quinta-feira, 29 de abril de 2010

UM VULCÃO DE POSSÍBILIDADES




Impressionante, foi o que pensei quando deparei-me com esta imagem. Bela e assustadora. Parecia o caminho que seguia, que levava-me para um lugar incerto e obscuro...agora navego por mares mais calmos, mais centrados. Tenho pouco tempo na internet, e por último este tempo usei para fazer o que mais gosto, olhar os blogs e palpitar quando me apetece. Tenho recebido visitas também, ao que eu gosto muito. Acho que escrevo melhor quando estou triste, o que nos últimos tempos tem me faltado, e , não me queixo. Outro dia num comentário falei em estar feliz, depois pensei...mas me sinto assim, todos os dias rogo a Deus que assim continue, ou pelo menos não se dê de maneira tão rápida uma recaída para a tristeza...Também achava-me sem inspiração para escrever sobre alguma coisa, mas necessito tanto expor, me desnudar de vez enquando, e as palavras suas as roupas que gosto de tirar. Meu distânciamento continua quase o mesmo de antes, mas meu coração anda mais tranquilo para receber e interagir com as pessoas, que eu andava fugindo...bom, meus sábados e domingos não estão muito diferentes, mas tenho chorado menos (risos). Tenho 21 seguidores, todos muito especiais para mim. Mas seguindo minha blogterapia, vamos viver...acabo de descobritr, não tou sem inpiração, apenas inspiro-me no momento em respirar, viver, e quem sabe amar. Sinto em meu coração um vulcão de possibilidades...

ps. O Panorama e Gazeta do Direito, blogs muito especiais que estão fazendo renascer antigos sonhos, desejos...quem sabe não utilizo para mim esta faculdade que fiz e que não achava muito importante. Obrigado Pedro Luso.

ps.2 Deixo aqui meu abraço e meu carinho para Jessica Rose uma seguidora que gosto muito e que anda muito triste nos últikmos tempos. Não se preocupe Jéssica somos filhos de Deus e ele nunca nos falha..................paz no teu coração.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

LYA LUFT EO SILÊNCIO DOS AMANTES II


SEM PALAVRAS

A vida inteira busquei
explicações e deciframentos;
encontrei silêncio e segredo,
às vezes o conforto de um ombro,
outras vezes
dor.
No último lapso
de um tempo sem limites
- embora a gente o querira compor
em fragmentos -,
abriram-se as águas
e entrei onde sempre estivera.
Tudo compreendido
e aabsolvido,
absorta eu me tornei
luz sem sombra:
assombro.
LYA LUFT

Demorei uns dias mas concluí a leitura do livro da Lya Luft, O SILÊNCIO DOS AMANTES...Adorável, o termo que encontrei agora para definir o que senti lendo, mas existem mais termos cabíveis. A cada conto uma surpresa, um detalhe que me saltava aos olhos, a alma e ao coração. Escrevi que amo esta mulher, também amo literatura(aqui uma lembrança das "prof.GRAÇA" e seu blog Anjo de Prata). Escrevi também que ao ler o primeiro conto não contive as lágrimas, não defini se lágrimas de pura emoção pelo que li, ou meu estado interior, ou a alegria de ler algo que me tocasse tanto...segui lendo e conclui, como iniciei dizendo...adoraria poder falar de cada conto, mas quando li o último e que dá nome ao livro, fiquei tão comovido e emocionado com a história, de que o amor será sempre possível, embora a vida às vezes nos mostra o contrário, assim foi com os dois personagens, que traídos pelo destino, haviam desistido do amor, pois suas perdas foram profundas e desgastantes, como pode e ocorre na vida real, então entra o fator Lya, que desenvolve uma história, bonita, comovente, com realismo sem deixar de ser sonhadora, de que realmente é possível refazer vidas, se reconstruir...Acho que começo a me reconstruir também, pois as palavras tem poder. Então passei um final de semana com meus pais, e pude sentir novamente o amor que sempre sinto deles por mim, aquele amor às vezes silêncioso, mas verdadeiro e profundo...Também ouvi que não sou esquecível, como sempre pensei (foi tão bom ouvir isso), e por fim, como fiz aniversário sexta passada, recebi um abraço como a muito tempo eu não sentia...Acredito ser um sinal da Lya, é possível reconstruir, apesar das perdas, apesar dos silêncios...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

FELIZ ANIVERSÁRIO, ENVELHEÇO NA CIDADE


Sempre foi uma data meio tabu pra mim, com o passar dos anos foi se tornando um fardo pesado demais pra eu carregar ou compartilhar como se gosta de fazer, ou seja, comemorar o aniversário. O sentido que fazia era de que estava envelheceno, morrendo aos poucos, e com a data, mais um avanço para o fim...mas me equivoco, começo a entender que é mais uma batalha vencida contra o Tempo, Senhor de Tudo. Confesso que esqueço datas de aniversário, um pouco por preguiça mental, eu acho, e outro pouco por trauma imposto por mim mesmo. Mas sempre é tempo, assim como acordamos todos dia, Graças à DEUS, todo ano podemos ver e perceber que envelhecer é viver a plenitude do que nos cabe neste latifúndio, vivendo aqui no planeta terra.

PS. Mais um ano que se passa, mais um ano sem você
Já não tenho a mesma idade, envelheço na cidade
Essa vida é jogo rápido para mim e pra você
Mais um ano que se passa e eu não sei o que fazer
Juventude se abraça, se unem pra esquecer
Um feliz aniversário para mim e pra você
Feliz aniversário - envelheço na cidade
Feliz aniversário - envelheço na cidade...
Já não tenho a mesma idade, não pertenço a ninguém...
ENVELHEÇO NA CIDADE - BANDA IRA!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

SOU UM GRÃO DE AREIA OU UMA GOTA DE SUOR


...eu sou a chuva sobre os automóveis de Roma... A claridade intensa do sol cega meus olhos, meus pés já não sabem se doem ou queimam, minha roupa se dilui ao ser tocada por rajadas de vento e areia. Sei que caminho há muitos dias, talvez anos, talvez seja um castigo, a pena eterna ad infinitum...De minha boca ouço grunhidos secos que se perdem em uma baba amarelo rosada que se evapora. Já não sei do suor, eu sou o suor, eu sou pouco, muito pouco do restou daquele menino em seu balanço embaixo de um cinamomo absorto a tudo e ao tempo, apenas se embalando de olhos fechados, ouvindo pássaros e deixando seu corpo ir com o vento. A brisa. Olhando de cima sou um grão de areia ou uma gota de suor. Vendo aqui de cima, são dunas de areia para todos os lados, um imenso deserto. Deserto de almas, exceto a minha, que me expreita trás da porta.
A mulher magra sentada em uma cadeira de pau e palha, de costa para mim, parece segurar algo em seu colo. À medida que me aproximo posso perceber seus ossos esticarem sua pele frágil e seca. Ao me aproximar vejo uma criança em seu colo, um menino que dorme, vejo lágrimas rolarem em suas face seca e pingarem no menino, que já não dorme, está morto. Sinto vontade de orar, quando percebo na minhas costas um bloco de carnaval com pierrôs, colombinas, palhaços, ídios...cantando...alalaoooooooo ai que calooooo ai que caloooo, atravessamos o deserto do Sáara, o sol estava quente e...Volto a olhar para frente e quase fico cego com a intensidade de um sol vermelho que se transformou o menino nocolo da mulher, que afunda na areia,e, apenas vejo sua mão que desaparece.