quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O LA LLUVIA O EL SUEÑO




Acordei, eu acho, e chovia muito.....................esperei um pouco embaixo das cobertas, pois estranhamente para a época fazia frio. Lembro vagamente de levantar de madrugada para achar um cobertor mais quentinho, vagamente eu disse, mas deve ter ocorrido, pois estava com uma coberta mais quente. O relógio não despertou ainda, mas o barulho da chuva, este não pára, é como uma marcha, uníssona. A televisão se liga, como o programado e está em preto e branco, ainda sonolento percebo, então o relógio desperta. Hora de cair no banho, mas o barulho da chuva na rua continua, como se sempre estivesse ali, como se sempre fosse assim...abro o armário na busca de uma toalha azul, e todas as toalhas estão da mesma cor, em tons diferente, monocromia, olho em volta e não descubro nenhum pedacinho vermelho ou roxo ou verde, apenas aquela monocromia entre o branco, preto e cinza. Corro e abro a porta, e para meu espanto as coisas me pareceram desbotadas. Seria tanta chuva assim? Se bem que chove a uma semana neste mesma intensidade. Estariam as coisas perdendo a cor. Debaixo do chuveiro meu sabonete não tem cor, apenas o aroma de fruta que mistura-se com a água em meu corpo. Vestido para ir trabalhar, saio com meu guarda chuva na mão, então as árvores não têm mais folhas verdes. A orquídea que cuido com tanto carinho não é mais amarela dourada, mas um amarelo pálido e fraco, mais fraco a cada instante, que quase consigo ver sua cor se esvaindo com a chuva. No portão a chave emperra, bate um vento forte e arranca meu guarda chuva das mãos. Meu vizinho sai no portão ao lado. Nos olhamos para o trivial bom dia, mas seus olhos estão brancos, sua pele, seus cabelos. Entre o medo e o terror retorno correndo para casa, mas tropeço e caio. Já todo molhado, abro os olhos e o relógio desperta, estendo o braço para desligá-lo e esbarro num livro que lia antes de começar a dormir, era um livro de contos de Isaac Azimov.

ps. Saudade Rosana Azul, amanheceu chovendo muito aqui, mas já espiei o sol...

2 comentários:

  1. Saudades de ti também meu querido Jair... Gostei muito deste teu escrito. Eu já aqui preocupada que tinhas caído1 haha ainda bem que foi sonho... Mas falando sério... teu sonho tem profundo significado...
    O bom de tudo é que lembrou de mim no meio dessa chuvarada toda! hehe
    Beijão azulzinho... Rosana

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  2. Querido Jair:
    bella atmòsfera lluviosa que trata de llevarse los colores de la vida; es una sensaciòn comùn, solo quedarse bajo las cobijas nos hace apreciar el sonido del temporal que afuera reina.
    luego los colores tienden a combinarse, siguiendo un ciclo - como en un programa de la lavadora- cosas que nos suceden a todos.
    un abrazo y gracias por pasar por mi espacio.
    Blas

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