escadas, já não era mais eu..." A menina que caçava o Sol vinha de um tempo distante e remoto, onde vivia o menino triste. E o tempo quiz que se encontrassem. A menina com seus olhos claros e meigos olhou para aquele olhar de onde vertiam lágrimas e disse: - Porque choras ? - ao que o menino triste respondeu: - Eu não consigo entender... Então ela disse: - Mas não precisa entender, basta sentir. - Como ? perguntou ele, estancando o choro. Ela, como que flutuando aproximou-se dele e o abraçou, fazendo surgir a partir ou de entre eles um imenso arco iris, que o fez ver, que tudo passa rápido e fúlgas, mas poderia ser eterno, se acreditasse na menina que caçava o Sol."
ps. mesmo estando na primavera esta gravura do inverno simboliza bem, o clima que estamos no Sul e o clima de minha alma.