quinta-feira, 16 de junho de 2011

AS FLORES DE PLÁSTICO NÃO MORREM

by Rosana Souza, e não são flores de plástico..


Eu vou continuar como os velhos cantores de blues e morrer no palco...
Morrissey


Ontem assisti ao eclipse ( a sombr da Terra sobre a Lua), ou o que sobrou dele para nós, aqui no hemisfério sul...a Lua me encanta, como toda a natureza, mas estes momentos raros, é tão fascinante...acredito em renovação, em possíbilidades, mutações (valha-me ametista). Acordei hoje e o frio que cortava alma, ainda ontem, não fez nem cócega, então pude tomar meu delícioso banho frio (quer dizer, quase gelado), e acordar por fim. Na rua, além da cachorra Preta esperando que eu lhe desse o desjejum, havia um céu azul, imenso, profundo...inevitável não pensar em minha poeta RosanAzul. Devido aos acontecimentos nada bons de ontem pela manhã no trabalho, por via das dúvidas tomei um rivotril e meio, e caminhei rumo ao trabalho. Em silêncio, sem bons-dias, eu sou um estranho nesta cidade, embora já esteja por aqui há mais de 10 anos. Não consigo a intimidade como consegui na outra, Santa Cruz do Sul (sinto falta dos amigos, Carmen, Lula, Soni...). Aqui tenho uma amiga em especial, que está me emprestando seu dentista, para um conserto em minha boca. Acho que tenho falado de menos, sorrido de menos, mas estou com menos vergonha também, com a falta deste dente. No trabalho como atendo pessoas, às vezes tenho de falar, perguntar, e como é um público variado, os pobres como eu é normal a falta de dente, nem um assombro, mas a parte pequeno-burguesa (que é em grande número) me lançam aquele olhar, sabe, aquele olhar de desaprovação, tipo, como um funcionário público fica sem um dente da frente, dos colegas (divagações, sou meio paranóico), dos colegas percebo conversinhas paralelas, olhares, como conheço meu elitorado, sei que falam pelas costas, faz parte...Olha que irônico, existe uma campanha no trabalho que diz que devemos ser gentis, sorrir para as pessoas...se eu fizer isso eles vão achar que tou debochando,né ?(rsrsrsrsrs).Enfim...
Como diria Morrissey, quando vocalista dos The Smiths...Só o céu sabe como estou arrasado agora, ou, não sei porque me importo com pessoas que querem me dar um chute no olho. Meu Deus, passei boa parte de minha 'juventude' ouvindo e acreditando nisso, sofrendo com aquela música. Acho que isso não saiu de mim ainda (talvez nunca saia),as mais belas e tristes canções que já ouvi. Ouço até hoje, e sei que vou entrar em depressão quando sinto uma vontade terrível de escutá-las.
O título do último post deveria estar aqui, neste, é de uma música dos Titãns ou nome de um disco também, mas vou uasr o trechjo de uma música, também deles (uma de minhas favoritas).

10 comentários:

  1. Amigo Jair.
    É fácil resolver seu problema com os colegas de trabalho. Sorrir para eles. Eles viram a cara para o lado e não olham mais para você. E deixa falar, porque, como dizem na minha terra: "quem muito fala, pouco acerta".
    Quanto à música também é fácil. Deita o disco de Morrissey fora. Depois ouve uma musica clássica. Mozart, Beethoven, Chopin e outros, deixaram as suas palavras nas pautas em forma de sons. Não se escutam. Só temos que imagina-las. E na imaginação vale tudo.
    Um abraço
    Victor Gil

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  2. totalmente de acuerdo con Victor Gil!

    y a Mozart, agrego Bach...y te crecerán alas, querido Jair!

    besos*
    (y mil gracias por tus comentarios, me llenan de alegría)

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  3. Olá querido amigo
    Falta de dente é fácil de resolver, só não se resolve falta de caráter. Dignidade vai muito além das aparências. Não se deprima por isso, ninguém merece um ruga de preocupação sua. Não se acomode com a tristeza, a vida é bela e curta, então curta.
    Grande e carinhoso abraço

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  4. Caríssimo Victor Gil, um prazer enorme recebe-lo aqui, pena que nesta situçaõ em baixa minha, mas vou rever teus conselhos. O Morrissey na verdade nunca fui muito com a cara dele, mas a banda mudou minha vida (acho que pra pior, enfim...)adoro música pop e The Smiths continua sendo a minha banda, e acho que nada poderá mudar isso, paixão não se escolhe...adoro música erudita, este que citas , em especial Frans Liszt, acho o punk da música clássica, amo Ravel, Vivaldi e gosto muito também de ópera com Bizet, Mozart escreveu A Flauta Mágica, As Bodas de Fígaro...Valeu pelos conselhos, pelo carinho da preocupação, só isso já vale e me alivia bastante, mas quem sabe, depois que eu conseguir arrumar, melhor, substituir esta falha. Obrigado amigo, um imenso abraço.

