sexta-feira, 19 de julho de 2013

LAÇOS E ABRAÇOS



LAÇOS E ABRAÇOS

19 horas pontualmente estaciona o táxio na frente de casa. Junto as malas e vou a seu encontro e partimos ruma a rodoviária. Naturalmente ansioso, já havia abraçado meus pais no aguardo do táxi, pois parece que sempre falta um pouco mais, um pouco mais de abraço, um pouco mais de presença, um pouco mais de carinho, um pouco mais de vida. Partimos. Até hoje não entendo porque meu pai é tão apegado àquele sítio, eles praticamente mudaram pra lá, fica um pouco distante de tudo, talvez seja isso, conseguir roubar um pouquinho desse tempo louco que evapora a cada respiração no inverno, assim, feito fumaça, então roubar um pouco desse tempo pouco e guardar num lugar distante, isolado, fora do alcance do próprio, do vento e dos cobradores de imposto dos possuidores de tempo, como meu pai...começamos uma longa e silenciosa conversa enquanto saíamos do esconderijo de meu pai. Contou-me de seu filho, único e agora casado e uma filhinha. Felicitei-o pela neta. Falávamos de laços de família, da importância e da dificuldade de se encontrar uma zona tranquila de entendimento, mas não. Pais e filhos, uma eterna zona de conflito. Assim foi com seu filho, contou-me que ele decidiu ir morar na capital, tinha arrumado um emprego, cujo salário era pouco mais que o  mínimo, ele tentou alertar o filho da dificuldade que seria, pois o salário era pouco para morar numa cidade grande, mas seu filho achou que ele o estava protegendo, não querendo que ele conquistasse o seu mundo. Passado um tempo, me revelou o taxista, seu filho ligou chorando, dizendo que estava difícil...buscou a nora e a neta para morar na sua casa, enquanto o filho insistia no sonho, no trabalho, mas agora com os laços refeitos, um novo e aberto diálogo de pai filho,e mais que isso eu disse, uma cumplicidade de amigos. Rimos de outros assuntos, anoite estava clara e estrelada, entre risadas e olhando para o ceu lembrei de mimha sobrinha me pegando pela mão e querendo sair para rua a noite para ver as estyrelinhas...Chegamos na rodoviária. nos despedimos e seguimos com nossas vidas.


ps. o título do 'conto' e do post foi inspirato ou pego de um comentário no meu blog da amiga prof. Graça do blog Anjo de Prata.



4 comentários:

  1. Meu querido Bratz, tu és uma caixinha de surpresa, tu és muito amado, tão presente, o Elian me dá esta sensação, de que não sou só, de verdade, e tua chegada agora só me faz agradecer a Deus, por me colocar pessoas tão interessantes no meu caminho, virtual ? mas é o caminho que trilho. Obrigado Bratz...é algo emocional mesmo, tirando algumas licenças poéticas, aconteceu parecido comigo. Perdoa não estar mais presente em teu blog, mas neste final de semana vou adentrar nele. Amado amigo, muito obrigado, muito obrigado. Meu carinho meu respeito meu abraço.

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  2. Coisa gostosa de se ler... Gracias pelo carinho de seu comment, Jair! E se o TPM já te faz sair de lá feliz é pq ele vale o esforço!!! Hehehe! Abraços!

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    1. Querido Fred, obrigado pela visita e gostoso comentário...teu blog é muito loco, criativo, deve dar um trabalhinho, eu que só consigo este meu blog liso, no teu eu engordo meu olho rs, participo das enquetes, as imagens então, entre interessantes, muito interessantes e criativas, muito criativas, realmente é daqueles blogs em que saio não refletindo muito, o que é bom também, mas saio de certa forma leve, feliz, tranquilo e normalmente sorridente. Fred se esta era a intenção, me pegou de jeito rs...é um prazer tê-lo aqui. Carinho respeito e abraço.

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