quinta-feira, 8 de junho de 2017

ÁRVORES E GUERRAS






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Longo e triste outono, onde a chuva é farta e o frio começa a congelar a alma. As árvores com um tom dourado, vão perdendo as folhas, que na mais leve brisa, se deixam levar, tornando o outono longo, triste e chuvoso e encantador. Não fossem as mazelas que nosso mundo atravessa, se chegarmos ao outro lado, quem sabe uma chance de recomeçarmos, tudo correto desta vez. Este sombrio outono esconde a cara da guerra, que espreita por entre poeira, arbustos e rochas. Misseis são lançados a título de experiência, despertando a ira do outro lado, podendo responder com mais misseis, e não demorará muito para não existirmos mais. Apenas esqueletos, nus de vida num dia cinza, como um jardim de galhos secos e nus de folhas. Será o apocalipse, o fim do mundo...mas a esperança renasce de dentro dos esqueletos das árvores...minúsculas folhas verdes e jovens renascem nas árvores esqueléticas, no mundo vazio de vida humana, elas se cobrirão de verde e atravessarão o ano, até encontrar outro outono, e perde-las novamente, transformadas em cobre e douradas folhas, que se deixam levar na menor brisa, e que sobreviverão sobre a maior destruição do planeta Terra, que cumprirá seu destino, independente do ser humano que a destruiu. As árvores com chuva ficam brilhantes e dançam com o vento, e nem imaginam que em algum lugar deste mundo uma bomba explodiu, iniciando assim o fim da raça humana.  

9 comentários:

  1. Sonho e pesadelo

    Esta noite sonhei que o Planeta era meu
    Que eu podia dele, simplesmente dispor
    Então fazê-lo alcançar um grande apogeu
    Um mundo saudável sem lamentos nem dor.

    Onde convivesse o crédulo com o ateu
    Mas invés de guerras somente paz e amor
    No qual o último homem cruel já morreu
    E frorestas todas, saudáveis em verdor.

    Mas, outra noite tive mesmo um pesadelo
    O qual demostrou a face real desta Terra
    Como nunca este mundo deveria sê-lo.

    Eis que o burro ser humano quase só erra
    Pois toda lambança maldosa tem seu selo
    Porquanto o homem, o maior fautor da guerra.

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    1. Meu querido amigo, poeta e escritor Jair Lopes...estes teus comentários em poema, este um soneto, me deixam encantado, e feliz por perceber e sentir que é do texto que escrevi. Já falei outras vezes que tu acabas descobrindo nas minhas entrelinhas o que sentia e não escrevi, pois continua assim, meus escritos e teus comentários. Querido amigo, o ser humano é burro, quer guerra, se podemos acabar com o planeta, porque não se pensa em paz, um caminho melhor para todos. Mas os poderosos e doentes não querem esperar, continuam a criar e experimentar armas do mal. Obrigado meu amigo Jair, fico por demais lisonjeado com teu comentário, tua presença importante no meu bloguinho. Carinho respeito e abraço.

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  2. Jair, a foto não aparece!
    (poste novamente que endireita)
    Estamos nas mãos de loucos, um louco de um lado, outro louco de outro. E nós, que não somos trigo limpo, também, estamos no meio esperando o que pode acontecer de pior. Sim, também levo medo. Será que a gente acostuma a ser medroso sem se dar conta, amigo Jair? Sei lá, não vivo muito tranquila, não. Como era bom vivermos sem medo...
    Belo teu texto - belo no sentido de bem escrito, com ideias reais, com medo natural e principalmente coisas nossas que revelamos na escrita, uma maneira de desabafo...
    Grande abraço, fique bem.

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    1. Minha querida amiga Tais, dois loucos, um da cada lado e nós no meio, e o pior é que é bem isso. As guerras continuam e não se sabe aonde vai dar isso, também tenho medo, por mim, não muito, mas meus sobrinhos netos, o que eles terão aqui neste planeta ? Obrigado sempre por tua iluminada presença, e esta posição firme e lúcida nestas palavras de teu comentário. Meu texto foi gerado entre dois dias, uma visão meio apocalíptica, mas não deixa de ser real, mas enquanto houver vida, mesmo as plantas e árvores, quem sabe aprendemos há tempo de nos salvarmos...desabafo e minhas revelações, sinto assim este texto também, mas estou emocionalmente bem, eu acho rs. Valeu querida Tais. Carinho respeito e abraço.

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    2. sobre a foto: às vezes o meu cola/copia não dá muito certo.

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  3. Maravilha de texto!
    Tema pertinente e estilo fascinante.
    Voltarei.

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    1. Seja bem vinda Loureini, ou Lola, e obrigado por passar por aqui, ler meus escrito e deixar este presente, um mimo, assim considero bons comentários, obrigado. Carinho respeito e abraço.

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  4. Magnifico texto caro amigo.Prosa maravilhosa!
    Nem sei que escreva, estou sob o efeito do que apreciei. Gostei imenso.
    O soneto também está lindo, lindo.
    Obrigada a ambos.
    Abraço caro amigo e parente brasileiro.
    Dilita

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    1. Minha querida amiga e parente portuguesa Dilita, tua presença, mais que tuas palavras deixam-me muito feliz, pois gozas de muito prestígio aqui neste blog. Quanto ao soneto, também acho bárbaro, meu amigo Jair Lopes sempre deixa um mimo, um poema, soneto, acróstico, ele é maravilhoso, sinto-me muito feliz com esta amizade, tenho um livro dele as Crônicas Esparsas e não me canso dele e reler, está nos de cabeceira. Sempre muito feliz com tua nobre presença neste blog. Carinho respeito e abraço

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