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  5. Menina Rayuela, é uma dor muito estranha, até hoje nunca experimentada por mim, é a primeirva vez que fico banguela, e numa situação economica muito ruím, senão já tinha arrumado, também dou razão ao nosso amigo Victor (que escreve sonetos lindos), mas a vida Rayuela, a vida, esta única que temos, nos é tão cara às vezes, por isso me fecho em meu mundo nos finais de semana, não consigo e tou perdendo a últimas esperanças de dar certo em alguma coisa, só tenho este trabalho, mesmo assim, como agora, tenho vontade de não acordar mais para não precisar encarar estes olhares, mas enfim...preciso trabalhar, e sou covarde demais pra sair assim, no meio da peça, antes das cortinas baixarem. Mas tens razão quando dizes, a música erudita nos dá asas...um imenso abraço minha amiga.

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  6. Oh meu querido prof. Elian, obrigado por esta defesa, por estas palavras, putz, eu chego a ficar feliz até...entendo o que dizes, e acho assim também, mas como disse ao Victor Gil, sou fraco, medroso, vulnerável, então caio nas ciladas, e sabes como são os seres humanos...dominam o mais fraco. Espero que não demore muito, mas tenho esperanças de consertar isso logo, não guento não mais rir, ou rir pra dentro, ou levar a mão na boca...pode parecer bobabem, mas tenho vergonha, agora até não muita, mas quando tenho de falar e percebo os olhois voltados para miumha boca, tenho vontade de morrer, e me calo, não consigo dizer uam palavra, daí fica uma situação estranha, aconteceu ontem quando atendia uma pessoa, me calei e ficou uma situçaõ absurda, ninguém entendo nada (sou paranóico, assumo) eu conseguia ler na mente deles me chamando de desdentado ( ´é quase loucura né ? pois é acho quer tou a caminho). Mas meu querido, muito querido,obrigado, tuas palavras com certeza acalmaram meu coração. Um imenso abraço.

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  7. Jair, Jair, hoy vengo con una solución para ti! Pregunta a TODAS las personas que atiendes: "Creo que he perdido un diente...¿Por casualidad no lo han visto? Si lo encuentran, recuerden, es mío. Gracias por su ayuda". ¿Te imaginas su reacción???? Jajajajajaj!
    Si en la ciudad donde vives puedes ver la luna, no serás jamás un extraño allí, Jair, Jair.

    Un inmenso abrazo sin eclipses!

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  8. Mercedes, Mercedes, sou dramático, como diz uma sobrinha minha, talvez legado do teatro, ou de minha natureza...quando digo que meu blog é meu amigo, fica mais claro pra mim... quando contamos coisas aos amigos, segredos, ou coisas que possamos nos envergonhar (caso do dente perdido - ops, poderia ser o nome do conto para a tua solução dada para mim). E mais ainda, quando este amigo traz outros amigos, que me fazem ver que o drama pode ser uma comédia, e eu não preciso morrer no final, a não ser de rir. E é isso que trazes para mim, que os outros que comentaram também, devo agradecer a Deus estas intervenções em minha vida, tu és maravilhosa, assim como os outros amigos...tou indo para uma solução do dente, mas enquanto isso, tou sem e nem por isso quero morrer mais, ou ficar debaixo da cama (já pedi pra fada do dente outro, mas acho, acho não, eu já passei da idade para nascer outro). Muito obrigado querida Mercedes, Mercedes...

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  9. Jair, bah, não siga os conselhos de quem diz para não ouvir Smiths, rsrsrs. Eles estão sempre errados. A banda também mudou minha vida, e sempre para melhor, rsrsrs. Quanto às neuras, isso é a vida mesmo, não tem como fugir disso, ora estamos bem, ora mal e quando estamos mal, parece que tudo conspira contra nós. O problema é que nos importamos demais com os outros. Mas isso passa, claro. Valeu a visita lá no blog e os coments.
    Abração

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  10. Obrigado Marcio, pela presença e comentário, embora tarde, final,mente encontrei.
    Carinho respeito e abraço.

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